Joias e artesanato do Pará serão expostos em Portugal

  O anel “Desabrochar”, com gema vegetal de açaí e prata, uma criação de Ivam Pereira, estará na exposição. FOTO Ocione Garçon
Joias, moda e artesanato do Polo Joalheiro do Pará poderão ser vistos na exposição “Cultura e Natureza: o Luxo do Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que faz parte da ampla e variada programação artística do “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos”, evento que debaterá cultura, criatividade e desenvolvimento territorial, marcando o encerramento do Ano do Brasil em Portugal.

A exposição acontece de 7 a 09 de junho deste ano, no Espaço Brasil, em Lisboa (Portugal), situado no LX Factory, local em que a Funarte (Fundação Nacional das Artes) concentra a programação do encontro - uma iniciativa do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Economia Criativa (SEC/MinC).

Já a exposição é uma realização da Secretaria da Economia Criativa, em parceria com o governo do Pará, por meio da Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Conferências e palestras integram a programação do encontro, que mostrará cases de territórios criativos do Brasil e de Portugal. Entre as experiências brasileiras, além do Espaço São José Liberto (Polo Joalheiro), representando o Pará e a Amazônia brasileira, Minas Gerais será representada pelo Polo Criativo da Zona da Mata Mineira.

Além da exposição, a experiência desenvolvida pelo Polo Joalheiro do Pará será apresentada por Rosa Helena Neves, diretora executiva do Espaço São José Liberto, e Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento de Comércio e Serviço da Seicom. Eles falarão sobre o tema “Programa Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto: o simbólico e o material da cultura – uma experiência de território criativo na Amazônia”.

O Espaço São José Liberto é reconhecido como um território criativo, que reúne um grupo de designers, mestres artesãos, ourives, fornecedores de matéria prima local e microempresários paraenses, sendo considerado referência na área de economia criativa pelo MinC. O espaço, desde 2002, ano de sua inauguração, desenvolve atividades que integram setores criativos, como artesanato, joalheria, moda, design, gastronomia, música, teatro, literatura e patrimônio cultural.

Bolsa "Cuia de Cupuaçu", criação de Argemiro Münoz e produção da empresa Joia Artemiro. FOTO: João Hamid
Bolsa "Batuque", criada por Mizael Lima e produzida por Simonni Assunção. FOTOS: João Ramid
Sentido da cultura - Sobre a participação do Polo Joalheiro do Pará no encontro, Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (SEC/MinC), informou que é preocupação da SEC formular políticas para os territórios e arranjos produtivos, entendendo e ampliando o sentido da cultura para as criações funcionais, que incluem setores criativos que o Espaço São José Liberto trabalha. Setores que, segundo ela, estão diretamente ligados à Secretaria de Economia Criativa, que coordena quatro setoriais no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC): artesanato, arquitetura, design e moda.

“Conhecer o trabalho do São José Liberto, para nós, foi uma surpresa e satisfação. Uma surpresa porque não se imaginava, de certa forma, que já tivesse chegado a tal qualidade, a tal perfeição o trabalho que é realizado, hoje, por essa instituição tão importante para o Brasil. E dar visibilidade para isso é minha tarefa. É uma responsabilidade nossa divulgar e promover encontros de possíveis promoções de negócios, feiras, enfim, de apresentarmos, em Portugal esse território criativo paraense, que tem qualidade para estar presente em qualquer loja de exposição e vitrine do mundo”, destacou Cláudia Leitão.

O “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos” integra a programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte (Brasil), e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira (Portugal).
Cláudia Leitão e Rosa Helena Neves. FOTO: Manoel Pantoja - Ascom Igama Divulgação
Airton Lisboa Fernandes explicou que a palestra abordará as iniciativas do governo do Pará voltadas à economia criativa, às políticas de economia solidária e os planos para inserção econômica das populações de baixa renda. É uma oportunidade, segundo ele, de divulgação da diversidade de recursos naturais da Amazônia, hoje, “quando tanto se fala em sustentabilidade, preservação de recursos naturais e na própria cultural local”.

“Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar um pouco do ambiente do Pará: nossas potencialidades com a diversidade e a abundância de recursos naturais, sua exploração, sua verticalização, o esforço do governo do Estado em atrair novos investimentos para agregação de valor e, assim, gerar emprego e renda. O que queremos passar para o outro continente é o que temos de bom aqui para ser explorado e a boa vontade do governo de aceitar quem vem para aqui se estabelecer”, explicou Airton, ressaltando que a Seicom foi criada para receber investidores, ordenar e fortalecer a produção local, envolvendo, inclusive, ações de apoio às políticas da economia solidária e criativa, representadas pelo Polo Joalheiro.

Anel e bracelete "Cortadoras", uma criação da designer Rosa Castro. FOTO: Ocione Garçon
Inovação – Serão expostas 40 peças, dentre bolsas, brincos, anéis, gargantilhas, maxi colares, braceletes, pingentes, terços, prendedores de gravata, broches e peças de artesanato de tipologias diversas. Os expositores fazem parte dos setores criativos do design, da joalheria, manualidades, moda e artesanato, que integram o Polo Joalheiro do Pará.

Rosa Helena Neves disse que o acervo de joias e acessórios de moda da mostra é uma coletânea que agrega peças de diversas coleções lançadas pelo Espaço São José Liberto, que tiveram consultoria da jornalista e consultora de Moda e Estilo Cristina Franco, da designer Regina Machado, consultora de Estilo do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), e de Rosângela Gouvêa Pinto, coordenadora do curso de Design da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

“Coube aos designers e mestres artesãos a complexa tarefa de criar e produzir verdadeiras obras de arte atemporais, que harmonizam a cultura, a natureza e o homem para a difusão da beleza”, frisou Rosa Helena Neves, que assina a curadoria da exposição juntamente com Clarisse Fonseca, curadora do Igama.

As obras que serão expostas agregam técnicas inovadoras, como a incrustação paraense (técnica especial de ourivesaria também chamada de “incrustação a frio”, desenvolvida pelo ourives Joelson Leão) e a utilização de gemas vegetais associadas às gemas minerais. Rosa Helena falará, no encontro, sobre estas e outras técnicas e experimentações desenvolvidas por profissionais que integram o Polo Joalheiro.

Ela destacou o aproveitamento de lentes de óculos CR19, inovação da designer Lídia Abrahim e da empresária Ana Maria Oliveira, que têm aprimorado o processo de reciclagem, que alia a beleza dos metais ao colorido das lentes. Já as gemas vegetais, criadas pelo artesão, pesquisador e mestre ourives Paulo Tavares, são uma nova possibilidade de agregar valor às joias.

Pingente "Fada Rosa", com lentes CR19, uma criação da designer Lídia Abrahim, com produção de Hanna Mariah. FOTO: Ocione Garçon
As gemas vegetais são criadas a partir de matéria prima natural, como cascas, folhas, flores, frutos e raízes, por meio de um processo que prima pela sustentabilidade, com aproveitamento de resíduos descartados pela natureza ou pelo homem. Cada vez mais incorporadas ao trabalho de designers, artesãos e universitários paraenses, elas têm chamado a atenção também de pesquisadores e designers do fora do Estado e do exterior.

“As gemas vegetais, que são uma novidade no mercado, nascem de produtos extraídos das árvores e têm a proposta de gerar emprego e renda para pessoas de comunidades do interior do Estado, pois é nesses locais que se encontra essa matéria prima. Com isso, estamos buscando sustentabilidade econômica, social e ambiental”, disse Tavares.

Além das gemas vegetais e das lentes, os materiais utilizados para confeccionar as joias, acessórios de moda e manualidades da exposição foram metais nobres (ouro e prata), gemas minerais naturais e orgânicas, azulejos, porcelanas e matérias primas orgânicas, como ouriço de castanha, chifre de búfalo, casca de árvore, casca de cupuaçu, madrepérola de rio, escamas de peixe e madeiras, como coração de negro, angelim pedra, pupunheira e sucupira, além de fibra de tururi e outras fibras da Amazônia.

A exposição do Polo Joalheiro do Pará conta, ainda, com apresentação de João Jesus de Paes Loureiro, paraense de Abaetetuba, escritor, poeta, professor universitário mestre em Teoria da Literatura e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)/Universidade de Campinas (Unicamp)/São Paulo e doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne (França).

Confira, abaixo, a programação completa do encontro:

 Ascom/Igama


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Fipa 2013: estande do Polo Joalheiro é destaque no informativo da Fiepa


"Notícias Fipa", informativo da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), destacou o trabalho desenvolvido pelo do Polo Joalheiro do Pará, com ênfase na empresa Rahma, escola de ourivesaria que funciona no mezanino do Espaço São José Liberto. O periódico circulou no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, semana passada, durante a XI Feira das Indústrias do Pará (Fipa).

Na Fipa 2013, além de artesanato, o estande do Espaço São José Liberto expôs e comercializou joias comercializadas pela Escola Rhama, HS Criações e Design, Consórcio Empresarial de Joias do Pará e Loja UNA - experiência de incubadora do Polo Joalheiro.

O Espaço São José Liberto também promoveu dois desfiles durante a feira, um de joias, na abertura do  evento e outro de acessórios de moda, com peças criadas e confeccionadas por profissionais do Programa Polo Joalheiro do Pará.. Os desfiles contaram com a coordenação e apoio da jornalista especializada em moda Felícia Assmar Maia, professora do Curso de Design da Estácio/FAP.

Leia também: Joias do polo Joalheiro do Pará foram atração na abertura da Fipa 2013

Ascom/Igama      




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Muiraquitãs e azulejos portugueses são tema de palestras da Semana de Museus

Divulgação
A pesquisadora e diretora do Museu de Gemas Anna Cristina Resque falou sobre Muiraquitãs no auditório do Polo Joalheiro. FOTO: Renata Cunha. Igama/Divulgação
Representações da cultura paraense, os muiraquitãs e os azulejos portugueses, presentes nas fachadas da capital, são fonte de inspiração constante para designeres do Programa Polo Joalheiro do Pará, que já criaram joias e acessórios de moda alusivos ao amuleto da sorte e aos ladrilhos. O tema foi abordado durante o ciclo de palestras da 11ª edição da Semana de Museus, que teve como tema “Museus (memória + criatividade) = mudança social”. A programação, que encerrou na última quarta-feira, 22, aconteceu em vários pontos da capital paraense, como o auditório do Espaço São José Liberto (ESJL)/Polo Joalheiro do Pará, onde foram realizadas as palestras “Joias da História Amazônica”, que trataram dessas temáticas.

A Semana dos Museus, alusiva ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio), foi uma realização do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Universidade Federal do Pará (UFPA), Museu de Geociências, Grupo de Mineralogia e Geoquímica Aplicada (GMGA) da UFPA e Espaço São José Liberto, que apoiam o evento no Estado. A programação abrangeu todos os museus brasileiros, reunindo a sociedade para discutir temáticas diversas.

No Pará, o evento foi organizado pelo professor Marcondes Lima da Costa, professor da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências da UFPA, e diretor do Museu de Geociências da UFPA, Suyanne Flávia Santos Rodrigues e Patrícia Silva Pinheiro. O ciclo de palestras do Polo Joalheiro contou com a apresentação de Marcondes Lima e Rosa Helena Neves, diretora do Espaço São José Liberto, financiado pelo Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
Anna Cristina Resque, Marcondes Lima da Costa e Thaís Sanjad. FOTO: Renata Cunha. Igama/Divulgação
Muiraquitãs – A palestra “Os Muiraquitãs: do Amazonas à Marquês de Sapucaí” foi proferida pela pesquisadora, arquiteta e doutora em Geoquímica Anna Cristina Resque Meirelles, diretora do Museu de Gemas do Pará, desde 1996. Ela é especialista no tema, que se transformou em sua tese de doutorado na UFPA, “Muiraquitã e Contas do Tapajós no Imaginário Indígena: uma análise químico-mineralógica dos artefatos dos povos pré-históricos da Amazônia”.
FOTO: Ana Resque. Igama/Divulgação

A pesquisadora mostrou vários tipos de muiraquitãs, de diversos formatos e cores, lembrando, ainda, que o objeto, um dos símbolos culturais do Pará, está representado na produção joalheira. Pulseiras, anéis e pingentes da primeira coleção de joias artesanais do Polo Joalheiro já retratam o amuleto de diversas formas. As joias estão expostas no Museu de Gemas do Pará, localizado no Espaço São José Liberto, que reúne um dos mais representativos e exclusivos acervos museológicos e arqueológicos do pais. O local expõe também 26 espécies, que formam a maior coleção do Brasil, acervo que deverá crescer, como revelou a pesquisadora, já que o governo do Pará adquiriu, recentemente, uma nova coleção de muiraquitãs.

Pingentes de muiraquitã do Polo Joalheiro. Foto: Igama/Divulgação
Anna Cristina falou sobre a história do amuleto em forma de sapo, famoso por simbolizar sorte e fertilidade por estar intimamente ligado à lenda das guerreiras amazonas, as ikamiabas. Segundo ela, os muiraquitãs são artefatos confeccionados, principalmente, em pedra verde (sua forma mais conhecida) e encontrados na Região de Óbidos, no Baixo Amazonas. Pesquisas indicam que os objetos foram elaborados por artífices de povos pré-colombianos.

“Existe uma discussão grande sobre o que é muiraquitã”, destacou Anna Cristina. A maioria dos relatos e publicações sobre o tema registra que eles foram confeccionados em jade (gema mineral) mais goma mineral verde, sua cor mais característica. Segundo ela, também há dificuldade em catalogar de maneira mais exata a procedência dos muiraquitãs por falta de registro mais específico de sua procedência, como o contexto histórico, que inclui, por exemplo, o registro de formações minerais de maior incidência nos locais onde foram encontrados os exemplares.

De tão admirado, o muiraquitã virou tema da escola de samba Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2012, “O Pará, o Muiraquitã do Brasil: sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”. A pesquisadora analisou o muiraquitã dentro da homenagem que a escola de samba do Rio de Janeiro fez ao Pará, comparando o Estado ao muiraquitã, como símbolo de sorte para o Brasil. Ao mostrar trechos do desfile, ela destacou de forma positiva a escolha do tema e a homenagem, mas, de acordo com sua avaliação, a história, os mistérios e as lendas que envolvem o muiraquitã foram pouco ressaltados durante o desfile, que poderia ter abordado bem mais o misticismo que envolve o tema, focalizando, por exemplo, a lenda das amazonas.

Fivela criada pelo designer Ivam Silva. FOTO: João Ramid. Igama/Divulgação
Azulejos – Já a palestra “Azulejos de fachadas em Belém: História, Função, Degradação e Replicagem – Da Belle Époque às Torres de Concreto” foi apresentada por Thais Sanjad, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da UFPA.

Como os muiraquitãs, o tema têm inspirado designeres do Polo Joalheiro, como Ivam Pereira Silva, que criou a Coleção “O Luxo e a Riqueza da Amazônia". O azulejo presente também nas louças portuguesas inspirou a designer Celeste Heitmann, que usou os fragmentos de um pratoque pertenceu a seu pai para compor o colar “Memória Afetiva”, inspirado na elegância, no estilo refinado e no modo de viver da sociedade paraense da época, no que diz respeito à arte decorativa: uma joia contemporânea que usou peças antigas para criar algo original.
Colar Memória Afetiva,criação de Celeste Heittman.
FOTO:Rodolfo Oliveira. Agência Pará de Notícias
A maior dos azulejos em Belém é em casarões localizados nos bairros da Campina, Cidade Velha, Comércio e Reduto, que revelam uma época de luxo, requinte e beleza, o período áureo do Ciclo da Borracha, conhecido como Belle Époque. Com a verticalização da cidade e o crescimento acelerado dos edifícios, grande parte deste acervo, entretanto, está precisando de restauro e conservação. Thais Sanjad discorreu sobre o assunto e falou sobre ações que podem ajudar a preencher lacunas das fachadas de azulejos, que encantam paraenses e turistas.

Uma delas é a produção de réplicas de azulejos, com a utilização de argila e técnicas especiais de para completar as fachadas, o que evitaria a degradação deste patrimônio com ações equivocadas, como, por exemplo, pinturas feitas nos azulejos, ação registrada em fotos mostradas durante a palestra. A produção das peças artesanais, de acordo com a professora, já começou a ser feita no laboratório da universidade, mas em pequena escala, em um “processo bastante artesanal”, resultado de um projeto coordenado pelo professor Marcondes, denominado “Dos minerais aos novos materiais”, em que foram estudadas matérias primas locais.

“Agora está na hora da gente devolver isso para a sociedade, aplicando este conhecimento e tentando ver como podemos salvar estas fachadas”, afirmou a professora, acrescentando que há possibilidade da produção ser feita em Icoaraci, referência no estado em produção de cerâmica de argila. Ela adiantou que  que, em junho próximo, as réplicas produzidas serão aplicadas pela primeira vez em uma edificação da capital: uma fachada que teve seus azulejos roubados. Por ser uma peça de relevo e difícil replicagem, a proprietária do imóvel procurou a UFPA.
Alunos e profissonais participaram das palestras no Polo Joalheiro.
FOTO: Renata Cunha. Igama/Divulgação
Sobre a convivência dos históricos azulejos com a modernidade, a professora atentou para especificidades da questão. “Em Belém, existem alguns casos da construção antiga bem perto da torre de concreto, no mesmo terreno, que são soluções que me agradam bastante. Mas têm outras soluções que são quase um crime contra a nossa cultura, que mutilam, acabam com a edificação histórica, que fica tão seccionada que é melhor nem preservá-la”.

Thais também falou sobre a importância desta ação para o incremento do turismo paraense, já que a beleza dos azulejos portugueses despertam a atenção do mercado europeu, em especial o interesse que Portugal e França têm pela nossa cultura, herança destes países também. A cultura, um dos segmentos mais fortes do turismo paraense, faz parte das diretrizes do Ver-o-Pará, Plano Estratégico de Turismo do Pará, da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), que tem como missão promover e divulgar o turismo paraense.

“É uma maneira de fazermos com que a nossa história e nossa cultura permaneçam porque a influência deles faz parte dessa cultura. Acho que, acima de tudo, precisamos manter a nossa história e, quando uma determinada sociedade tem a sua cultura valorizada, isso fortalece o turismo”, finalizou a professora.

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Ascom/Igama




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Joias do Polo Joalheiro foram atração na abertura da Fipa 2013

Conjunto "Perfumada", criado e produzido em ouro, com ametista e citrino, por Antônio Tavares. FOTO: Thiago Pinotti
Cultura, beleza, inovação, sofisticação e criatividade marcaram o desfile de joias do Polo Joalheiro do Pará, uma das atrações da abertura da décima primeira edição da Feira das Indústrias do Estado do Pará (Fipa), nesta quarta-feira (22) no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

Os visitantes também podem conhecer mais sobre o artesanato e as joias do Espaço São José Liberto no estande instalado no pavilhão de exposições da feira, onde, nesta sexta-feira (24), às 19h, o Polo Joalheiro promoverá mais um desfile, que mostrará sua produção de acessórios de moda.

Ao longo dos 10 anos de existência do Espaço São José Liberto, a joia paraense, criada e desenvolvida pelo Programa Polo Joalheiro do Pará, está presente nos mais importantes eventos dos setores da economia criativa, joalheria, turístico, artístico e da indústria brasileira.

As 18 joias apresentadas, entre maxi colares, gargantilhas, anéis e braceletes, produzidos em ouro e prata com gemas minerais diversas - como ametista, quartzo hialino, citrino, green gold, jaspe e topázio azul – e matéria prima orgânica, como fibras e chifre de búfalo.

As joias também destacaram técnicas inovativas desenvolvidas por designers, ourives, lapidários e demais profissionais do Polo Joalheiro, como a coloração da Incrustação Paraense e a reciclagem das Lentes CR39.

A corretora de imóveis Elbina Lima, que assistiu ao desfile, aprovou a iniciativa. “Achei lindo, bem expressivo, gostei muito da proposta das joias. O desfile chamou a minha atenção e de quem estava passando, que parou para ver as modelos mostrando as joias”.

Colar "Folhas", em ouro com fibras de miriti e topazio azul, criação da designer Selma Montenegro. FOTO: Ocione Garçon
Para Vilson Shuber, diretor superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae/PA), o desfile uniu a verticalização do minério com a arte, que transforma o minério em joias e outros produtos da Amazônia. Segundo ele, esses produtos são transformados, de forma interessante, em biojoias, aliadas com a produção mineral, como o ouro e a prata, numa “verticalização muito intensa”.

Vilson Shuber também enfatizou a organização do desfile do Polo, que teve a coordenação e apoio da jornalista especializada em moda Felícia Assmar Maia, destacando que as joias apresentadas empolgaram os presentes com um desfile “bastante profissional, com as modelos totalmente conscientes do que estavam fazendo, já que o objetivo, realmente, era apresentar a joia. Está de parabéns o Espaço São José Liberto, parabéns aos profissionais que fazem todo esse trabalho, que acho que serve de exemplo para outros campos que podem ser instalados em outros municípios do Estado do Pará”.
Com coordenação de Felícia Assmar, modelos mostraram joias do Polo com desenvoltura e elegância. FOTO: Thiago Pinotti
Como um dos primeiros parceiros do Espaço São José Liberto, o Sebrae – representado na feira em um estande de 400m² que reúne o trabalho de 17 empresas de segmentos diversos - tem acompanhado a evolução e o aprimoramento do trabalho desenvolvido no local. O diretor presidente do Sebrae falou, ainda, que é visível a busca por novos estilos e tendências, mas sempre com foco na Amazônia e em produtos da floresta. “Isso faz um diferencial muito grande no momento em que você leva essa produção para fora do Estado e para fora do país”.

“A joia do Polo Joalheiro tem a missão de difundir, para o Pará e para o mundo, a cultura amazônica em toda a sua diversidade e, por isso, tornou-se um patrimônio cultural do nosso Estado”, comentou Rosa Helena Neves, diretora do Espaço São José Liberto, mantido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

Participação - O Polo Joalheiro do Pará participa da Fipa desde o início da feira. A designer Helena Bezerra conta que esteve presente em todas as edições e que é gratificante ver o crescimento da participação do Polo Joalheiro no evento, retratando a própria evolução do trabalho da joalheria artesanal paraense. “Hoje, estamos mostrando para este grande público da feira uma joia com um designer inovador e sustentável, que é a cara do Pará".

No desfile, foram mostradas joias criadas pelos designers Júlia Mendes, Ivete Negrão, Helena Bezerra, Lídia Abrahim, Selma Montenegro, Circe Silva, Lindalva, Eliete Cascaes, Joseli Limão, Marcilene Rodrigues, Erivaldo Jr., Ivam Pereira Silva e Fábio Monteiro. Entre os ourives que confeccionaram as peças estão Antônio Tavares, Émerson Bezerra e Joelson Leão. As joias são comercializadas por empresas do Polo Joalheiro, dentre elas a Amazonita, HS Criações e Design, Ourogema, Amorimendes, Zeus e Brilho da Amazônia, além da loja incubadora UNA.
Estande de joias e artesanato do Espaço São José Liberto na Fipa 2013. FOTO: Thiago Pinotti.
Fazem parte do estande do Espaço São José Liberto a empresa HS Criações; a escola de ourivesaria Rahma, centro de formação profissional; a Loja UNA, que contempla 39 empresas formais, e o Consórcio Empresarial de Joias do Pará, formado por nove empresas do setor joalheiro paraense e integrantes do Polo Joalheiro.

O desfile de joias foi resultado de um trabalho coletivo do Governo do Estado, por meio da Seicom, Fiepa, Sebrae, Organização Social (OS) Igama, parceiros, microempresáriosm, designers, ourives, lapidários e demais integrantes do Programa Polo Joalheiro do Pará. A Fipa 2013, maior feira do segmento na Região Norte, prossegue até 25 de maio, numa realização da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip) e da Seicom.

Ascom/Igama


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FOTOS - modelos e estande: Thiago Pinotti - Igama Divulgação
FOTO - joia: Ocione Garçom - Divulgação




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Polo leva joias, acessórios de moda e artesanato para a Fipa 2013

Colar "Sabor de Manga", criação da designer Ivete Negrão e produzido pela empresa Amazonita. FOTO: João Ramid
Quem visitar a XI Feira das Indústrias do Estado do Pará (Fipa), aberta nesta quarta-feira (22) no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, poderá conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido pelo Espaço São José Liberto, que estará representado em um amplo estande de joias, acessórios de moda e artesanato na área de exposição do evento e, ainda, em dois desfiles que acontecem na abertura e na próxima sexta-feira (24).

Considerada a maior feira do segmento industrial da Região Norte, a Fipa 2013 prossegue até 25 de maio, com rodadas de negócios, exposições e palestras. A realização é da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), com apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip) e da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

Ambos os desfiles do Polo Joalheiro do Pará contam com a coordenação e apoio da jornalista especializada em moda Felícia Assmar Maia. O desfile desta quarta-feira começará às 19 h, e mostrará joias de diversas coleções do Polo Joalheiro, criadas e confeccionadas pelos designers Júlia Mendes, Ivete Negrão, Helena Bezerra, Lídia Abrahim, Circe Silva, Lindalva, Eliete Cascaes, Marcilene Rodrigues e Fábio Monteiro. Entre os ourives que confeccionaram as peças estão Antônio Tavares, Émerson Bezerra e Joelson Leão.

As joias são comercializadas por empresas do Polo Joalheiro, dentre elas a Amazonita, HS Criações e Design, Ourogema, Amorimendes, Zeus e Brilho da Amazônia, além da loja incubadora UNA.

Já o desfile de sexta-feira, também às 19 h, mostrará acessórios de moda criados e produzidos por profissionais ligados ao Polo Joalheiro do Pará, como cintos, bolsas, maxi colares, gargantilhas e pingentes.

Artesanato de Miriti. 
FOTO: João Hamid
Artesanato - Com um estande de 100 m², o Espaço São José Liberto também levará à feira um pouco da representatividade do artesanato paraense comercializado na Casa do Artesão, no São José Liberto, como balata, miriti, encauchados, cuias pintadas, cerâmicas marajoara e tapajônica, e outras tipologias. No local também serão comercializadas joias produzidas pelo Polo Joalheiro do Pará.

Fazem parte do estande do Espaço São José Liberto a empresa HS Criações; a escola de ourivesaria Rahma, centro de formação profissional; a Loja UNA, que contempla 39 empresas formais, e o Consórcio Empresarial de Joias do Pará, formado por nove empresas do setor joalheiro paraense e integrantes do Polo Joalheiro.

“A Fipa é uma excelente vitrine para a nossa produção de artesanato, moda e joias. Trata-se de um espaço que demonstra o crescimento da indústria paraense e das experiências locais de apoio às micro e pequenas empresas do Estado. O acolhimento dos organizadores do evento à microempresa e ao MEI (Micro Empresário Individual) é significativo, e tem colaborado, em todas as suas versões, para o crescimento do produto artesanal paraense", explicou Rosa Helena Neves, diretora do Espaço São José Liberto.

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Ascom/Igama




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Desfiles de moda, acessórios e joias marcaram o encerramento do Epama


 Um dos destaques do desfile de joias: pingente "Fada Rosa", com o diferencial das lentes recicladas. FOTO: Ocione Garçon

Cinco desfiles marcaram o Encontro Paraense da Moda (Epama) no último domingo (19), no Coliseu das Artes do Espaço São José Liberto. Com o tema “Passarelas do Século XXI”, o encontro mostrou as várias tendências da moda na atualidade. Um desfile de joias do Polo Joalheiro do Pará e quatro desfiles de moda com criações de alunos e de profissionais da área foram apreciados por quem compareceu ao evento, que também contou com estandes de manualidades, adornos, utilitários e bijuterias da Costamazônia Acessórios, Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia.

O Epama foi uma realização do Curso de Design de Moda da Estácio, com apoio do Espaço São José Liberto, que tem como mantenedor o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

Sob a coordenação da jornalista especializada em moda Felícia Assmar Maia, os desfiles seguiram a proposta do encontro e mostraram, com criatividade e irreverência, as tendências da moda do século XXI. Entre as empresas participantes estavam a Costamazônia e a Cheirosa By Léa, da estilista Léa Mizerani, que mostrou alta costura.

Desfile "Conceito do Verão 2014". FOTO Ronalld Santos – Divulgação
No “Conceito do Verão 2014”, o destaque foi o material reaproveitado confeccionado pelos alunos do Curso de  Design de Moda da Faculdade Estácio FAP, que também estiveram à frente do desfile “Projeto Estamparia”.

Já o desfile de joias do Polo Joalheiro do Pará mostrou técnicas utilizadas pelos profissionais do Programa Polo Joalheiro, como a incrustação paraense, que confere um colorido especial às joias por meio de uma técnica especial de ourivesaria.

As joias foram criadas pelos designers Júlia Mendes, Ivete Negrão, Helena Bezerra, Lídia Abrahim, Circe Silva, Lindalva, Julia Mendes, Eliete Cascaes, Marcilene Rodrigues e Fábio Monteiro. Entre os ourives que confeccionaram as peças estão Antônio Tavares, Émerson Bezerra e Joelson Leão. As joias do desfile são comercializadas por empresas do Polo Joalheiro, dentre elas a Amazonita, HS Criações e Design, Ourogema, Amorimendes, Zeus e Brilho da Amazônia, além da loja incubadora Una.

Reciclagem – As apresentações agradaram o público presente, que elogiou as coleções de roupas, acessórios de moda e joias. “Gostei muito. Prestigio todos os desfiles da Amazônia Fashion Week (semana de moda também organizada por Felícia Assmar). Achei tudo muito criativo, especialmente, na utilização de matéria prima, que valorizou a reciclagem na criação de roupas, bolsas de plástico e até de joias. Os alunos e professores estão de parabéns”, observou a promoter Socorro Mota.

Uma das joias apresentadas, o pingente Fada Rosa, da Coleção Metamorfose Preciosa da Amazônia, criação da designer Lídia Abrahim e produção da empresa Hanna Mariah o é resultado de aproveitamento de lentes de óculos CR19, inovação de Lídia Abrahim e da empresária Ana Maria Oliveira, que têm aprimorado o processo de reciclagem que alia a beleza dos metais ao colorido obtidos pelas lentes.
Desfile da Costamazônia. FOTO: Ronalld Santos – Divulgação

O desfile da Cheirosa by Léa também conquistou o público. “A grife soube mostrar as tendências da moda com brilhos e transparências, que dão leveza, glamour e beleza às roupas”, comentou a socióloga Lianne Canavarro.

A gerente de eventos do Espaço São José Liberto, Carmem Macedo, ressaltou a parceria com a instituição de ensino. “Temos uma parceria antiga, que favorece ambos os lados, pois é um trabalho de integração. Nesse projeto temos alunos e profissionais consagrados. É uma oportunidade, ainda, de mostrar ao público o trabalho dos designers, ourives e todos que fazem parte do Programa Polo Joalheiro do Pará". 

Ascom/Igama




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Amazônia Jornal destaca trabalho desenvolvido pelo Polo Joalheiro do Pará

FONTE: Amazônia Jornal - Caderno Cidades - Edição de 19/05/2013 
  
 Cresce mercado de joias
  Produto paraense tem diferencial no acabamento e na técnica desenvolvida para usar grafismo marajoara

O mercado de joias no Pará se expandiu nos últimos anos. A grande referência quando se fala em produção e criação de joias no estado é o Polo Joalheiro do Pará, que funciona no Espaço São José Liberto, no bairro da Cidade Velha. O espaço agrega em um mesmo local qualificação, venda e cultura. A produção da joia é artesanal e única, bem diferente da produção industrial e em larga escala.

Os preços das joias na Loja Incubadora do São José Liberto variam de R$ 30 a R$ 8 mil. Elas são confeccionadas em prata ou ouro e gemas, minerais ou vegetais. O coordenador comercial do local, Thiago Albuquerque, explica que ocorreu uma mudança em quem compra as joias no estado. Antes, elas eram vistas como artigos para turistas. Hoje, os próprios moradores têm procurado as joias. Isso comprava a expansão do mercado de joias no Pará. O crescimento de 2011 para 2012 foi de 37% e no 1º quadrimestre de 2013 foi de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Ele ainda explica que há 4 anos o público local representava apenas 12% das vendas, hoje é de 30%. Segundo ele, a porcentagem está crescendo.

O espaço também oferece vários cursos de capacitação e possui a escola Rhama, um centro de formação profissional particular, que funciona no mezanino do Espaço São José Liberto e oferece cursos de joalheria básica e avançada. O mestre ourives, Ramirez Garcia, 49 anos, responsável pela escola Rhama, comenta que muitas pessoas têm se interessado em aprender a profissão. Ramirez tem 25 anos de profissão, sendo que há dez anos é responsável pela escola. Foi ele que levou o projeto para o Polo Joalheiro. Segundo ele, as aulas são para quem não sabe nada sobre a produção de joias até para design que desejam saber como produzir uma joia. "Conhecer o processo de criação e fabricação de um joia é essencial para quem deseja ingressar nesse mercado de trabalho. Além disso, muitos que passaram pela escola viraram empreendedores. Abriram loja própria. Essa área está crescendo bastante, mas há pouca mão-de-obra. É uma profissão difícil por exigir conhecimento e a pessoa deve saber fazer bem uma joia", comenta o ourives.

O filho de Ramirez, Thiaraju Helio Gomes, 25 anos, também faz parte da escola Rhama. Ele apreendeu com o pai as técnicas desse trabalho. "Eu cresci vendo meu pai trabalhar em casa na oficina. Sempre quis aprender, mas ele disse que eu devia estudar. Com 18 anos, ele decidiu me ensinar. Eu comecei fazendo pequenas peças para amigos e hoje faço joias para quem solicita. Claro, o design entrega a foto do que deseja e nos confeccionamos. Tudo conciliando com os meus estudos do pré-vestibular. São várias etapas para se fazer uma joia. Dá trabalho. Tudo depende do que a pessoa deseja", explica o jovem.

A ourives Sofia Raiol da Silva, 28 anos, aprendeu a fabricar joias na escola Rhama. Ela comenta que o mercado é bom, mas falta gente capacitada. Ainda explica que consegue uma boa renda com a fabricação das joias. "Essa não é uma profissão qualquer. É um profissão passada de pais para filhos ou, no meu caso, de tio para sobrinha. É algo de família. Eu sempre quis aprender. Soube que aqui ensinava e fui contratada para trabalhar no polo joalheiro. A escola é referência no norte e nordeste", afirma.

Talento será mostrado em evento na Europa


A joalheria artesanal do São José Liberto é referência no Brasil e no mundo pelo trabalho de fomento no setor produtivo de gemas, joias e artesanato, segundo explica a diretora executiva, Rosa Helena Nascimento Neves. Segundo ela, o reconhecimento veio com o destaque no "Encontro Luso-Brasileiro de Economia Criativa para o Desenvolvimento Territorial", que será realizado em Lisboa (Portugal), nos dias 7 e 8 de junho de 2013, no Espaço Brasil, administrado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), numa realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Economia Criativa. "Apenas duas experiências brasileiras e duas portuguesas serão apresentadas durante o evento que marca o encerramento das atividades do "Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil. Isso é o reconhecimento da importância do polo para o mundo", afirma a diretora.

O ponta pé inicial para a abertura desse mercado de joias no Pará foi a criação do Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas e Metais Preciosos do Pará, em 1998. Ele é gerenciado no espaço São José Liberto desde 2002. Segundo a diretora, o local é referência cultural, turística, comercial e do patrimônio arquitetônico de Belém. Rosa Helena explica que o Programa foi fundamental para o fortalecimento e fomento do setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos no Estado do Pará. Ele é mantido pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), tendo como gestor o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama). O local é referência ainda pelas ações de qualificação e acesso a novos mercados para designers, ourives, lapidários, artesãos e produtores de embalagens artesanais.

"De acordo com as ações previstas no Programa Polo Joalheiro do Pará, a qualificação profissional é um eixo estratégico para alavancar o processo de profissionalização do setor joalheiro, desde a implantação do Programa. São vários objetivos: formar mão de obra especializada para atuação na produção de joias, contribuir para a melhoria da qualidade dos produtos gerados; oportunizar a geração de ocupação, trabalho e renda".

Evolução do MERCADO DA JOIA PARAENSE

 2011 a 2012 crescimento de 37%

 1º quadrimestre de 2013 crescimento do 17%

 Público em quatro anos crescimento de 12% para 30%

Fonte: Loja Incubadora São José Liberto

Segredo das peças está na lapidação e uso da matéria-prima mineral

Três características das joias fabricadas no Pará chamam a atenção de quem decide comprar na cidade. A primeira técnica é a lapidação diferenciada com grafismos marajoaras. Ela foi desenvolvida pela lapidária Leila Salame. A segunda é a incrustação paraense, uma técnica especial de ourivesaria também chamada de "incrustação a frio" e que foi desenvolvida pelo ourives Joelson Leão. A técnica consiste em utilizar pó de gemas e de diversos materiais orgânicos em um procedimento que aproveita a matéria-prima mineral, obtendo resultados especiais de coloração, agregando novos materiais e substituindo a esmaltação.

A última característica destacada por Rosa Helena é a das gemas vegetais, criadas pelo artesão, pesquisador e mestre ourives Paulo Tavares. Ela é criada a partir de matéria natural, como cascas, folhas, flores, frutos e raízes.

"Trata-se de uma joia projetada, cuja produção é artesanal e tem como inspiração a cultura amazônica no seu mais amplo conceito. É uma joia com um design que agrega os valores da cultura local e os valores da sustentabilidade, que tem uma trajetória de inovação em função do design". Anualmente, são produzidas quatro coleções coletivas de joias, sendo uma destas coleções com tema religioso, que é a exposição "Joias de Nazaré", alusiva ao Círio. As joias são produzidas em ouro e prata com gemas minerais e orgânicas. No local, o cliente escolhe o que agradar o seu gosto.

FONTE: http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=647605

Ascom/Igama




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Amazon Sat destaca a joalheria e o artesanato do Espaço São José Liberto

O artesanato e a joia do Pará foram destacados pela equipe de jornalistas da Amazon Sat, que visitou o Espaço São José Liberto no mês de abril. A matéria especial foi veiculada no programa Amazon Shop, no quadro “Assim que se faz” e disponibilizado em três vídeos no Youtube.

A equipe produziu um vídeo sobre joalheria e artesanato, focando as etapas de criação e confecção de uma joia artesanal. A repórter Aline Medeiros entrevistou Selma Montenegro, designer e proprietária da loja Montenegro’s e Reinaldo Souza, ourives e instrutor da escola de ourivesaria que funciona no mezanino do Espaço São José Liberto, a Escola Rhama, de propriedade de Ramirez Garcia. 

O artesão Darlindo José de Oliveira Pinto, do Grupo de Mestres Artesãos de Modelagem em Balata, de Monte Alegre, oeste do Pará foi um dos entrevistados. Ele trabalha com a balata, artesanato feito de uma goma elástica semelhante ao látex da seringueira, que permite a produção artesanal de objetos similares aos de borracha.

Entre outras peças, Mestre Darlindo mostrou o “Búfalo Montado”, com a qual foi agraciado, em 2012, com o certificado da 3ª edição do Reconhecimento de Excelência da Unesco para os produtos artesanais do Mercosul+. O Grupo de Mestres Artesãos de Modelagem em Balata está vinculado ao Espaço São José Liberto, onde os mestres balateiros comercializam as peças na Casa do Artesão.


Parceria – Estiveram no Espaço São José Liberto os jornalistas Aline Medeiros, Rui Barbosa e Bruno Fonseca, da Amazon Sat, rede de comunicação que abrange veículos como a TV Amazon Sat e o Portal Amazônia. Considerada um dos grandes grupos de Comunicação do Amazonas, a Amazon Sat oferece programação ao vivo para quase todos os Estados da região Norte e mantém o site www.amazonsat.com, considerado o maior canal de vídeos sobre a Amazônia.

A visitação da equipe de TV foi resultado de parceria entre a Companhia Paraense de Turismo (Paratur), a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e o Espaço São José Liberto. Iniciada em 2004, a parceria entre a Paratur e a Amazon Sat tem permitido a divulgação do Pará nos nove Estados da Amazônia Legal e em outros países onde as mídias sociais e a TV a cabo levam a programação jornalística e de entretenimento oferecida pelo grupo. As ações seguem as diretrizes do Ver-o-Pará, Plano Estratégico de Turismo do Pará, da Paratur, que tem como missão promover e divulgar o turismo paraense.
Confira, abaixo, a entrevista com o mestre Darlindo:


Aline Medeiros entrevista mestre Darlindo, que fala sobre a balata, 
artesanato premiado pela Unesco


Ascom/Igama




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Arte rupestre de Monte Alegre inspira coleção de joias

"Vestígios Singulares"é nova coleção de joias da designer Lídia Abrahim, que faz parte do Programa Polo Joalheiro do Pará. FOTO: Igama/Divulgação

As formas seculares da arte rupestre característica do município de Monte Alegre, no oeste do Pará, serviram de inspiração para a designer Lídia Abrahim criar sua nova coleção de joias, denominada “Vestígios Singulares”, que será lançada nesta quinta-feira (16), às 19 horas, no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi, durante a abertura da exposição “Visões: Arte Rupestre em Monte Alegre”. A realização é do Museu Emílio Goeldi em parceria com a Sociedade de Arqueologia Brasileira e Arqueologia de Monte Alegre. A exposição pode ser visitada até 30 de setembro, com entrada franca.

No evento também serão expostas pinturas e gravuras rupestres de Monte Alegre, 15 aquarelas de autoria do arquiteto e aquarelista Mario Baratta, e exibido o vídeo-documentário Imagens de Gurupatuba, dirigido pelo cineasta Fernando Segtowick. A exposição “Visões” apresenta quatro olhares sobre um mesmo tema, a arte rupestre de Monte Alegre. São os olhares de Mario Baratta, Fernando Segtowick, do poeta Juraci Siqueira e da arqueóloga Edithe Pereira.

A coleção de joias de Lídia Abrahim foi inspirada no livro "Arte Rupestre em Monte Alegre", de Edithe Pereira, que trabalha na região desde 1989. O livro também será lançado durante o evento.

A arqueóloga convidou, para participar do evento, o Coletivo Criar Amazônia, que trabalha conceitos de economia criativa, enfatizando a cultura amazônica e a sustentabilidade. O Coletivo é formado por quatro marcas paraenses: Yemara Acessórios, de joias; Da Tribu Acessórios, de acessórios e objetos decorativos; Arte Papa Xibé, de camisetas e objetos utilitários, e Arte Artesanal, que produz camisetas, acessórios e objetos utilitários.

Além da Yemara Acessórios, de propriedade de Lídia Abrahim, os desenhos catalogados no livro serviram de mote para a criação de todas as marcas do Coletivo Criar Amazônia. “Ela nos presenteou com o livro, um mês antes de ser lançado, para realizarmos nossas pesquisas e, assim, fundamentarmos nossas coleções”, contou Lídia Abrahim.

Os lançamentos das coleções e do livro integram a programação do “Arte Rupestre de Monte Alegre – Difusão e Memória do Patrimônio Arqueológico”, projeto desenvolvido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi em Monte Alegre, e que agora chega a Belém. Com a proposta de difundir o patrimônio arqueológico do município do Baixo Amazonas foram produzidos dois livros, um vídeo-documentário, um hot site, uma exposição, 15 aquarelas e um número especial do informativo do Museu Goeldi, o Destaque Amazônia. No local, o grupo Coletivo Criar Amazônia, a Cerâmica Mestre Cardoso e Mario Baratta terão uma loja, para comercialização de seus produtos.
Arte rupestre inspira a designer Lídia Abrahim. FOTO: Igama/Divulgação

Inspiração - A arte rupestre tem um significado especial para a designer Lídia Abrahim, pois é um temas pesquisados para o desenvolvimento de suas primeiras coleções de joias. Segundo ela, que diz ter “enorme paixão por esse tema”, a arte rupestre é uma das referências mais importantes da demarcação de origem amazônica. A arte rupestre é recorrente em coleções que a designer desenhou para mais de 10 empresas do Polo Joalheiro do Pará onde, desde 2005, faz parte do Programa de Desenvolvimento do Setor de Joias e Metais Preciosos, financiado pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Para este evento, Lídia Abrahim criou joias inspiradas em figuras antropomorfas (com formas humanas) e zoomorfas (forma de animais) catalogadas no livro de Edithe Pereira, a partir das pinturas e gravuras dos sítios arqueológicos de Monte Alegre.

“O título da coleção, ‘Vestígios Singulares’, remete à ideia de traços únicos deixados por povos que habitaram a região amazônica. São os primeiros vestígios do homem nessas terras, que se tem certeza pela comprovação através das pesquisas arqueológicas”, explicou a designer.

De acordo com Lídia Abrahim, as joias e os acessórios são exclusivos e produzidos em Belém, de forma artesanal, em pequenas quantidades. As peças podem ser criadas de duas formas: por meio de pesquisas que dão suporte aos desenhos criados ou pela produção direta e autoral.

Trajetória – A designer paraense Lídia Mara Pereira Abrahim é graduada pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) e atua, desde 2002, com desenvolvimento de produtos, tendo como especialidade a criação de joias e peças artesanais sustentáveis. Ao ingressar no Programa Polo Joalheiro do Pará, ela deu continuidade a este trabalho. A partir de 2006, também começou a trabalhar como consultora em Inovação e Desenvolvimento Territorial, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae).

Seu trabalho tem recebido reconhecimento dentro e fora do Pará, em feiras, desfiles e exposições com produtos criados e produzidos por sua marca e por empresas que a contratam para desenvolver projetos. Sua criatividade como designer de joias a destacou em diversos concursos da área, como o Anglogold Ashanti AuDITIONS, o mais importante concurso de joias em ouro do planeta, e o Prêmio ICA (Internacional Colored Gemstone Association) de Design de Joias, com a chancela do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).

Anel "Prece", de Lídia Abrahim.  FOTO: Jacques Dequeker - Divulgação AngloGold Ashanti
Com o anel “Prece”, joia que retrata a religiosidade e o poder da fé na transformação humana, Lídia representou o Pará no AngloGold Ashanti AuDITIONS Brasil 2010. A premiação marcou a entrada da designer paraense no seleto grupo dos profissionais de criação do setor joalheiro nacional. Como uma das 20 designers premiadas, e única representante da Região Norte, sua joia foi exposta em cinco capitais brasileiras, e em outros países.


Sustentabilidade - Com a proposta de oferecer ao público produtos diferenciados criados por Lídia Abrahim, a marca Yemara Acessórios surgiu em 2007. Segundo ela, a marca tem como característica a criação e a experimentação em acessórios, além da sustentabilidade.

Segundo ela, os produtos podem expressar a cultura local, pelas referências e os materiais amazônicos, e também podem comunicar a universalidade, representada no uso de materiais descartados.

Entre os trabalhos marcantes da Yemara destacam-se o desfile realizado no Mercado de Moda, em 2009, promoção do Coletivo Caixa de Criadores, com o lançamento da coleção “Nas Profundezas do Mar” e, em 2010, na exposição de produtos ocorrida durante a II Bienal Brasileira de Design, na qual mostrou a linha de brincos “Fascínio”.
Criações de Lídia Abrahim realçam a cultura amazônica. 
FOTO: Igama - Divulgação 

Serviço: O lançamento da coleção de joias “Vestígios Singulares”, da designer Lídia Abrahim, durante a abertura da exposição “Visões: Arte Rupestre em Monte Alegre”. Nesta quinta-feira (16), no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (Avenida Magalhães Barata, 736, bairro de São Braz), no Pavilhão Domingos Soares Ferreira Pena (Rocinha). A realização é do Museu Goeldi em parceria com arqueologia de Monte Alegre. Visitação até 30 de setembro, com entrada franca.


Veja o convite aqui

 
Ascom/Igama




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