26
jul

Charme Caboclo mostra “Cantos e Encantos do Pará” no São José Liberto

Grupo Charme Caboclo_FOTO ROGÉRIO UCHÔA
Com coreografias características de diversos municípios paraenses e uma homenagem à representação feminina no folclore amazônico, o Grupo Parafolclórico Charme Caboclo apresentará o espetáculo “Cantos e Encantos do Pará” no próximo domingo (29), a partir das 18 horas, no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto. A apresentação, que tem entrada franca, integra o Projeto Ritmos do Pará, que abre a arena cultural do São José Liberto para grupos folclóricos sempre no primeiro e no último fim de semana de cada mês.

Criado e desenvolvido, há três anos, pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição gerenciadora do Espaço São José Liberto, via Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), o projeto tem o objetivo de ampliar o espaço para divulgação do trabalho de grupos folclóricos do Pará, valorizando a arte produzida no Estado.

Para a apresentação, oito músicos e 16 dançarinos do Charme Caboclo vão mostrar, em 13 coreografias, o trabalho que desenvolvem desde a formação do grupo, há 13 anos, com destaque para músicas e coreografias próprias. “A gente reuniu coreografias de três cantos do nosso Estado para mostrar um pouco de cada região”, conta a pedagoga Rita Sena, diretora do Charme Caboclo.

Da Região do Salgado, diz ela, serão mostrados o xote, o massariquinho e a desfeiteira. Da Região do Marajó serão apresentadas a invernada marajoara, a chula marajoara, o lundu e a vaquejada do Marajó. Esse segundo bloco será aberto com a “Lenda da Iara”, com música e coreografia de Rita Sena, que versa sobre a famosa lenda do encantamento dos pescadores por um ser encantado dos rios.

Na terceira parte, denominada Carimbó do Charme, o grupo de músicos e dançarinos mostrará o lado mais estilizado da dança folclórica paraense, característica marcante na Região Metropolitana de Belém. “A música tem a marca do carimbó, mas com um batuque que está ficando próprio do município de Belém, que é mais ritmado, mais acelerado que o tradicional, e que se aproxima mais do eletrônico que está sendo apresentado pelos grupos de tecnobrega”, explica a diretora.
Grupo Charme Caboclo_FOTO ROGÉRIO UCHÔA
HOMENAGEM - Para encerrar o espetáculo “Cantos e Encantos do Pará”, a coreografia “à brasileira”, com música de Lucinnha Bastos e montagem coreográfica de Rita Sena, homenageará as mulheres paraenses, por meio dos mitos e das crenças do folclore amazônico. A dança enfatizará a figura feminina, representada, por exemplo, na própria Iara e em Iansã, além das entidades da mitologia indígena e outras representativas do folclore amazônico.

Desde 1998, Rita Sena trabalha com o folclore paraense, desenvolvendo pesquisas e vivências com a cultura popular. A formação como educadora e a experiência adquirida durante todo este tempo foram fundamentais para os resultados obtidos com o Charme Caboclo. “O folclore é a identidade de um povo, passado de pai para filho pela prática e oralidade", diz a diretora, lembrando que o conhecimento de técnicas de dança ou de música ajuda na hora de montar ou aperfeiçoar um trabalho mais autoral.

Serviço: Apresentação do espetáculo “Cantos e Encantos do Pará”, do Grupo Parafolclórico Charme Caboclo, dentro do Projeto Ritmos do Pará, neste domingo (29), a partir das 18h, no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas. Entrada franca.

Ascom/Igama

FOTOS: ROGÉRIO UCHÔA/OS PARÁ 2000




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25
jul

Embaixatriz de Israel destaca importância do Polo Joalheiro do Pará

A embaixatriz Batia Eldad (centro) e comitiva do governo são recebidas por Rosa Helena Neves, diretora executiva do Igama
A embaixatriz Batia Eldad, esposa do embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, que cumpre agenda de trabalho no Pará, visitou o Espaço São José Liberto na tarde desta terça-feira (24). Acompanhada de comitiva do governo do Estado, a embaixatriz foi recebida por Rosa Helena Neves, diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), e por Thiago Gama, coordenador Comercial. “Eu sinto uma grande alegria de ver o governo ter um projeto tão lindo, tão educativo como esse, que junta muitos tipos de trabalhos e produtos. Não só o espaço, os produtos, mas a ideia. Tinha que se fazer uma cópia dele em outros Estados”, enfatizou a embaixatriz após conhecer as gemas, as joias e o artesanato comecializados no São José Liberto.

A visita começou pela Capela, de onde o grupo seguiu para o Museu de Gemas do Pará, vinculado ao Sistema Integrado de Museus (SIM), da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). O museu tem um dos mais completos acervos arqueológico e gemológico do Brasil, com cerâmicas, rochas, gemas e joias da região, com destaque para o quartzo opalescente araguaia (opala facetada) e as ametistas.

Nas cinco salas do Museu, Batia Eldad conheceu e encantou-se com a riqueza do acervo de cerâmicas arqueológicas, gemas minerais do Pará e de outras regiões da Amazônia. “Eu adoro as pedras, que para mim são energia, mais que tudo. Gosto de sentir as pedras”, disse a embaixatriz.

Atenta às explicações de Alexandre Cordovil, monitor do museu, a embaixatriz conheceu detalhes da classificação das gemas minerais ou naturais da região Amazônica, gemas sintéticas ou artificiais e gemas orgânicas (conchas, sementes, corais, ossos, chifres etc.).

No museu, a embaixatriz também conheceu peças de coleções confeccionadas pelos profissionais do Polo Joalheiro - joias com metais preciosos e gemas orgânicas, inspiradas nas culturas marajoara e tapajônica, incluindo a religiosidade do povo paraense.

Thiago Gama explicou que a coloração de alguns pingentes na forma do muiraquitã, obtida com o resíduo de outro processo, era exemplo de uma das técnicas diferenciadas desenvolvidas por profissionais do Polo Joalheiro.

A beleza e a história das instalações do São José Liberto, que incluem o Museu Gemas do Pará, o Polo Joalheiro e a Casa do Artesão, foram observadas pela embaixatriz Batia Eldad, que ressaltou a criatividade de tantos artistas e criadores reunidos em um só espaço.
O monitor Alexandre Cordovil fala sobre o acervo do Museu de Gemas do Pará para a embaixatriz de Israel
PROGRAMA - Rosa Helena Neves explicou que o São José Liberto, inaugurado em 11 de outubro de 2002, é o ponto de referência do Programa de Gemas e Metais Preciosos, mantido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom). “É uma experiência única no Brasil. É um comprometimento do governo do Estado com este projeto, para manter e investir neste espaço turístico, cultural, de geração de renda, com ações de capacitação, mercado e inovação tecnológica”, ressaltou a diretora executiva.

Em seguida, o grupo visitou o Jardim da Liberdade, com destaque para o grande quartzo, de 2,5 toneladas, colocado no centro da fonte. Depois, a embaixatriz conheceu a Loja UNA, gerenciada pelo Igama, que expõe e comercializa o trabalho de 39 produtores, entre designers, ourives e lapidários atendidos pelo programa.

Thiago Gama mostrou detalhes de técnicas desenvolvidas pelos profissionais do Polo, como a gema vegetal, que pode ter várias cores, com a dureza similar a uma pérola, criada pelo pesquisador e ourives Paulo Tavares, por meio de um processo de aproveitamento de resíduos descartados na natureza. A embaixatriz conheceu também a lapidação diferenciada, criada pela lapidária Leila Salame, que utiliza grafismos marajoaras em cristais, ametistas e outras gemas. Leila é a única lapidária a fazer este tipo de trabalho.
Thiago Gama, Rosa Helena Neves e Batia Eldad durante visita da embaixatriz ao São José Liberto

ARTESANATO - A comitiva também visitou a Ilha de Ourivesaria e o Coliseu das Artes, onde acontecem eventos culturais e sociais, e conheceu as várias tipologias do artesanato paraense comercializadas na Casa do Artesão - manualidades, adornos, bolsas, sapatos e peças decorativas e utilitárias, criadas por artesãos de várias regiões do Pará e comunidades indígenas.

Sementes como a jarina, conhecida como marfim vegetal, chamaram a atenção da embaixatriz, assim como os brinquedos de balata (tipo de látex) e de miriti (palmeira da região), e as réplicas de cerâmicas arqueológicas e tradicionais, feitas por 50 produtores paraenses. Ao todo, 392 artesãos, de 43 municípios paraenses, expõem e comercializam seus produtos na Casa do Artesão.

Ao final da visita, a embaixatriz recebeu como cortesia um kit contendo uma gema vegetal de abacaxi, catálogos de diversas coleções lançadas pelo Polo Joalheiro e uma bolsa da designer Rosa Leal, confeccionada com fibra de tururi e madeira certificada.

Ela disse que iria sugerir à comitiva de embaixadores que conheça o São José Liberto, e informou que já tentou marcar seu retorno ao Pará no período do Círio de Nazaré.

FOTOS: CARLOS SODRÉ/AG.PARÁ

Ascom/Igama




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20
jul

Selma Montenegro, do Pará, é finalista em prêmio internacional de design de joias

Selma Montenegro é uma das 18 finalistas do 10º AuDITIONS Brasil 2012
Com um projeto denominado “Açaí”, fruta típica do Pará, a designer paraense Selma Helena Montenegro, uma das pioneiras do segmento no Estado, é uma das 18 finalistas, entre 1.386 inscritos de todo o país, do maior concurso de design de joias de ouro do mundo, o AngloGold Ashanti AuDITIONS, que celebra sua 10ª edição no país com o tema “Brasilidade”.

A atriz Taís Araújo é a Golden Girl, a embaixadora desta edição do concurso, representando, com sua beleza tipicamente brasileira, a imagem do concurso nos anos de 2012 e 2013, por meio de fotos, desfiles e eventos para divulgar o evento promovido pela AngloGold Ashanti, a maior produtora de ouro do país e uma das maiores do mundo.

Selma Montenegro, informada nesta quinta-feira (19) do resultado, já se considera vitoriosa pela classificação alcançada. “É o auge da premiação na área de joalheria. É como eles mesmos (da organização do concurso), que me ligaram, disseram: ‘É uma grande vitória!’ É inesquecível. Única!”, declarou , emocionada com a notícia, acrescentando que foi no prazo de prorrogação do concurso que inscreveu três projetos: “Carimbó”, “Arara Azul” e “Açaí”.

A mineradora fornecerá, na etapa seguinte, o ouro para os classificados confeccionarem as peças, que deverão ser entregues até setembro, quando passarão por um novo julgamento. Os vencedores, em duas categorias, serão anunciados em novembro, em Belo Horizonte (MG).

Antes do julgamento final, as peças selecionadas, que identificam a variedade de raças e culturas de todo o Brasil, serão fotografadas com a Golden Girl para o catálogo do concurso.Designers, consultores, publicitários, empresários e jornalistas do Brasil e de outros países, especializados e experientes na área da joalheria, estarão entre os jurados.

Na peça, cujo projeto está guardado a “sete chaves”, Selma Montenegro disse que usará ouro e tucumã (um fruto da Amazônia). O ouro, informou, será destaque no colar, servindo como atrativo para revelar o seu estilo de criação, que privilegia a temática regional, mas com a linguagem universal. Selma pretende desenvolver o projeto em Belém e está estudando propostas de patrocínios e apoios para a produção da peça.

Detalhe do colar "Fruto da Terra: Açaí":  Prêmio IBGM 2006
CRIATIVIDADE - Fibra, madeira certificada e sementes são matérias primas constantes no trabalho de Selma Montenegro, produtos que, muitas vezes, passam despercebidos aos olhos das pessoas. “Eu vejo de outra forma. Vejo essa matéria prima como a nossa maior joia, realmente, a joia preciosa, que é o que gera o diferencial daquela peça que você não vai achar em qualquer lugar”, frisa a designer, que procura, sem causar danos ao meio ambiente, utilizar o material descartado pela natureza ou pelo homem.

Para o concurso, Selma Montenegro apostou na peça que é o forte do seu trabalho, o colar, e com tema similar ao que já lhe rendeu a primeira premiação da sua carreira, em 2006, em um dos mais representativos concursos do país, com repercussão internacional, promovido pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM). No Prêmio IBGM de Design de Joias ela foi a primeira designer do norte do país a figurar entre os profissionais selecionados, ficando em terceiro lugar entre os melhores designers do Brasil com a peça “Fruto da Terra: Açaí”.

Divulgado em 33 países, o colar é composto de fibras de miriti e gemas minerais diversas, como quartzo verde, ágata, citrino, crisoprázio e malaquita, além da gema orgânica caroço de macaúba.Também já foram finalistas em edições anteriores do AngloGold Ashanti AuDITIONS Brasil as designers paraenses Lídia Abrahim e Clara Amorim, que também integram o Programa de Gemas, Joias e Metais Preciosos do Pará, gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), com apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

TRAJETÓRIA - Designer de joias vinculada ao Polo Joalheiro do Pará desde a inauguração do Espaço São José Liberto, em 2002, Selma Helena Montenegro Botelho é natural do município de Afuá, no Arquipélago do Marajó. Apesar de criar anéis, pulseiras e pingentes, os colares são suas peças preferidas. Graduada em Educação Artística, também é responsável pela loja “Montenegro’s”, que possui no Polo Joalheiro, onde comercializa suas peças.

 Em 2008, também no Prêmio IBGM, Selma ficou entre os 10 melhores do Brasil na categoria Arquitetura Brasileira, com o colar “Ver-o-Peso” inspirado na arquitetura da maior feira livre da América Latina. Na peça, de forma harmônica a vista aérea do mercado é retratada pela artista em formas ovais no colar, que tem na sua composição ouro, madeira de pupunheira, fibra de arumã e gemas minerais diversas, como ametista, turmalina verde, esmeralda e água marinha, e vários tipos de quartzo, remetendo ao colorido e à diversidade dos produtos comercializados na feira.
Colar "Ver-o-Peso": Prêmio IBGM 2008
Colar "Dança das Cores" - Carimbó:   
I Prêmio de Design em Joias do Pará
No mesmo ano, Selma também ficou em segundo lugar com o designer da joia “Dança das Cores” (inspirada no tema do concurso, "Carimbó"), com a qual foi agraciada na categoria profissional no “I Prêmio de Design em Joias do Pará”, promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA), com apoio do Igama.

O trabalho da designer também lhe rendeu, em 2010, a homenagem na 29ª edição do “Mulher Padrão do Pará”, evento destinado a profissionais que se destacam pela qualidade do trabalho que realizam nos mais diversos segmentos, numa iniciativa do Conselho de Profissionais do Estado do Pará. Segundo Selma, foi a primeira vez que o setor de Joalheria foi representado na premiação, que leva em conta a seriedade e a organização que acompanham a trajetória de cada homenageada.

Definindo-se como uma pessoa inquieta, curiosa e arrojada, Selma Montenegro lembrou que, há 10 anos, eram poucos os designers de joias no Estado, e ressaltou que as conquistas dela e dos demais profissionais envolvidos no setor são creditadas, principalmente, ao trabalho do Polo Joalheiro, que tem ultrapassado fronteiras.

Ela informou que foi pelo Polo Joalheiro que participou, há alguns anos, de um encontro nacional, no qual peças premiadas expostas lhe chamaram a atenção. Na ocasião, Selma disse a uma amiga que, um dia, estaria no AngloGold Ashanti AuDITIONS Brasil. Foi quando decidiu participar de concursos na área e incentivou outros profissionais a fazerem o mesmo.

“Essa conquista é o reconhecimento de um esforço, para que a gente melhore cada vez mais a produção joalheira do Estado. Estamos nesse patamar de alcançar qualidade e reconhecimento, pois estamos adquirindo a cultura de ser um Estado com tradição na joalheria, que ainda não tínhamos, apesar de sermos ricos em ouro, minerais e gemas. Estamos adquirindo muito nesse sentido e este destaque está se dando, principalmente, por causa desse trabalho desenvolvido pelo Polo, que hoje nos permite afirmar que O Pará é joia! e aqui se faz joia”, enfatizou a designer.

DADOS - Após serem avaliados, para escolha dos 18 finalistas, os projetos inscritos passaram por um júri técnico, que selecionou 70 projetos na categoria Prêmio AuDITIONS e 35 na categoria Prêmio AuDITIONS 10 anos. Dos 18 agraciados, 12 concorrem ao primeiro prêmio e os outros seis ao segundo, comemorativo aos 10 anos do concurso. Selma Montenegro foi selecionada na primeira categoria. O paraense Fares Cardoso Farage, também vinculado ao Polo Joalheiro, ficou entre os pré-selecionados, com o projeto da peça “Marajó”.

Entre os 1.386 inscritos estavam 85 designers paraenses, um dos 23 Estados participantes com mais representatividade, atrás apenas do Paraná (com 98 participantes), Rio de Janeiro (205), Minas Gerais (307) e São Paulo (398). As mulheres são maioria em participação: 964 contra 422 homens. Pela primeira vez, o concurso recebeu inscrições de designers dos Estados do Acre, Rondônia e Sergipe.

Colar "Fruto da Terra: Açaí", Prêmio IBGM 2006. Com a mesma temática, Selma Montenegro ficou entre os 12 designers finalistas do Prêmio AuDITIONS Brasil 

SELEÇÃO – Entre os selecionados na categoria “Prêmio 10 anos AuDITIONS" está Eliânia Rosetti, de São Paulo, com a peça “Carnival”, que já esteve no Polo ministrando ações de capacitação aos designers locais.

O Concurso AuDITIONS foi criado há 12 anos na África do Sul, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do setor joalheiro, principal destino do ouro extraído pela AmgloGold Ashanti. Além de promover as práticas de governança, sustentabilidade, responsabilidade social e sustentação do negócio da empresa, a iniciativa estimula a inovação, contribui para a renovação do design de joias, estabelecendo tendências e incentivando o uso de novas tecnologias pelo setor joalheiro.

O AuDITIONS Brasil ainda permite a projeção do país no exterior, como exportador de capacidade técnica e criatividade, sendo também realizado bianualmente na China, Índia, África do Sul e Emirados Árabes.

Texto: Ascom Igama, com informações do site Midiorama Entertainment Media

FOTOS DAS PEÇAS: OCIONE GARÇON

FOTOS SELMA MONTENEGRO: STUDIO OLIVEIRA

Foto do desenho do projeto Carimbó: Selma Montenegro




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18
jul

Paraenses criam joias com as "digitais da Amazônia"

Pingente "Galho" FOTO: BIANCA RIBEIRO
Quantas formas, cores e texturas da floresta passam despercebidas aos olhos dos homens, na imensidão da Amazônia? Certamente, muitas. Mas ao olhar atento e eternamente curioso do ourives e pesquisador autodidata Paulo Tavares, os mistérios das árvores, galhos, folhas e frutos se revelam em um dos objetos mais sedutores já criados pelo homem: as joias.

A partir de técnicas inéditas de ourivesaria, Paulo juntou toda a experiência de anos de pesquisas e de trabalho na banca de ourives ao talento criativo de Mônica Matos para criar peças exclusivas, que retratam a fauna, a flora e toda a biodiversidade da floresta e da cultura amazônicas.

As gemas vegetais, uma criação de Paulo Tavares a partir de resinas naturais, se harmonizam com o brilho da prata e a textura das fibras naturais para formar uma coleção denominada “Digitais da Amazônia”. São peças que trazem para o mundo da joalheria as nervuras das folhas, o retorcido dos cipós e galhos, as múltiplas formas dos animais que habitam esse universo tão particular, como macacos, borboletas, peixes, serpentes e tartarugas.

Brinco "Serpente"  FOTO: BIANCA RIBEIRO
 O resultado desse trabalho levou dois anos e dois meses para ser concluído, incluindo o período de pesquisa, produção e confecção das 43 peças e das gemas vegetais de diversos pigmentos. Pingentes, colares, brincos e anéis mostram a beleza da matéria prima e também expressam o conceito de sustentabilidade, a principal característica do trabalho de Paulo e Mônica.

As peças refletem ainda o trabalho paralelo desenvolvido pelos dois artistas da joalheria, que inclui um projeto de geração de renda para comunidades do interior do Estado e o mapeamento e distribuição de mudas de Pau Brasil.

A árvore símbolo do país é uma das inspirações de algumas joias, como o anel “Seringa”, que se transforma em pingente (joia inspirada na forma da semente da Seringueira e composta com gema vegetal da resina do Pau Brasil) e o conjunto “Pau Brasil”, formado por pingente, colar e anel, reproduzindo a forma das lascas da palmeira, descartadas naturalmente pela natureza.

Brincos "Pau Brasil" 

Anel/Pingente "Seringa"    FOTOS: BIANCA RIBEIRO







TÉCNICAS - Paulo Tavares explica que as gemas vegetais, criadas dentro de um projeto de pesquisa apoiado pelo Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos do Pará, criado pelo Governo do Estado e gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), resultam de um processo 100% natural de composição dos pigmentos, em que nada é desperdiçado, como, eventualmente, acontece em outros procedimentos.

“Nosso trabalho começa com zero resíduo e termina com zero resíduo”, frisa Paulo Tavares, acrescentando que, apesar de a aceitação do público ser muito positiva, a comercialização das gemas vegetais ainda não está ocorrendo em grande escala. Produtores do Polo Joalheiro estão começando a utilizar e vender peças feitas com as gemas sustentáveis.

O pigmento que dá cor a cada gema é extraído de cascas, flores, folhas, frutos e raízes descartados pela natureza ou pelo homem. A partir daí, o material é estabilizado na resina, na forma desejada. Segundo Paulo Tavares, as gemas vegetais têm três grandes vantagens: financeira, social e ambiental. Ele lembra que, além das formas e cores mostradas na coleção, já está produzindo gemas em outras formas, como camafeus e em formato de cabochão. E a lapidação facetada também já está sendo testada.

O metal utilizado nas peças da coleção “Digitais da Amazônia” é a Prata 950, manipulada em duas técnicas de modelagem do metal: o cinzel e a fundição artesanal feita em terra, que estão sendo aperfeiçoadas pelos artistas.

Um exemplo de peça manipulada com a técnica do cinzel é o pingente “Folha”, cuja forma foi obtida por meio de pequenas batidas, feitas com um tipo de ponteira de madeira. As batidas dão forma ao metal, também utilizado nas peças “Macaco”, “Louva a Deus” e “Galho”.
Anel "Louva a Deus"  FOTO: BIANCA RIBEIRO

No caso da fundição artesanal em terra é criado um molde a partir do formato a ser reproduzido, como um pedaço de graveto seco, que originou o anel “Galho”. “Posso encontrar formas belíssimas e únicas”, enfatiza o pesquisador.

DIGITAIS Outra técnica utilizada na coleção, que inspirou o nome, também é uma criação de Paulo Tavares e Mônica Matos, vista na peça “Digitais”, um colar de fibra natural de miriti, tingido com pigmento extraído da casca do mogno, que carrega um pingente em prata, em forma de um pedaço de casca da árvore.

O processo, explica Mônica Matos, consiste em obter, por meio de uma espécie de carimbo preenchido com uma massa maleável especial, o registro em baixo relevo da forma selecionada, processo denominado como modelagem. O carimbo de um pedaço de casca de árvore cria uma impressão única, uma digital, que pode revelar no metal todos os detalhes. “Chamo isso de caça ao tesouro, pois ainda dá para encontrar outros desenhos, como rostos humanos e animais. Foi assim que surgiu também a ideia de trabalhar com comunidades carentes, de forma a gerar renda a partir da reprodução dessa técnica”, informa Tavares.
Paulo mostra carimbos com "digitais da Amazônia"
Modelagem cria as "digitais"  
Colar "Digitais" FOTOS: IGAMA/DIVULGAÇÃO
HISTÓRIA E INSPIRAÇÃO - Paulo e Mônica, que assinam juntos a primeira coleção de joias, participaram de todo o processo de pesquisa, produção e finalização de cada peça. A produtora Mônica Matos, responsável principalmente pelo design das peças, diz que encontrou inspiração na biodiversidade da Amazônia. A escolha de macacos, tartarugas ou araras como tema de algumas joias, entretanto, não foi proposital, destaca Mônica, que teve como objetivo chamar a atenção das pessoas para a preservação da floresta, para que não deixem extinguir espécies vegetais e animais e ajudem a preservar as que ainda não entraram em perigo de extinção.

A preocupação com a natureza sempre esteve presente na vida de Paulo Tavares, que começou no ramo joalheiro como ourives, aos 16 anos, profissão que hoje é desenvolvida também por outros membros de sua família, para os quais repassou seu conhecimento, como os irmãos Antonio e João Tavares. O trabalho em joalheria é baseado, ainda, nas recordações da infância, passada em Ponta de Pedras, município do Arquipélago do Marajó, onde nasceu. “Cheguei a conviver como os índios, com os costumes deles. Os galhos, as cores e tudo o que eu queria como brinquedo, como barquinhos, eu retirava da natureza”, conta o ourives.
Paulo Tavares e Mônica Matos  FOTO: IGAMA/DIVULGAÇÃO
A consciência ecológica, formada ainda na infância, se reflete até na forma de coletar o material. Paulo nunca arranca galhos, frutos e folhas. “Sempre espero pelo processo de descarte natural, para que eu possa fazer a coleta. Com as cascas, também aguardo o período certo para a retirada. E quando recolho frutos ou sementes, deixo vários nos lugares onde caíram, para que possam continuar o ciclo da vida”, relata.

Já os primeiros contatos de Mônica Matos com a joalheria foram em 2003, quando trabalhou no setor de Curadoria do Programa Polo Joalheiro. Mas foi em 2007 que se interessou pelo setor como produtora de joias. Participou, em 2008, do 1º Workshop Internacional de Design e Ourivesaria, promovido pelo Igama, em parceria com o Sebrae-PA, e ministrado pelo designer e professor italiano Stefano Ricci. Mas foi na 3ª edição do workshop, em 2010, que ela teve a inspiração de usar os símbolos da Amazônia para criar a exposição. “O curso treinou o meu olhar para trabalhar estes signos”, ressalta a produtora.

Stefano Ricci, atualmente professor do Curso de Mestrado "Product Design for Rapid Manufacturing - Wearable Luxuries", da Universidade La Sapienza, de Roma (Itália), afirma que a coleção de joias “Digitais da Amazônia” tem o foco na iconografia da região. “Estou particularmente feliz por constatar na coleção a evolução do tema e da metodologia que eu introduzi. Mônica Matos, com a ajuda do sábio mestre ourives Paulo Tavares, soube infundir na matéria, que dá forma às joias, os valores intangíveis - em especial da poesia - o que torna a coleção elegante e atemporal, adaptada também ao público internacional”, declara Ricci.

A coleção, que já esteve exposta no Espaço São José Liberto, numa promoção do Igama, em parceria com o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), terá continuidade com outras peças, cujos embriões estão guardados na natureza, esperando apenas ser descobertos pela sensibilidade e criatividade de Paulo Tavares e Mônica Matos.    
Colar e anel "Galho": Exposição "Digitais da Amazônia"  FOTO: BIANCA RIBEIRO
FOTOS DAS PEÇAS: BIANCA RIBEIRO
FOTOS DE PAULO TAVARES E MÔNICA MATOS: IGAMA/DIVULGAÇÃO
TEXTO DE LUCIANE BARROS E SOCORRO COSTA: ASCOM/IGAMA




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14
jul

Dança dos Povos anima a manhã de domingo no São José Liberto


Dança que remete à cultura de todos os povos e seus ritmos diversificados, as rodas de dança já se tornaram tradição no São José Liberto nas manhãs de domingo. Os admiradores e praticantes das Danças Circulares poderão formar mais uma roda e dançar livremente, neste domingo (15), das 10h30 às 12h, no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto.

 As danças circulares são democráticas e o movimento, que não é ligado a nenhuma técnica específica de dança ou a alguma religião, reúne pessoas de todas as idades, promovendo uma verdadeira integração entre elas.

A terapeuta Ana Rubim, que promove e organiza as rodas no São José Liberto, possui um espaço holístico e conta que recebeu uma formação especial para atuar como focalizadora, que é a pessoa que “comanda” a roda, criando e orientando os passos, as marcações e o ritmo.

Liberdade - Também conhecidas como "danças dos povos", as danças circulares promovem muitos benefícios para quem pratica, além de levar os participantes a tomar contato com a cultura de vários países, com seus ritmos variados.

Segundo a terapeuta, o movimento dentro da roda é livre e simples. O mais importante, diz ela, é todos darem as mãos e experimentarem a alegria que as danças provocam nas pessoas.

As Rodas de Dança no São José Liberto começaram há dois anos, sempre atraindo novos integrantes, como turistas que visitam o espaço, além dos participantes que costumam participar dos encontros dominicais no Coliseu das Artes.

Paz - As danças circulares são movimentos internacionais de construção de uma cultura de paz, por meio de trabalho voluntário, informa a psicóloga Lena Mouzinho, que colabora com a organização e a divulgação dos encontros.

“Dançar faz bem para o corpo e o espírito”, diz a psicóloga, acrescentando que os benefícios que as danças circulares promovem são muitos. Além do bem estar que o ato de dançar já provoca, a paciência e a tolerância também são trabalhadas individualmente, e em conjunto durante as rodas.

Serviço: Danças Circulares, sempre no primeiro e terceiro domingos do mês, no Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, Jurunas). Mais informações pelo telefone (91) 8883-7970 (Ana Rubim) ou pelo e-mail lenacristinam@gmail.com. Entrada franca.

Ascom/Igama

Fotos: Igama/Divulgação




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11
jul

Designers do São José Liberto elaboram nova coleção Joias de Nazaré 2012

Começou na terça-feira, 10, o workshop de criação da coleção “Joias de Nazaré 2012”, evento que integra a programação anual de exposições promovidas pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) e Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Este ano, a coleção ficará exposta no Espaço São José Liberto de 4 de outubro a 4 de novembro, como parte da programação em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré e aos 10 anos de inauguração do Espaço São José Liberto, comemorados em 11 de outubro.

Direcionado a designers de joias e estudantes de Design, o workshop acontece até esta quinta-feira, 12, das 14 às 18 horas, no auditório do Espaço São José Liberto, ministrado pela designer de joias Rosângela Gouvêa, especialista em Educação e Designer de Joias e professora da Universidade do Estado do Para (Uepa). O tema do treinamento é “Procissões do Círio”.
 
Cerca de 30 designers cadastrados no Igama e estudantes de cursos superiores de Design, que já estão cursando o terceiro ano, participam do workshop, que é dividido em fases. No primeiro dia, Rosângela Gouvêa apresentou a proposta para produtores e designeres sobre a criação da coleção e o tema escolhido. Estudos sobre os signos que compõem cada procissão, montagem de mapas conceituais e painéis de conceito e estilo também integraram essa primeira fase.

Segundo a professora, os participantes devem trabalhar as diferenciações das 11 procissões realizadas durante os 15 dias de festividade. Por meio de sorteio, os participantes dividiram-se para criar a partir dos subtemas Traslado, Procissão Rodoviária, Romaria Fluvial, Motorromaria, Trasladação, Círio, Ciclo-romaria, Romaria das Crianças, Procissão da Juventude, Procissão da Festa e Recírio.
 

Também haverá discussão das principais tendências de gemas e joias para 2012, a aplicação de técnicas para produção de esboços das peças, o atendimento individual aos designeres, o recebimento e a exposição dos projetos, além da participação dos alunos na curadoria da coleção para a exposição, o que garantirá a fidelidade ao projeto.

Ascom/Igama




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06
jul

Joias com “Digitais da Amazônia” estão expostas no São José Liberto

Folha
Louva a deus, arara, macaco, tartaruga, tipiti, manto de Nossa Senhora de Nazaré, galhos, sementes, folhas e tantas formas e cores características da natureza e da cultura da Amazônia estão retratadas na exposição de joias “Digitais da Amazônia”, que está aberta à visitação na Casa do Artesão, no Espaço São José Liberto até o próximo dia 15.

A mostra reúne peças que recriam os símbolos da identidade, cultura, fauna e flora amazônicas, em joias assinadas pelos profissionais Paulo Tavares e Mônica Matos, responsáveis pela pesquisa e confecção das gemas vegetais. A exposição é promovida pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), via Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), e Governo do Pará.
Manto

Prata, gemas vegetais e fibras naturais de miriti são as matérias primas básicas das joias. Mostras da biodiversidade da Amazônia são recriadas nas formas oferecidas pela própria natureza, que ganham um colorido especial com as gemas vegetais, que são produtos orgânicos decorrentes de resina e pigmentos naturais retirados de plantas e processados para serem utilizados em joias e adornos regionais.
Gemas Vegetais
Além das joias, gemas vegetais de diferentes tamanhos, cores e formatos também integram a mostra. Criadas por Paulo Tavares, como resultado de um projeto de pesquisa do Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos, as gemas vegetais permitem inúmeras possibilidades de formas e variação de cores, como as nuances dos pingentes Tartaruga (gema vegetal feita da mandioca) e Arara (gema vegetal de resina das pimentas vermelha e amarela), que identificam o diferencial desse trabalho.
Tartaruga
Arara
No processo de criação das gemas vegetais, a composição dos pigmentos é 100% natural, tendo como matéria prima cascas, folhas, flores, frutos e raízes. Os processos, ambientalmente sustentáveis, aproveitam resíduos descartados pela natureza ou pelo homem. Cada vez mais incorporadas ao trabalho de designers e artesãos paraenses, as gemas vegetais têm chamado a atenção em exposições e eventos nacionais, nas quais o Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro é representado.

Criatividade - As “digitais” da Amazônia estão em cada colar, anel, brinco ou pingente criados por Paulo Tavares e Mônica Matos, que também assinam juntos o design das joias.

A exposição leva o observador a uma verdadeira viagem pela criatividade dos artistas, em que cada peça registra a identidade da floresta amazônica e da cultura de quem vive em meio a toda essa biodiversidade. Um universo registrado, por exemplo, no colar “Tipiti”, confeccionado com fibra de miriti, que sustenta o pingente em prata, pérola e gema vegetal de resina de tucupi, ingrediente indispensável na culinária paraense.
Tipiti
No colar “Macaco”, além do pingente em prata, a gema vegetal de castanha compõe a peça. Já no anel “Seringa”, a gema vegetal da resina do Pau Brasil é o destaque.
Macaco
Digitais
E na peça “Digitais”, o pequeno pingente do colar de fibra de miriti é mais um belo registro da identidade amazônica, ao reproduzir em prata o formato de um pedaço de galho seco.

Serviço: Exposição “Digitais da Amazônia”, com joias e gemas vegetais criadas e confeccionadas por Paulo Tavares e Mônica Matos. Pode ser visitada até 15 de julho, na Casa do Artesão, no Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas), das 09 às 19h (de terça a sábado) e das 10 às 19h (aos domingos). Entrada franca.

Ascom/Igama




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