Capela do São José Liberto recebe a cantora Angélika e o pianista Paulo José

Uma das apresentações mais esperadas no XXV Festival Internacional de Música do Pará, realizado pela Fundação Carlos Gomes (FCG) e o Governo do Estado, acontecerá neste domingo (10), às 17h30, na Capela do Espaço São José Liberto. É a parceria da cantora alemã Angélika e do pianista paraense Paulo José Campos de Melo, superintendente da FCG, iniciada há mais de 26 anos, quando se casaram.

Com voz, violão e piano, eles mostrarão um repertório que inclui do forró a composições famosas em diversos idiomas, como francês, inglês, espanhol, catalão e italiano.

O casal se conheceu em 1981, na Alemanha, durante as comemorações pela Anistia Internacional (Dia da Porta Aberta). Eles se apresentaram em momentos diferentes durante o evento, mas acabaram convidados para apresentarem três músicas no réveillon de Frankfurt (Alemanha). Desde então, as apresentações não pararam e, sempre que podem, devido aos compromissos profissionais, sobem ao palco juntos.

O pianista Paulo José na apresentação como solista no Theatro da Paz - Foto: Carlos Sodré/Agência Pará

O repertório para a apresentação na Capela do São José Liberto foi selecionado entre quase 100 canções.

As carreiras de Angélika e Paulo José percorreram caminhos bem diferentes, e podem ser um exemplo de como a música alcança todos os públicos quando há dedicação, qualidade e respeito à diversidade de estilos.

Nascido no Pará e com formação erudita, Paulo José Campos de Melo concluiu o curso de Piano no Conservatório Carlos Gomes, e o bacharelado e mestrado em Música, com diploma de Concerto em Piano na Escola Superior de Artes Berlim. A carreira internacional, reconhecida pela crítica especializada, sempre foi dividida com o trabalho como gestor. Por mais de duas décadas dirigiu teatros europeus, e já se apresentou em mais de 20 países, com as mais importantes orquestras, tenores e sopranos do planeta.


O pianista Paulo José Campos de Melo em apresentação ao lado de Roberta Franca - Foto: Eunice Pinto/Agência Pará

Já a trajetória da alemã Angélika, nascida em Hannover, começou como autodidata, por influência da família de músicos, em que quase todos tocavam um instrumento, seguindo a tradição das famílias de classe média alemãs. Angélika, que estudou Literatura Linguística Inglesa e Espanhola e fala cinco idiomas, começou a carreira artística tocando violão. Despertou, posteriormente, para o canto, onde participou de
grupos musicais em igrejas.

Quando também começou a cantar canções folclóricas tradicionais da Alemanha para a família e amigos, o sucesso das apresentações a levou a conquistar um prêmio de uma gravadora, que incluía a gravação de um disco. Ela acabou desistindo do prêmio, por não gostar do estilo de música escolhido.

Atualmente, Angélika se divide entre o Brasil e a Alemanha, onde cumpre compromissos profissionais em Göttingen, que incluem o trabalho em dois coros ligados à Igreja.

Repertório – Entre as músicas selecionadas para a apresentação deste domingo estão “Tililingo” (de Almira Castilho, que foi parceira de Jackson do Pandeiro), “Eu Quero Chamegar” (cantada por Alcione), “Aquarela” (de Toquinho e Vinícius de Moraes) e “Todo o Sentimento” (de Chico Buarque). Além dos brasileiros, foram escolhidas obra de compositores franceses, como Jacques Brel; argentinos (Maria Va) e alemães (Sei Still).

Para Angélika, participar do Festival Internacional de Música tem muitos significados. “Eu gosto muito do Pará. É uma experiência muito especial cantar aqui, não só pela família. Acho o Festival importante por trazer mais cultura para essa região, e possibilitar para muitas pessoas o contato com a música erudita”, frisou.

Segundo Paulo José Campos de Melo, participar como músico e organizador do festival é um grande desafio, que só aceitou por contar com uma grande equipe na organização do evento, que lhe dá o suporte necessário.

“Este é um dos festivais mais superiores em termos de público, que recebeu muito bem as bandas que vieram do interior”, destacou Paulo José, apontando o sucesso das apresentações na Estação das Docas, nas praças da capital e no Theatro da Paz.

Comemorando 25 anos de criação, o Festival Internacional de Música do Pará é considerado um dos maiores do Brasil. “Acredito que este vai ser um dos festivais mais concorridos da história. É também o festival mais diversificado. Queremos mostrar que as políticas públicas são pensadas para todo o povo, desfazendo essa ideia de que é um festival elitista”, concluiu Paulo José Campos de Melo. O festival começou no dia 3 de junho e prossegue até o dia 15, com apresentações diárias e gratuitas em diversos pontos da capital paraense.

Serviço: Apresentação de Angélika e Paulo José Campos de Melo neste domingo (10), às 17h30, na Capela do Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro (Praça Amazonas, s/n, bairro do Jurunas).

Ascom/Igama




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