Loja do Polo Joalheiro é destaque na Casa Cor Pará

Público aprova o Espaço São José Liberto na Casa Cor Pará. FOTO GQ ESTÚDIO

Joias artesanais, acessórios de moda e a diversidade do artesanato paraense comercializado no Espaço São José Liberto estão na Casa Cor Pará 2012, que está aberta ao público até 25 de novembro com o tema “Moda, Estilo e Tecnologia”. Em sua segunda edição na capital paraense, o evento conta com um estande do Espaço São José Liberto, entre os 57 ambientes decorados, cujo projeto leva a assinatura dos arquitetos Emanuel Franco, Vitor Blanco, Terezinha Abrahim e Anne Porpino.

O diferencial do estande vem agradando ao público. O arquiteto Maurício Toscano parabenizou a equipe e disse que a ambientação está excelente. Já o arquiteto Daniel Vinhas definiu o projeto da loja como “fantástico”, por remeter ao Polo Joalheiro com toques de modernidade. Ele também elogiou detalhes da decoração, como os efeitos de luz e sombra, e as esculturas de cerâmica no centro do estande, com quartzos dispostos no chão de vidro. Segundo Vinhas, isso faz referência tanto aos rios do Pará quanto ao Jardim da Liberdade, no Espaço São José Liberto, que é composto por uma fonte de água e gemas da região.

Maxicolares da Mãe D'Água fazem sucesso na Casa Cor Pará. FOTO: GQ ESTÚDIO
A corretora de imóveis Valda Lima também aprovou as peças e a ambientação do espaço. “Estão bem criativos, bem diferentes. Aqui é tudo muito original e bonito. Vocês estão de parabéns!”, afirmou. A artesã Rose Matos, da empresa Mãe D’Água Biojoias, destaca o sucesso de seus maxicolares com escamas de pescada amarela (peixe da região), uma de suas criações. “Fico feliz de saber que tem agradado, porque o acessório é isso, é fazer a diferença, fazer a pessoa se sentir bem. É muito gratificante termos mais essa vitrine para mostrar nosso trabalho”, frisou a artesã, que foi convidada a participar, pela segunda vez, da São Paulo Fashion Week.

Para a designer Rosa Leal, a Casa Cor Pará proporciona ao público um novo olhar em relação aos produtos regionais da Amazônia, em especial do Pará, que têm uma diversidade imensa “não só de grandes artesãos, como o senhor Tarcísio, o Eugênio e o Isaías, mestre na arte de decoração de cuias, como também de matéria prima, como chifre de búfalo, fibras de tururi e curauá, e madeira”. Segundo ela, o São José Liberto já ganhou em participar do evento, e só tem a crescer com profissionais que trazem esse olhar diferenciado, como a jornalista e consultora de moda Cristina Franco, que faz curadoria para eventos do Polo Joalheiro do Pará, entre eles a Rio+20 e a Casa Cor Rio 2012.
Joias e acessórios de moda são alguns dos produtos em destaque no estande. FOTO: GQ ESTÚDIO 
“A professora Rosa Helena Neves, diretora executiva do Igama (Instituto de Gemas e Joias da Amazônia, que gerencia o São José Liberto com o apoio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração - Seicom), está de parabéns por divulgar esse trabalho dos artesãos, designers e demais profissionais do Programa (de Desenvolvimento do Setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos do Pará). O artesão e o designer sempre existiram, mas foi muito importante a professora ter investido nesse olhar, nesse novo conceito contemporâneo de não copiar, mas sim acreditar no potencial criativo destes profissionais”, acrescentou Rosa Leal, que tem bolsas de sua criação comercializadas no Espaço São José Liberto e na Casa Cor Pará, que oferece produtos de preços variados, atendendo também às exigências do mercado de produtos de valor mais agregado, observou a designer.

Também com bolsas e acessórios de moda expostos no estande, a designer Celeste Heitmann avaliou positivamente a participação do Polo Joalheiro na Casa Cor Pará. “Acho maravilhosa a oportunidade que o Igama nos dá de participar dos workshops (de geração de produtos) e de eventos de porte nacional e internacional, ao lado de arquitetos e designers que podem dar outra leitura para o nosso trabalho”, ressaltou Celeste.
Público aprova o estande do Polo Joalheiro do Pará. FOTO: GQ ESTÚDIO

Artesanato paraense também agrada.FOTO: QG ESTÚDIO
ELEMENTOS REGIONAIS – A loja do São José Liberto é um dos ambientes que mais se diferenciam na Casa Cor Pará pelas características regionais, em que as próprias peças de joalheria e artesanato compõem a decoração inspirada no prédio do Polo Joalheiro e na riqueza da cultura paraense, presente em cestas de vime, vasos de cerâmica, artesanato de balata e de madeira, pulseiras, colares, brincos, braceletes e demais joias exclusivas de ouro, prata e matéria prima diferenciada, como madeira, sementes e escamas.

Terezinha Abrahim frisou que o estande está atendendo a uma demanda que, desde o ano passado, era requisitada principalmente pelos turistas que visitam o local. “A Casa Cor Pará é o nome do evento e aqui estamos mostrando as coisas do Pará. Aqui é Amazônia e o espaço ressalta a cultura paraense. Tem canoa, rio, azulejos e cerâmica”, apontou a arquiteta. Ela destacou, ainda, a madeira do teto, a iluminação (que faz, na parede, o efeito da cor da cerâmica) e o piso de cimento, que recebeu um tratamento especial para lembrar a cor do barro.

Arquitetos comemora o sucesso do Espaço São José Liberto na Casa Cor Pará. FOTO: GQ ESTÚDIO
A canoa disposta no fundo do estande foi inspirada na instalação de canoas da Casa do Artesão, no São José Liberto, denominada "Rio Vertical", criada por Emanuel Franco e pelo arquiteto Paulo Chaves, titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Para Vitor Blanco, que participa pela primeira vez da Casa Cor Pará com sua sócia, Anne Porpino, o evento, além de ser uma grande vitrine para o trabalho dos arquitetos, dá liberdade para os profissionais trabalharem com as inovações do mercado em móveis, pisos, revestimentos etc. “Quando você entra na Casa Cor e vê os ambientes já se sente em outras realidades. E quem visita o nosso estande percebe as referências ao Espaço São José Liberto, que o destaca entre outras decorações com estilos mais clássicos”, finalizou.

O artista plástico Geraldo Teixeira cedeu quatro telas para o espaço. Os quadros remetem ao tradicional azulejo português, fazendo uma composição com os ladrilhos hidráulicos utilizados na decoração das laterais, na entrada, onde também foram colocadas samambaias. Vitor Blanco explicou que a obra do artista foi escolhida por harmonizar-se com a proposta do ambiente.

A Casa Cor Pará 2012 está instalada em uma área revitalizada na Avenida Conselheiro Furtado, no bairro do Jurunas, ao lado do São José Liberto, um dos pontos turísticos mais visitados da capital paraense. Está aberta ao público de terça até sexta-feira, das 16 às 22h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 12 às 22h30.

Designers do Polo Joalheiro do Pará durante workshop para a Expojoia 2012. FOTO: IGAMA DIVULGAÇÃO

Ascom/Igama




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