Conhecer projetos realizados no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas e Metais Preciosos, a fim de alinhar o trabalho do Polo Joalheiro do Pará às diretrizes das novas ações estratégicas destinadas ao setor mineral, foi o principal objetivo da visita do secretário adjunto da Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos, David Leal, acompanhado de três diretores, ao Espaço São José Liberto, na manhã desta terça-feira (19).
Antes de percorrer as dependências do Polo, a equipe se reuniu com Rosa Helena Neves, diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), Organização Social (OS) que gerencia o Espaço São José Liberto por meio de um contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), sua atual mantenedora.
“O Igama já adquiriu o Rhinoceros (um software também conhecido como Rhino 3D, utilizado em modelagem tridimensional), para o aperfeiçoamento do design. Nossa meta é transformar o Polo em um centro de pesquisa e referência nacional na área de joalheria artesanal”, informou Rosa Helena Neves ao secretário David Leal; à diretora de Mineração da Sepe, Maria Amélia Henriquez; ao diretor de Desenvolvimento da Secretaria, Airton Fernandes, e ao geólogo Artur Mascarenhas.
Área técnica - Dentro dos projetos de ampliação, o Igama também já adquiriu mais equipamentos para o Laboratório Gemológico, que será integrado à nova área técnica do Polo. O Laboratório, que está em processo de habilitação para futuro credenciamento pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o que permitirá a emissão de laudos técnicos com reconhecimento nacional e dará suporte à criação do Selo de Certificação das Joias do Pará. “O Selo aumentará o volume de exportação”, ressaltou Maria Amélia Henriquez, doutora em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília.
Foram vislumbrados ainda projetos na área de inclusão produtiva, para o aproveitamento da produção de gemas minerais, principalmente na região de entorno do garimpo Alto Bonito, no município de Marabá, a partir da capacitação da mão de obra local. Na área residem cerca de 3 mil famílias. Segundo Rosa Helena Neves, há um mercado em crescimento para absorver a produção de artesanato mineral.
Na companhia de Anna Cristina Meirelles, diretora do Museu de Gemas do Pará, a equipe conheceu um acervo com mais de 4 mil peças, que inclui desde a cerâmica arqueológica até as primeiras coleções lançadas pelo Polo Joalheiro.
Rosa Helena Neves apresentou ao secretário adjunto e diretores parte da coleção de gemas orgânicas criada pelo ourives e pesquisador Paulo Tavares, que será lançada na 53ª Feninjer (Feira Nacional da Indústria de Joias, Relógios e Afins), que acontecerá de 3 a 06 de agosto, em São Paulo. A pesquisa, financiada pelo Igama, resultou na confecção de 40 gemas a partir de madeiras e resinas vegetais de espécies encontradas na Amazônia, como urucum e pupunha.
Maria Amélia Henriquez destacou o êxito do programa Polo Joalheiro, por ser fundamental na legalização de um setor no qual a informalidade é um dos maiores entraves ao desenvolvimento.
O secretário adjunto da Sepe conheceu ainda a estrutura organizacional do Igama, destacou o trabalho realizado pelo Igama na condução do Espaço São José Liberto e enfatizou a disposição em desenvolver novos projetos em parceria com a direção do Polo Joalheiro.
Ascom/Igama
UPDATE: Imagens Ascom/Sepe
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