VI Pará Expojoia encerra superando as expectativas dos produtores


Em sua sexta edição, a Pará Expojoia – Amazônia Design foi encerrada na noite deste domingo (13), com um saldo considerado muito positivo pelos expositores, que durante cinco dias tiveram a oportunidade de mostrar ao público paraense joias, gemas, embalagens e ferramentas para o setor joalheiro. A expectativa de dobrar o faturamento do ano passado, acima de R$ 100 mil em apenas cinco dias de comercialização, foi superada pela maioria.

A criatividade e a qualidade das peças da coleção “Universo do lugar”, lançada na noite de abertura da Expojoia, foram destacadas por visitantes que estiveram no Espaço São José Liberto desde o dia 09. Até as 18h de domingo cerca de 6 mil pessoas haviam passado pelo local no período da feira.

Áldina Chaves, coordenadora da Adlisp (Associação de Desenvolvimento Local e Sustentável de Parauapebas), avaliou sua participação na feira como “100% positiva”. A Adlisp esteve na feira comercializando gemas brutas e lapidadas, principalmente ametista, cristal e citrino, oriundos do Garimpo das Pedras, localizado no distrito de Alto Bonito, em Parauapebas, sul do Pará. “Trouxemos cerca de R$ 10 mil em peças. Vendemos a metade na feira e a outra metade deixamos para a comercialização na Loja UNA, do Polo Joalheiro”, informou Áldina Chaves.

Representantes da empresa Roldão Importadora e Distribuidora, localizada na cidade de São Paulo, Eduardo Roldão e Fábio Santos também ficaram satisfeitos com os resultados obtidos. A empresa, que atua desde 1969 no ramo de ferramentas para ourivesaria, embalagens e joias, esteve pela primeira vez na Pará Expojoia, onde comercializou cerca de 6.700 itens em apenas quatro dias de participação, incluindo estojos para joias. “A procura foi muito boa”, disse Eduardo Roldão.

Segundo ele, a empresa veio “conhecer o mercado joalheiro do Pará”, possibilitando aos pequenos produtores, principalmente os ourives, adquirir ferramentas diretamente com o fornecedor, reduzindo o custo.

Crescimento - O desenvolvimento da joia do Pará, tanto no design, no aperfeiçoamento e na utilização das gemas minerais foi enfatizado pela diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), Rosa Helena Neves. “Vimos esse crescimento não só nas peças da coleção Universo do Lugar, como também nas outras joias comercializadas nos estandes”, informou a diretora, para quem a VI Expojoia avançou também ao instalar um Escritório de Design na feira. “A manifestação espontânea do público elogiando a organização da feira, os estandes e a coleção nos deixou bastante gratificados”, concluiu Rosa Helena.

Para os produtores Rai Oliveira e Francisco de Assis, da empresa Ourama, a VI Expojoia foi “maravilhosa. A organização atendeu às nossas expectativas. As vendas foram boas, mas o melhor mesmo foi fazer novos clientes”. O ourives Irlândio Matos informou que o faturamento cresceu entre 15% a 20% em relação às outras edições da feira.

A compradora Telma Leite, que ganhou três prêmios durante o sorteio de domingo, disse que acompanha a Expojoia desde a primeira edição. Ela, que é paraense mas mora há anos no Rio de Janeiro, disse que sempre vem a Belém participar do Círio de Nazaré e das festas de final de ano e ressaltou que as joias estão cada vez mais bonitas, aprimoradas e diferentes.

Escola - Com uma diversificada programação – técnica e científica, cultural e infantil –, desfile de jóias e lançamento do Preview Design de Joias 2010 (o catálogo que destaca as quatro principais tendências dos setores de moda e joia para o próximo ano), a VI Pará Expojoia consolidou o conceito da joalheria artesanal paraense, materializado no livro “A Escola de Joalheria do Pará – Registros dos Modos de Criação e Produção da Joalheria na Amazônia”, que será lançado em março de 2010 pelo governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Uma Escola de Joalheria representada não por uma estrutura física, mas pelo modo diferenciado que designers, ourives, lapidários e artesãos de gemas orgânicas produzem a joia artesanal comercializada no Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro.

A feira também foi o espaço para conhecer e debater temas importantes para o crescimento do setor no Pará. Durante o VI Encontro do Setor Joalheiro – Elos Inovadores: Criação, Produção, Gemologia e Turismo, realizado no dia 10, quatro palestrantes – Fernando Cortés, Evaldo Pinto, Adriano Mol e Stefano Ricci - abordaram a produção joalheira como estratégia de fomento ao turismo, o potencial gemológico do Pará, a lapidação como agregadora de valor ao produto gemológico e os desafios das jóias contemporâneas.

Sorteios – Além dos serviços do escritório de design e de limpeza e conserto de peças oferecidos na feira, de quinta-feira (10) a domingo (13) houve sorteio de joias e outros brindes para compradores.

A cada R$ 50,00 em compras o cliente teve direito a um cupom para concorrer durante os quatro dias. No primeiro dia foram sorteados quatro brindes; no dia seguinte, cinco; no sábado, nove brindes, e no domingo mais nove. Todas as peças sorteadas foram doadas pelos expositores de joias, gemas, embalagens e equipamentos.

A Expojoia terminou com a arte do Grupo Verbus – a poesia se fez carne, mostrada no espetáculo “Sobre nós, sobre Chico, sobre todas as coisas”, abordando a obra de Chico Buarque de Holanda.

Ascom/Igama




Não deixe de comentar essa matéria! Seu comentário é importante para nós.

Comentários



Postar um comentário

Postagens Recentes
Postagens Antigas
Inicio
Contador acessso