Neste sábado (30), último dia da quadra junina, o programa “É do Pará”, da programação da TV Liberal, será transmitido, ao vivo, do Espaço São José Liberto. As atrações que serão mostradas no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto, são o grupo Arraial do Pavulagem, famoso pelos arrastões culturais que promove pelas ruas de Belém, e um pássaro junino, manifestação típica do folclore local. O programa vai ao ar às 12h.
Ascom/Igama
Criado há três anos, o projeto tem o objetivo de ampliar o espaço para divulgação do trabalho de grupos folclóricos paraenses. Segundo Carmem Macedo, gerente de Eventos do Espaço São José Liberto, o projeto é uma forma de valorizar o artista paraense, disponibilizando espaço e estrutura para divulgar as músicas e as danças folclóricas do Pará.
Coordenado por Iracema Oliveira, o Grupo Parafolclórico Frutos do Pará comemora 20 anos no próximo dia 5 de julho. Segundo Nazaré Azevedo, coreógrafa do grupo, a apresentação no Coliseu das Artes faz parte das comemorações alusivas à data. Entre dançarinos e músicos, 35 artistas, além da equipe técnica e de produção, participarão do espetáculo.
Do vasto repertório do grupo, conta a coreógrafa, no próximo domingo serão mostradas, na primeira parte, coreografias de "Amazônia Lendária", que traz lendas como a do Boto, da Cobra Grande e da Matinta Perera. Na segunda parte, em homenagem ao encerramento da quadra junina, o "Frutos do Pará" mostrará uma "ciranda", apresentação que inclui diversos ritmos, como as cantigas de roda, xote, valsa e músicas juninas.
Sucesso – Com 20 anos de trabalho, o Grupo Folclórico Frutos do Pará acumula prêmios e reconhecimento nos festivais e eventos em que participa. Os integrantes encerraram recentemente uma série de apresentações em um projeto do Serviço Social do Comércio (Sesc-PA), e já estão com a agenda lotada para julho, além de apresentações marcadas para o segundo semestre. A partir de janeiro de 2013, o grupo se apresentará em diversas cidades do Sul e do Sudeste do Brasil.
"Acho ótimo esse projeto (Ritmos do Pará) do São José Liberto, porque dá oportunidade ao público de assistir ao nosso trabalho e ver o que é nosso, da terra. Por outro lado, também ajuda a gente a divulgar e conseguir patrocínio", explicou a coreógrafa Nazaré Azevedo, acrescentando que já participou duas vezes do projeto.
Histórico – Criado com o objetivo de preservar e divulgar a cultura paraense por meio das danças típicas, o Grupo Parafolclórico Frutos do Pará se apresenta dentro e fora do Estado, e ainda fomenta a prática dessa vivência no ambiente escolar.
Com o lema "O Amor pela Cultura acima de tudo", o "Frutos do Pará" foi fundado em junho de 1992 pela radialista Iracema Jesus de Oliveira e por alguns brincantes de um grupo junino do bairro do Telégrafo, onde fez sua primeira apresentação no festival da Igreja de São Raimundo Nonato.
Desde então, o grupo já se apresentou em diversos eventos e espaços culturais, como o Theatro da Paz e o Museu Paraense Emílio Goeldi (em Belém); o Festival do Açaí (no Marajó); Festa do Sairé (em Santarém); Festival do Caranguejo (em Maracanã); Festival de Carimbó (em Irituia); Mostra da Cultura, no Estado do Paraná; Festivais em Olimpia, Bauru e Guarujá, em São Paulo; Festival em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e na cidade de Anápolis, em Goiás.
Serviço: Apresentação do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará. Domingo (1º), às 18h, no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas). Entrada franca. Mais informações pelos fones: (91) 3344-3517 e (91) 9310-6189 (Carmem Macedo).
Ascom/Igama
Será celebrada nesta quinta-feira (28), às 18h, na Capela do São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro do Jurunas), a missa que acontece no local sempre no último dia do mês. A celebração religiosa, que reúne frequentadores do Espaço São José Liberto e moradores do entorno, será celebrada pelo Frei Hermano, da Igreja de Nossa Senhora da Paz.
As quadrilhas juninas animaram o final de semana passado no Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro, comemorando o Dia de São João, um dos mais festejados santos do período. Centenas de pessoas participaram do Festival Junino, que mostra o trabalho de quadrilhas adultas e infantis de diversos bairros da cidade. Sempre aos sábados e domingos de junho, a partir das 18h, com entrada franca, no Coliseu das Artes, arena cultural do São José Liberto.
No sábado (23), véspera de São João, se apresentaram a Quadrilha Explosão Junina Mirim da Timbó e a Quadrilha Junina Os Cabanos (adulta). No domingo (24) foi a vez da Quadrilha Mirim Os Caçulas da Cremação, Quadrilha Mirim Cheiro do Pará (do bairro do Jurunas), Quadrilha Roceira Arrastão Junino, da Cidade Velha (adulta), e Associação Recreativa Cultural Terceira Idade Pedreirense (ARCTIP).
A dentista aposentada Joana Luiza Mascarenhas, moradora do Jurunas, assistiu às atrações do domingo e contou que sempre participa com a família dos festejos juninos. "Todo ano eu venho aqui. Eu gosto muito, é maravilhoso. Trouxe meus dois netos, vestidos a caráter", contou. Também vestida com trajes juninos, a filha da doméstica Edna Dias, de apenas sete meses, participou da movimentação ao lado dos dois irmãos e da tia. Também moradora dos arredores do São José Liberto, Edna disse que quase todo final de semana assiste às quadrilhas no Coliseu das Artes, por ser "diversão garantida e segura".
Entre as quadrilhas que mais empolgaram o público, no domingo, estava a Arrastão Junino, da Cidade Velha. "Todo ano a gente dança aqui. Acho muito bacana para a gente se divertir", disse a estudante Ariane Helen Rodrigues, informando que as coreografias são o resultado de cerca de dois meses de ensaio. Da mesma quadrilha, o estudante Lucas Santos também elogiou o evento, dizendo que sempre gostou de participar das quadrilhas e que começou na Carinhas de Anjo, do Jurunas.
Estrutura - Para a presidente da "Arrastão Junino", Débora Santos, a estrutura que o São José Liberto dá para os participantes é muito boa. "A gente gosta muito de se apresentar aqui", afirmou. A Quadrilha Roceira Arrastão Junino, fundada em 1981 por um grupo de brincantes da extinta Quadrilhas Roceiros do Menino Jesus, levou 18 de seus 24 pares para a apresentação. A presidente contou que o grupo, este ano, foi premiado em um festival na Ilha de Mosqueiro.
Entre as premiações estão, ainda, a de Melhor Quadrilha Temática do Estado em 2004, 2009, 2010 e 2011, sendo classificada entre as melhores quadrilhas de Belém no concurso municipal.
Carmem Macedo, gerente de Eventos do Espaço São José Liberto e coordenadora do Festival Junino, informou que, no próximo sábado (30), último dia do evento, a partir das 18h, estão confirmadas as apresentações das Quadrilhas Carinhas de Anjo e Quadrilha Junina Santa Luzia (mirim e adulta), ambas do bairro do Jurunas.
Folclore - No domingo (1º de julho), será retomado o Projeto Ritmos do Pará, do Espaço São José Liberto, com a apresentação, também a partir das 18h, do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará, coordenado por Iracema Oliveira.
O Projeto Ritmos do Pará, que abre o Coliseu das Artes para os grupos folclóricos, acontece sempre no primeiro e no último final de semana do mês.
Fotos: J.Peres
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As rodas de dança no São José Liberto começaram há dois anos. No início, era uma vez por mês, mas agora são dois encontros mensais, quase sempre no primeiro e no terceiro domingo do mês. Na coordenação dos grupos está a terapeuta holística Ana Rubim, que explica que a dança circular é uma congregação de pessoas.
As danças circulares, segundo a terapeuta, também são conhecidas como "danças dos povos" porque acabam conectando os praticantes com a cultura de cada país. "É bem livre. O mais importante é dar as mãos e experimentar a alegria que as danças nos trazem", resume ela, lembrando que todo tipo de música pode ser dançado. Ana Rubim possui um espaço holístico e conta que recebeu uma formação especial para tornar-se um "focalizadora" e estar à frente das rodas, nas quais orienta os movimentos e faz a marcação dos passos.
No encontro deste domingo (24), além das músicas típicas da quadra junina, em referência ao Dia de São João, um pequeno círculo formado por bonecos de pano e motivos juninos foi montado para marcar o centro da roda, que pode ser identificado de várias formas, até mesmo por um pedaço de tecido, ou até não ter marcação.
Além dos participantes que costumam ir aos encontros dominicais no Coliseu das Artes, visitantes e turistas que frequentam o espaço acabam participando das rodas. O movimento não é ligado a nenhuma técnica específica de dança, terapia, religião ou seita, e pessoas de todas as idades podem participar.
Lena Mouzinho afirma que dançar faz bem para o corpo e o espírito. Ela lembra que os benefícios das danças circulares são amplos, pois para acertar o ritmo de mãos dadas é necessário trabalhar a tolerância e a paciência consigo e com o outro.
A pedagoga e empresária Vera Brandão já pratica a roda há quatro anos, e também enumera alguns de seus múltiplos benefícios. "Dançar é meditar. Primeiro, você pode se concentrar em você mesmo, acertando o passo na roda e na vida. Segundo, tem a alegria proporcionada pela dança e pelos vários tipos de música usados nas rodas. E, terceiro, tem a amizade e poder encontrar pessoas novas e as que já conhecemos", conta ela.
Ana Rubim e Lena Mouzinho informam que no próximo domingo (1º), a partir das 10h30, haverá a roda de danças circulares, e todos estão convidados a participar, em especial a comunidade do bairro do Jurunas e moradores dos arredores do São José Liberto.
Serviço: Danças Circulares, sempre no primeiro e terceiro domingos do mês, no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, Jurunas). Mais informações pelo telefone (91) 8883-7970 (Ana Rubim) ou pelo e-mail lenacristinam@gmail.com
Fotos: Igama/Divulgaçao
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"O Polo Joalheiro é um equipamento único entre as belezas de nosso Brasil, e coloco o Pará entre os maiores destinos brasileiros a serem visitados", frisou Roy Taylor, vice-presidente executivo do Grupo Folha Dirigida (RJ), que visitou o local no sábado (23). Ele foi acompanhado por Rosa Masgrau e Leila Melo, do Grupo Folha Dirigida (RJ); Júnior JânioTavares, da Revista Somos Amazônia (RR); Biaphara Galeno, Jornal Panrotas (SP); João Batista Zuccaratto, da publicação Textos et Coetera, e Alex Flávio Oliveira da Silva, representante da Brazil Amazon Turismo (PA).
Os profissionais começaram a visita pela Capela e seguiram para o Museu de Gemas do Pará, vinculado ao Sistema Integrado de Museus (SIM), da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Nas cinco salas do Museu, eles conheceram o rico acervo de cerâmicas arqueológicas, gemas minerais do Pará e de outras regiões da Amazônia, gemas e joias.
Os jornalistas também visitaram o Jardim da Liberdade, a Cela Cinzeiro (memorial sobre o antigo Presídio São José) e a Casa do Artesão.
Armando Oliveira e Silva, presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões do Rio de Janeiro, acompanhou as explicações da guia sobre a história do Espaço São José Liberto, desde sua fundação, passando pelo tempo em que funcionou como presídio, até sua transformação em espaço cultural, turístico e de geração de emprego e renda. "É mma maneira interessante de mostrar e transformar, com criatividade, um espaço complexo em um local feliz. É um choque de emoções, onde foi retirada a negatividade e colocada a positividade", enfatizou Armando, que integra, junto com a esposa e outros médicos, uma comissão de avaliação técnica das cinco cidades candidatas a sediar um grande encontro de cirurgiões, em 2015.
O grupo de médicos veio a Belém participar de um congresso setorial e foi convidado pela coordenação da Fita para permanecer por mais dois dias, e conhecer a capital paraense.
A avaliação da Fita e do São José Liberto, segundo Fernando Cesar David Silva, 1º vice-presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, também foi positiva. "Achei as visitações muito organizadas. Os vídeos institucionais também estão ótimos, assim como a rede hoteleira e a infraestrutura dos ambientes, como o Hangar e o São José Liberto, onde preservar a memória é dever de todos", destacou. "Acho muito importante essa preservação, porque aqui nesse espaço tem a história do Brasil. Estou adorando a cidade", completou Sibélia David Silva, esposa do vice-presidente.
Os médicos conheceram também, na manhã de sábado, os espaços culturais e ambientais gerenciados pela Organização Social Pará 2000. O roteiro incluiu o Hangar, o Mangal das Garças e a Estação das Docas.
Fotos: Igama/Divulgação e Alex Flávio/Brazil Amazon Turismo
Na quadra junina, o dia 24 é um dos mais animados. Dedicado a festejar São João, o dia pede o sabor das comidas típicas, o colorido das roupas, o aroma do banho de cheiro e a animação das quadrilhas. No Espaço São José Liberto, que promove até o próximo dia 30 seu Festival Junino a partir das 18h, com entrada franca, este dia 24, em pleno domingo, é a oportunidade de ver as apresentações de três quadrilhas, oriundas de três bairros de Belém.
A primeira a entrar no Coliseu das Artes será a quadrilha mirim Cheiro do Pará, representante do bairro do Jurunas, seguida pela quadrilha Roceira Arrastão Junino, da Cidade Velha, formada por adultos, e da Associação Recreativa Cultural da Terceira Idade Pedreirense, do bairro da Pedreira. Todas mostrarão as coreografias tradicionais, além das participações das misses.
O Festival Junino do Espaço São José Liberto, que acontece todos os sábados e domingos de junho, é uma realização do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
Serviço: O Espaço São José Liberto fica na Praça Amazonas, s/n, bairro do Jurunas. Mais informações pelos fones: (91) 3344-3517 e (91) 9310-6189 (Carmem Macedo).
O moderno painel de Osmar Pinheiro Jr. está inserido harmonicamente na rústica arquitetura da Capela do Espaço São José Liberto, prédio erguido em 1749, pelos frades capuchos de Nossa Senhora da Piedade, para abrigar o convento de São José. Considerado, hoje, referência cultural, turística, comercial e do patrimônio arquitetônico de Belém, o espaço passará por uma grande revitalização, com destaque para o trabalho de recuperação dos desgastes mecânicos, ambientais e temporais sofridos pela tela que compõe o ambiente da Capela, tendo à frente o restaurador e artista plástico Sérgio Mello, diretor do Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP).
“É um prédio belíssimo, datado do século XVIII, que tem uma obra moderna: é o diálogo entre o antigo e o moderno”, ressalta Sérgio Mello, que visitou as instalações do São José Liberto no início desta semana para verificar o estado do quadro, a pedido do secretário de Estado de Cultura, o arquiteto Paulo Chaves, e da diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia, Rosa Helena Neves.
Atendendo a um convite da diretora do Igama – instituição que gerencia o São José Liberto, por meio de um contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) - na semana passada Paulo Chaves, acompanhado de vários profissionais da Secretaria de Cultura (Secult), fez uma visita técnica ao Espaço.
Mesmo com a cotação da tela no mercado de Arte, em torno de R$ 150 mil, segundo informou Paulo Chaves durante a visita, o valor da obra é inestimável.
Homenagem - Sérgio Mello lembra que este foi um dos últimos trabalhos do paraense Osmar Pinheiro (falecido em 2006), integrando a coleção elaborada em homenagem à cidade de Belém. O painel, segundo o restaurador, retrata a “memória” de fragmentos da Rua 16 de Novembro, próxima ao prédio do São José Liberto, e também faz referência aos capuchinhos, na imagem dos três cálices presentes no desenho abstrato.
Com cerca de 2m de altura por 3m de largura, a tela foi pintada em 2000, com técnica mista, identificada no brilho e nos tons predominantes de prata e lilás, sobre suporte de tecido. Em 11 de outubro de 2002, data de inauguração do São José Liberto, a obra foi colocada na Capela, na parede abaixo do altar com a imagem estilizada do Cristo, e perpendicular a um pequeno tablado, onde são realizadas missas, cultos ecumênicos e espetáculos artísticos, especialmente musicais.
A experiência de Sérgio Mello na área de restauração de obras de arte inclui as revitalizações das pinacotecas da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), Assembleia Legislativa (Alepa) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Trabalhos significativos que envolveram todo o acervo das instituições, com técnicas como óleo sobre tela, vidro, painéis em acrílico e pastilhas.
Avaliação - “Inicialmente, a minha vinda aqui foi para examinar o estado de conservação do quadro, que está, realmente, sofrendo por conta de muitos agentes. O primeiro de todos seria a ação humana: a tela está colocada em um local onde há um grande trânsito de pessoas, o que está provocando uma ação mecânica sobre o quadro, além da ação dos flashes das câmeras fotográficas. As pessoas chegam a se encostar no quadro”, explica Sérgio Mello.
Como consequência desta ação, ocorreu o descolamento da camada pictórica em alguns pontos e a perda da policromia, o que afeta e reduz o efeito original da técnica utilizada pelo artista.
A umidade natural do local, intensificada pela salinidade das paredes de pedra (erguidas com areia de praia), bem como a ação direta dos raios ultravioletas sobre a tela, que atravessam a parede de vidro na fachada da Capela, são outros fatores que afetam diretamente a conservação da obra, na avaliação do restaurador. “A luz age sobre a camada de policromia do quadro e, aos poucos, a tendência é que ele vá perdendo a cor, sumindo e se descaracterizando. Havia, originalmente, uma intenção de que a obra produzisse esse efeito, mas não exagerado, como está acontecendo”, ressalta.
Em fase inicial de avaliação, ainda não há previsão do tempo de duração desse trabalho, já que a restauração da obra de Osmar Pinheiro envolve a revitalização da Capela, para adequá-la às necessidades de manutenção da tela. Sérgio Mello conta que já conseguiu fotos antigas da obra para fazer o comparativo durante a restauração.
Um trabalho com essa dimensão, acentua o restaurador, deve ser feito com muita humildade, tentando pensar sempre como o autor, buscando a originalidade. “É justamente isso que nós vamos fazer nesse trabalho. Fazer a obra voltar à originalidade, dependendo dos exames que vão ser feitos ainda, para que possamos ter uma extensão do que deverá ser executado. Mas, antes, vamos fazer um diagnóstico das enfermidades achadas, que vão ser anotadas para posterior proposta de tratamento, e assim salvaguardar esta obra”, finaliza.
“Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que a tela de Osmar Pinheiro é mais um tesouro que o Espaço São José Liberto abriga, juntamente com as gemas, as joias, o artesanato e toda a efervescência cultural e criativa dos demais artistas que passam por aqui. Por tudo o que esse artista representa para as artes plásticas do Pará, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração, em parceria com o Igama, assume o compromisso de restaurar a tela de sua autoria, e de garantir sua preservação conforme as orientações do secretário Paulo Chaves e da equipe de restauradores da Secult. Essa será nossa homenagem à memória de Osmar Pinheiro”, ressalta Rosa Helena Neves.
A necessidade de restauração da obra, assim como de alguns pontos do Espaço São José Liberto, foi detectada pelo secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes, durante a visita técnica feita ao espaço no último dia 13 de junho, junto com uma equipe de profissionais da Secult.
A visita, solicitada pela diretora Rosa Helena Neves, teve por objetivo ouvir a avaliação sobre o estado de conservação do São José Liberto, feita por Paulo Chaves, arquiteto responsável pelo projeto arquitetônico e de restauro, e ainda pela ampliação e fiscalização do São José Liberto.
Trajetória - O pintor paraense Osmar Pinheiro Jr., que nasceu em Belém, em 1950, e morreu em São Paulo, em 2006, foi professor de Artes na Universidade Federal do Pará (UFPA), entre 1973 e 1986. Também foi um dos criadores da Galeria Um, espaço dedicado à produção, distribuição, ensino e intercâmbio artístico.
Osmar fez Mestrado em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), e viveu em Berlim (Alemanha) como bolsista da Fundação Guggenheim. Osmar Pinheiro participou de bienais em São Paulo e Havana (capital de Cuba). Sua última mostra individual foi “Osmar Pinheiro: esquecimento e memória”, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Entre os vários prêmios conquistados, estão o 4º prêmio do I Salão Cultural do Estado do Pará (1966), e o 1º prêmio do Salão Banco Lar Brasileiro, em Belém. Entre 1982 e 1986, representou o Pará no II Simpósio Nacional de Artes Plásticas, em Olinda, Pernambuco. Criou um projeto para a Fundação Nacional de Arte (Funarte) sobre a visualidade amazônica, e foi membro da Comissão Nacional de Artes Plásticas.
Em 1985, Osmar realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Arte Liberal, em Belém. No ano seguinte, mudou-se para São Paulo. Em 1988, recebeu a bolsa da Fundação Guggenheim, de Nova York, e fez parte do workshop Berlim - São Paulo, com coletiva no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e no Staatliche Kunsthalle, em Berlim. Expôs seus trabalhos na XXI Bienal de São Paulo, em 1992, e na VI Bienal Internacional de Pintura em Cuenca, Equador, em 1998. Em 2003, criou com o pintor Marco Giannotti a Oficina Virgílio, em São Paulo, núcleo de ensino e pesquisa em arte.
A obra de Osmar Pinheiro Jr. é vista pelos críticos com influências do neoexpressionismo alemão. Admirador da obra do pintor alemão Anselm Kiefer, suas telas mostram a utilização de vários materiais, como pigmentos, metais, cera e pedras, e as referências à história, aos mitos e às religiões.
Também sofreu influências do cubismo e do construtivismo. Em sua obra é possível encontrar colagem, utilização da encáustica ou de resina, e cores rebaixadas, geralmente escuras. Segundo os críticos, oscila entre a figuração e a abstração, às vezes com paisagens e partes de corpos, e em outras ocasiões com formas geométricas ou rabiscos.
Segundo o crítico João Cândido Galvão, o trabalho de Osmar Pinheiro tem camadas de tintas que remetem ao tempo e à memória.
Ascom/Igama (com informação dos sites da Galeria Elf e do Itaú Cultural)
Fotos: Igama/Divulgação
Agência Pará de Notícias
As joias expostas resultam de um workshop de criação de produtos coordenado pela jornalista e consultora de Moda e Estilo Cristina Franco. Criada especialmente para a Rio +20, a coleção expressa os conceitos de design e sustentabilidade, referências no trabalho desenvolvido há mais de uma década pelo Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos, mantido pelo Governo do Estado e gerenciado, desde 2007, pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), no Espaço São José Liberto. “O interessante em fecharmos essa parceria com o hotel Copacabana Palace é que sabemos que um dos grandes gargalos do trabalho feito a mão no Brasil é a inclusão produtiva e estando num espaço nobre como esse, a gente consegue também mostrar que é possível o tipo de inclusão produtiva diferente com um produto também tão diferente. Infelizmente o artesanato brasileiro ainda não está colocado no local onde deve em termos de valorização. O nosso objetivo é que realmente o artesanato brasileiro e o paraense tenha um espaço nobre e seja reconhecido”, disse Cristina.
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Os trabalhos expostos – bolsas, colares, anéis, brincos, broches, fivelas, pingentes, braceletes e pulseiras – foram feitos de materiais bem paraenses como: escamas de pirarucu, minicestas de palha de arumã, azulejos, fibra de tururi, madeira, alumínio, cuia, chifre e couro de búfalo e até coador de café. A riqueza e diversidade das peças tem agradado os hóspedes e turistas. “Só existe uma palavra para definir essa coleção: emocionante. É uma arte que consegue reunir elegância, simplicidade e a valorização dos produtos locais da região. Simplesmente fantástica”, disse Ivan Aron, que visitou a exposição.
Texto:
Bruna Campos - Secom
Fone: (91) 3202-0923 / (91) 9306-0990
Email: brunacampos@agenciapara.com.br
Mais de 800 pessoas assistiram ao Festival de Quadrilhas do Espaço São José Liberto, no último domingo (17), no Coliseu das Artes, onde se apresentaram quadrilhas dos bairros da Terra Firme, Jurunas e Telégrafo. No sábado (16) houve apresentação de representantes dos bairros do Jurunas, Cremação e Terra Firme.
O encontro junino já se tornou tradição neste período, especialmente para famílias do bairro do Jurunas, que levam seus filhos vestidos a caráter para assistir e dançar junto com os brincantes das quadrilhas. É o caso da pedagoga Mary Matos, moradora do bairro, que levou, no domingo o filho de um ano e oito meses para o festival. “A gente costuma vir sempre. Aqui é um lugar tranquilo e seguro para as crianças”, disse ela. Para a técnica em Enfermagem Nádia Brito, que estava acompanhada da filha de dois anos e onze meses, o evento está cada vez mais animado e bonito.
No sábado, o público também se empolgou com as apresentações, como a dona de casa Maria José da Costa, que levou a filha e o neto para o Coliseu. “As quadrilhas estão maravilhosas. Eu acho muito interessante e bonito esse lugar. Moro aqui perto e costumo participar sempre”, declarou.
Na sua quarta edição, o festival tem crescido e atraído cada vez mais público, além de se firmar como um espaço para as quadrilhas mostrarem suas criações. “Eu acho que o festival já está se tornando uma tradição em seu quarto ano consecutivo. Nós trazermos representantes de todos os bairros de Belém. É uma chance para eles apresentarem o trabalho que as comunidades desenvolvem com as crianças e adolescentes, criando oportunidades e muitas vezes os tirando da rua. O Festival Junino é uma grande confraternização, com muita alegria, beleza e segurança”, ressaltou Carmem Macedo, gerente de Eventos do São José Liberto, que coordena o festival.
Desfiles – Um dos pontos altos do evento é o desfile das misses (Caipira. Simpatia e Mulata), que ocorre no início das apresentações das quadrilhas. Com coreografias criativas e músicas de autores paraenses, os desfiles animam o público. Muito aplaudida, Lorena Liciana foi a Miss Simpatia da Quadrilha Infantil Encantos da Terra Firme, que conquistou a plateia dançando com a melodia do famoso “Pássaro Cantador“, com interpretação de Fafá de Belém.
Fotos: J.Peres
Ascom/Igama
O secretário de Estado de Cultura, Paulo Fernandes Chaves, e comitiva formada por arquitetos, diretores e outros profissionais, realizaram uma visita técnica ao Espaço São José Liberto na manhã da última quarta-feira (13), a convite de Rosa Helena Neves, diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição que gerencia o São José Liberto, por meio de um contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
Arquiteto responsável pela revitalização do espaço, Paulo Chaves esteve à frente da equipe que realizou o projeto de arquitetura, restauro, ampliação e fiscalização do São José Liberto (construção datada de 1749), inaugurado em 11 de outubro de 2002. Na avaliação de Paulo Chaves, a conservação do prédio está acima da média dos demais pontos históricos e turísticos que ele tem visitado na capital paraense.
O grupo visitou as instalações do prédio, como a Casa do Artesão, o Polo Joalheiro, o Museu de Gemas, o Jardim da Liberdade e a Capela, anotando e registrando os detalhes dos locais. Paulo Chaves citou pontos importantes que devem ser observados, como a bela tela exposta na Capela, de autoria do paraense Osmar Pinheiro Jr. (já falecido).
A ideia é criar uma proteção para que as atrações culturais que se apresentam no tablado instalado na frente da pintura não afetem a obra, que deverá ser restaurada pelo artista plástico e restaurador Sérgio Melo, diretor do Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP).
Estrutura Segundo Paulo Chaves, que na ocasião da restauração do prédio era o titular da Secult e do Conselho de Administração do São José Liberto, além do paisagismo e da arquitetura, o restauro incluirá obras estruturais, como nas redes hidráulica e elétrica.
Pintura, limpeza da parede de pedras da Capela, conserto de luminárias e da fonte de água do Jardim da Liberdade, foram alguns dos pontos destacados pelo secretário. Segundo ele, a restauração e manutenção do prédio histórico podem durar pelo menos seis meses, mas devem ser constantes, já que a construção histórica requer cuidados especiais.
Paulo Chaves falou da necessidade de listar as prioridades, e Rosa Helena Neves reiterou que as obras serão feitas atendendo as suas especificações. "Foi importante ouvi-lo para saber por onde começar e como dar prosseguimento às obras do prédio, que está necessitando desta revitalização na estrutura. Para fazer isso, convidamos o autor do projeto e sua equipe, para que pontuassem as reais necessidades e que tomassem conhecimento da situação, para apontar para nós uma metodologia de trabalho que fosse adequada aos serviços de revitalização", frisou Rosa Helena.
"A ideia era ouvir não só uma avaliação da questão física, mas uma avaliação mais, digamos, para compreender melhor a obra. Ficamos muito agradecidos á atenção do titular da Secult",enfatizou Rosa Helena Neves.
Foto: Secretário de Cultura, Paulo Chaves. Crédito: Cristino Martins/Agência Pará
Ascom/Igama
Carteira Floresta, inspirada na forma orgânica da floresta. Design e produção: Rosa Leal. |
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Colar Déco Amazônico, inspirado na lenda das índias amazônicas e nas tramas de cestarias indígenas. Design: Marcilene Rodrigues. Produção: Sila Brasila. |
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Colar Guaraná, inspirado na riqueza e na lenda do guaraná. Criação: Izaías Lopes. Produção: Rosa Leal. |
Colar Piracema, inspirado na desova dos peixes e feito com escamas de pirarucu. Design e produção: Nilma Arraes. |
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Bolsa Xingu, inspirada em tecidos crus pintados pelospindios Assurini, que vivem às margens do Rio Xingu. Design e produção: Erivaldo Júnior. |







Fotos: Tamara Saré - Agência Pará
