Joias com “Digitais da Amazônia” estão expostas no São José Liberto

Folha
Louva a deus, arara, macaco, tartaruga, tipiti, manto de Nossa Senhora de Nazaré, galhos, sementes, folhas e tantas formas e cores características da natureza e da cultura da Amazônia estão retratadas na exposição de joias “Digitais da Amazônia”, que está aberta à visitação na Casa do Artesão, no Espaço São José Liberto até o próximo dia 15.

A mostra reúne peças que recriam os símbolos da identidade, cultura, fauna e flora amazônicas, em joias assinadas pelos profissionais Paulo Tavares e Mônica Matos, responsáveis pela pesquisa e confecção das gemas vegetais. A exposição é promovida pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), via Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), e Governo do Pará.
Manto

Prata, gemas vegetais e fibras naturais de miriti são as matérias primas básicas das joias. Mostras da biodiversidade da Amazônia são recriadas nas formas oferecidas pela própria natureza, que ganham um colorido especial com as gemas vegetais, que são produtos orgânicos decorrentes de resina e pigmentos naturais retirados de plantas e processados para serem utilizados em joias e adornos regionais.
Gemas Vegetais
Além das joias, gemas vegetais de diferentes tamanhos, cores e formatos também integram a mostra. Criadas por Paulo Tavares, como resultado de um projeto de pesquisa do Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos, as gemas vegetais permitem inúmeras possibilidades de formas e variação de cores, como as nuances dos pingentes Tartaruga (gema vegetal feita da mandioca) e Arara (gema vegetal de resina das pimentas vermelha e amarela), que identificam o diferencial desse trabalho.
Tartaruga
Arara
No processo de criação das gemas vegetais, a composição dos pigmentos é 100% natural, tendo como matéria prima cascas, folhas, flores, frutos e raízes. Os processos, ambientalmente sustentáveis, aproveitam resíduos descartados pela natureza ou pelo homem. Cada vez mais incorporadas ao trabalho de designers e artesãos paraenses, as gemas vegetais têm chamado a atenção em exposições e eventos nacionais, nas quais o Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro é representado.

Criatividade - As “digitais” da Amazônia estão em cada colar, anel, brinco ou pingente criados por Paulo Tavares e Mônica Matos, que também assinam juntos o design das joias.

A exposição leva o observador a uma verdadeira viagem pela criatividade dos artistas, em que cada peça registra a identidade da floresta amazônica e da cultura de quem vive em meio a toda essa biodiversidade. Um universo registrado, por exemplo, no colar “Tipiti”, confeccionado com fibra de miriti, que sustenta o pingente em prata, pérola e gema vegetal de resina de tucupi, ingrediente indispensável na culinária paraense.
Tipiti
No colar “Macaco”, além do pingente em prata, a gema vegetal de castanha compõe a peça. Já no anel “Seringa”, a gema vegetal da resina do Pau Brasil é o destaque.
Macaco
Digitais
E na peça “Digitais”, o pequeno pingente do colar de fibra de miriti é mais um belo registro da identidade amazônica, ao reproduzir em prata o formato de um pedaço de galho seco.

Serviço: Exposição “Digitais da Amazônia”, com joias e gemas vegetais criadas e confeccionadas por Paulo Tavares e Mônica Matos. Pode ser visitada até 15 de julho, na Casa do Artesão, no Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas), das 09 às 19h (de terça a sábado) e das 10 às 19h (aos domingos). Entrada franca.

Ascom/Igama




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