Prêmios destacam o talento das profissionais do Polo Joalheiro

Elas trouxeram a um mundo secularmente dominado pelos homens a sensibilidade, a tenacidade e a delicadeza típicas do universo feminino. E com a mesma destreza com que desenham ou dão formas variadas à matéria prima - seja o metal, a gema mineral ou sementes -, mulheres vinculadas ao Polo Joalheiro do Pará se destacam, cada vez mais, e têm seus trabalhos reconhecidos com prêmios oferecidos por instituições locais e nacionais.

Os exemplos mais recentes desse sucesso empreendedor são Maria de Nazaré Paixão Cardoso, empresária do ramo joalheiro, e Maria do Carmo Calado, produtora de embalagens artesanais. Concorrendo com mais 119 candidatas inscritas na fase inicial, Maria de Nazaré Paixão venceu o Prêmio Mulher de Negócios Estadual 2009, promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA).
Além da atividade como produtora de jóias, à frente da empresa Amazonita, Maria desenvolve um trabalho comunitário no município de Abaetetuba, onde reside, apoiando programas de qualificação profissional de jovens e geração do primeiro emprego. Parte dessa mão de obra ela absorve em sua unidade produtiva e também na empresa do marido, José Raimundo Cardoso, que a iniciou no cenário glamouroso, mas extremamente competitivo, da produção de joias.
“Com essa premiação me sinto representando todas as mulheres empreendedoras do Espaço São José Liberto, onde está a minha base profissional”, afirma Maria de Nazaré.
Entre folhas e sonhos – A história de Maria do Carmo Calado é pontuada por sonhos e muitas realizações. Produtora de embalagens artesanais com a utilização de papéis e tingimentos naturais, sementes e, principalmente, folhas, ela ampliou o leque de produtos confeccionados com matéria prima da floresta, o que lhe rendeu o prêmio Mulher de Negócios do Sebrae, e duas vezes o Prêmio Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) de Inovação Tecnológica.
Para ela, que gera empregos em sua unidade produtiva e também entre os fornecedores de matéria prima, as premiações são um reconhecimento à determinação das mulheres que acreditam em seus sonhos. “Um dia vi, no horizonte, folhas se transformando em dinheiro. Investi muito suor para transformar esse sonho em realidade. Mas todo o esforço foi recompensado”, ressalta.
A cada ano mais presentes em todos os elos da cadeia produtiva de joias no Pará, as mulheres também já conquistaram espaços na área de criação e na banca de ourivesaria. Entre as designers, Selma Montenegro, Clara Amorim e Maria das Graças Cardoso já arrebataram premiações pela qualidade de suas criações. Selma é a primeira designer da região Norte a integrar, em duas edições, o time de profissionais selecionados pelo Prêmio IBGM de Design de Joias, promovido pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos.
A jovem Clara Amorim, formada em Design pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), já tem seu trabalho em um dos catálogos do Prêmio AngloGold Ashanti, considerado o mais importante da América Latina no gênero, promovido pela maior mineradora de ouro do planeta.
Já a veterana Maria das Graças Cardoso, que trouxe a experiência com o manejo dos metais para o campo da criação, foi a primeira vencedora do concurso de design de joias realizado, em 2008, pelo Sebrae-PA.
“Essas mulheres – e todas as demais que integram o Polo Joalheiro do Pará – são exemplos dedeterminação, coragem e crença de que podem, sempre, ir mais além”, frisa Rosa Helena Nascimento Neves, diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição que gerencia o Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro.


Ascom/Igama




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