São José Liberto pode ser parceiro do Criativa Birô

Delson (assessoria do Governo), Suzete Nunes (Minc), Rosa Helena Neves (Igama) e Heitor Pinheiro (IAP), durante visita técnica ao Polo Joalheiro do Pará
O Criativa Birô, escritório de articulação que tem por objetivo compreender a cadeia de produção cultural de cada Estado, ao lado de uma rede de parceiros, foi apresentado a Rosa Helena Neves, diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição gerenciadora do Espaço São José Liberto, na quarta-feira (8), por Suzete Nunes, da Coordenação de Empreendedorismo, Gestão e Inovação do Ministério da Cultura (Minc), vinculada à recém-criada Secretaria da Economia Criativa para o Desenvolvimento.

Acompanhada de Heitor Pinheiro, presidente do Instituto de Artes do Pará (IAP), e outros representantes do Governo do Estado, Suzete Nunes, que também integra o Comitê Executivo Brasil Maior, conheceu todas as instalações do São José Liberto e ouviu do diretor comercial, Thiago Gama, detalhes das ações de fomento e promoção do setor de gemas e joias, e do artesanato do Pará, desenvolvidas pelo Igama em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
Cerâmica comercializada na Casa do Artesão

O Criativa Birô, que também conta com o apoio do Governo do Estado, via IAP, realiza, neste primeiro momento, reuniões de trabalho, avaliação e visitas técnicas, que caracterizam a fase de implantação do projeto no Pará, um dos cinco primeiros a serem contemplados com a ação.

Heitor Pinheiro destacou que o IAP tem interesse em montar um escritório na sede do Instituto, e que entre os parceiros que poderão se juntar ao projeto estão o Sebrae-PA e agentes financeiros, além de órgãos federais e estaduais, como a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) e de Estado de Turismo (Setur), e a Universidade do Estado do Pará (Uepa).

O grupo visitou a Capela, o Museu de Gemas do Pará, o Jardim da Liberdade, as lojas do Polo Joalheiro, a Ilha de Ourivesaria e a Casa do Artesão, local de comercialização do artesanato de quase 400 artesãos, de 43 municípios.

METAS - Rosa Helena Neves explicou que o Igama gerencia o Espaço São José Liberto, por meio de um contrato de gestão com a Seicom, e desenvolve suas atividades e as ações do Programa Polo Joalheiro do Pará, apoiando integralmente os elos da cadeia produtiva, interagindo com uma rede de parceiros nas áreas do turismo, cultura, ciência, tecnologia e inovação, sob a perspectiva da intersetorialidade.

Artesanato de miriti
“Isso tem gerado experiências de integração entre os diversos setores do ramo de gemas, joias, moda, manualidades e artesanato, contribuindo para um acesso ao mercado que valoriza os setores criativos dialogando entre si”, completou a diretora.

“Quando instalado, o escritório vai identificar a cadeia produtiva, promover palestras, cursos, pesquisas e outras ações dentro da lógica da Economia Criativa para as artes, moda, dança, música, teatro, artesanato e outros segmentos”, comentou Heitor Pinheiro, indicando que o Polo Joalheiro do Pará já possui uma cadeia organizada de setores criativos.

Monitorados por Patrícia Quemel, o grupo conheceu no Museu a riqueza mineral do Estado, representada na variedade de gemas e rochas, e também nas primeiras coleções de joias criadas por designers, ourives, artesãos e lapidários do São José Liberto, com destaque para as técnicas exclusivas desenvolvidas por estes profissionais, como a incrustação paraense, a lapidação marajoara e a criação das gemas vegetais.

ORGANIZAÇÃO - Suzete Nunes disse ter ficado impressionada com a variedade e a quantidade de joias e o valor das peças produzidas e comercializadas no São José Liberto. “O Birô pode fazer uma ação muito forte com o projeto do Polo”, enfatizou, complementando que o projeto dará preferência às cadeias produtivas já organizadas e estruturadas.

Rosa Helena também citou outras iniciativas do Programa Estadual de Gemas e Metais Preciosos, entre as quais ações de qualificação profissional, como o Curso de Análise e Separação de Metais, que está sendo ministrado por Paulo Tavares e Fábio Alves, direcionado a ourives e designers.

Maxicolar criado por Roseli Matias, 
da empresa Mãe D'Água, para a Rio+20
“Fomentar o acesso ao mercado é outro foco, que oportuniza a participação sistemática do Igama em feiras, exposições, eventos turísticos e de negócios, de caráter nacional e internacional”, ressaltou a diretora, informando que, no primeiro semestre, o artesanato paraense, por meio do Instituto, foi exposto na 76ª Feira Internacional de Artesanato e na Mostra Terra Futura, ambas em Florença, na Itália. Coleções exclusivas de joias de designers do Programa também foram expostas e comercializadas durante a Rio+20, no Rio de Janeiro, cujo projeto foi denominado “Homem e Natureza, grandes parceiros: uma viagem ao mundo da Amazônia”.

Ao final da visita, Suzete recebeu do Igama dois catálogos de coleções de joias, o de Manualidades – Lapidando Tendências e o da VIII Pará Expojoia - Amazônia Design, além de um pingente em forma de muiraquitã. Ela agradeceu e disse esperar que o Criativa Birô seja um grande articulador dos setores criativos do Estado, para que possa dar suporte técnico à gestão e criar condições para consolidar as cadeias produtivas que já têm um trabalho minimamente estruturado. Suzete também sugeriu à direção do Igama uma parceria com universidades federais, na qual o Polo Joalheiro funcionaria, por meio de uma incubadora, como porta de divulgação e circulação de seus produtos.

Criação da designer Marcilene Rodrigues, da SilaBrasila, exposto na Rio+20

Moda: criação de Erivaldo Jr
BRASIL CRIATIVO – A ministra Anna de Hollanda, da Cultura, no documento que detalha o Plano da Economia Criativa, afirma que "apesar de ser reconhecido pela sua diversidade cultural e potencial criativo, o Brasil não figura nas pesquisas internacionais entre os 10 primeiros países em desenvolvimento, produtores e exportadores de bens e serviços criativos".

O Criativa Birô, que faz parte do Plano de Gestão 2011/2014 da Secretaria de Economia Criativa, pretende criar um “Brasil Criativo”, superando desafios iniciais, para que a criatividade e a diversidade cultural brasileiras sejam recursos para um novo desenvolvimento do país.

A primeira etapa do Plano à Economia Criativa foi definida a partir das dinâmicas culturais, sociais e econômicas construídas, a partir do ciclo de criação, produção, difusão/distribuição, circulação e consumo/fruição de bens e serviços oriundos dos setores criativos, como ampliação dos setores culturais.

O Minc tem por base os seguintes campos: do Patrimônio (Material, Imaterial, Arquivos e Museus); das Expressões Culturais (Artesanato, Culturas Populares, Indígenas e Afro-brasileiras, e Artes visuais); das Artes de Espetáculo (Dança, Música, Circo e Teatro); do Audiovisual e do Livro, da Leitura e da Literatura (Cinema e Vídeo, Publicações e Mídias Impressas), e das Criações Funcionais (Moda, Design, Arquitetura e Arte Digital).

Jardim da Liberdade do Espaço São José Liberto

FOTOS DAS PEÇAS: JOÃO RAMID 
FOTOS DO ESPAÇO: GERALDO RAMOS
FOTO DA VISITA: DIVULGALÇÃO/IGAMA 

Ascom/Igama




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