Espaço São José Liberto

Da direita para a esquerda, Telma Guerreiro, Dom João de Orleans e Bragança, Carmem Macedo, José Roberto Marinho e Tarso Azevedo. FOTO: Thiago Gama

Durante a manhã desta terça-feira (13), o Espaço São José Liberto recebeu a visita de José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho, que estava acompanhado pelo príncipe Dom João de Orleans e Bragança, trineto de Dom Pedro II e bisneto da Princesa Izabel, e Tarso Azevedo, engenheiro florestal, consultor e empreendedor social em sustentabilidade, floresta e clima, que foi diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro e diretor executivo do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).

A visita fez parte do roteiro turístico que o Governo do Pará preparou para a comitiva, que veio a Belém por conta do evento “Florestabilidade”, que denomina o projeto nacional de educação, lançado na manhã de terça-feira, em cerimônia no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. A ação resulta de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação (Seduc) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Fundação Roberto Marinho e o Fundo Vale.

Acompanhados pela assessora especial do Governo do Estado, Telma Guerreiro, os visitantes foram recebidos por Carmem Macedo e Thiago Gama, respectivamente gerente de Eventos e coordenador Comercial do Espaço São José Liberto. No local, eles conheceram a Capela, o Jardim da Liberdade, as lojas do Polo Joalheiro, a Ilha de Ourivesaria, o Coliseu das Artes e a Casa do Artesão.

“Toda vez que a gente vem ao Pará sempre conhece alguma coisa nova”, afirmou Tarso Azevedo, que esteve pela primeira vez no São José Liberto.

Para José Roberto Marinho, “o espaço é muito bem montado, os produtos com bom acabamento, muito atraentes. Espero voltar aqui mais algumas vezes trazendo minha mulher e minhas filhas”. Ele informou que pretende trazer “algum evento aqui para o espaço”.

O presidente da Fundação Roberto Marinho disse que ficou encantado com o artesanato feito com balata e levou muitas miniaturas de animais para seu neto, como arara, jacaré, macaco aranha e arraia. Goma elástica extraída da balateira, a balata é semelhante ao látex da seringueira e permite a produção artesanal de objetos similares aos de borracha, especialmente brinquedos.

“Parabéns! O local é muito bonito. Além de ser um gerador de renda para essas comunidades (que produzem o artesanato comercializado no São José Liberto)”, afirmou Dom João de Orleans e Bragança.

CERTIFICAÇÃO - Thiago Gama explicou ao grupo que o “Búfalo Montado”, artesanato de balata criado pelo mestre Darlindo José de Oliveira Pinto, do Grupo de Mestres Artesãos de Modelagem em Balata, do município de Monte Alegre, no oeste do Pará, foi agraciado com o certificado da 3ª edição do “Reconhecimento de Excelência da Unesco para os produtos artesanais do Mercosul”, em agosto de 2012.

O artesanato em balata beneficia, direta e indiretamente, 20 famílias de Monte Alegre, entre extrativistas, artesãos e familiares dos profissionais. O Grupo de Monte Alegre está vinculado ao Espaço São José Liberto, onde os mestres balateiros comercializam suas peças na Casa do Artesão, que expõe e comercializa produtos de 392 artesãos, de 43 municípios paraenses, reunindo as variadas tipologias do artesanato paraense - como manualidades, adornos, bolsas, sapatos e peças decorativas e utilitárias. Além das miniaturas de balata, o espaço oferece o artesanato de miriti (palmeira da região), as réplicas de cerâmicas arqueológicas e tradicionais, e o encauchado (produto originário do látex da seringueira, desenvolvido pelo Projeto Encauchados de Vegetais da Amazônia, criado pelo professor Francisco Samonek, mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais).

O Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro do Pará é gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) em parceria com o Governo do Estado, via Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

Ascom/Igama