Exposição traz joias e gemas em outros traços e novas formas


Do encontro entre as artistas Marcilene Rodrigues e Leila Salame surge um novo olhar para o aproveitamento da riqueza gemológica da região. Com 35 peças em ouro, prata e gemas minerais – algumas lapidadas com grafismos marajoaras, será aberta nesta quarta-feira (16), às 18 horas, no Espaço São José Liberto /Polo Joalheiro do Pará, a exposição "Lapidando o Olhar - o Marajó em outros traços e novas formas", que reúne o trabalho de duas profissionais que não escondem a paixão pelas gemas minerais, conhecidas popularmente como “pedras preciosas”.

Ambas paraenses – Marcilene nasceu no município de Itaituba, no oeste do Estado, e Leila é natural de Belém – e desde cedo seduzidas pela exuberância da Amazônia, elas trazem para as joias e as gemas as belezas do cenário amazônico, com sua particular vida ribeirinha a correr mansa feito canoas rio abaixo, e a herança deixada por antigos habitantes do Arquipélago do Marajó. Com esses elementos de inspiração, as artistas trabalham com metais preciosos e vários exemplares de gemas, principalmente os quartzos.
Psicóloga por formação acadêmica, Marcilene Rodrigues trabalha com artesanato desde os 14 anos. Em 2007 entrou para o grupo de profissionais vinculados ao pólo Joalheiro do Pará, onde fez o curso de joalheria básica na Escola Rahma de capacitação profissional. No ano seguinte estreava a nova carreira na exposição Joias de Nazaré 2008, promovida todo mês de outubro pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) e governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult).
Para a exposição com Leila Salame, Marcilene traz peças que remetem a elementos do cotidiano do amazônida, como o por do sol e a riqueza piscosa dos rios, nas quais podem ser encontrados tanto os traços clássicos da joalheria, como formas inovadoras.


Grafismos – Leila Salame também é seduzida pelas gemas. Lapidária formada na antiga Escola Técnica Federal do Pará, seu trabalho é um dos mais requisitados entre os produtores de joias locais. Gemas lapidadas por ela já ornamentaram um dos mantos de Nossa Senhora de Nazaré. Há cerca de cinco anos Leila desenvolveu uma técnica de lapidação diferenciada, em que transporta para as gemas os grafismos da cultura marajoara.
Um trabalho inovador, que rendeu à Leila Salame um lugar no Manual de Lapidação Diferenciada de Gemas, publicado pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Sebrae Nacional e governo federal, e organizado pelo designer de joias Adriano Mol. Do Manual consta o pingente “Remo”, criado por Joseli Limão e produzido por Irlândio Matos. A peça traz um quartzo fumê com “facetamento prismático e tratamento de superfície com grafismo marajoara”.
“No caso de Leila Salame, o domínio técnico é graciosamente aplicado em conjunto com o riquíssimo acervo gráfico marajoara, configurando um dos mais expressivos trabalhos de lapidação diferenciada no Brasil”, atesta Adriano Mol, que também coordena o Laboratório de Design de Lapidação no Centro de Estudos em Design de Gemas e Joias, da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).


SERVIÇO: A exposição "Lapidando o Olhar - o Marajó em outros traços e novas formas" ficará aberta à visitação até 18 de outubro, de 09 às 19 horas (de terça-feira a sábado) e de 10 às 19 horas (aos domingos), na Casa do Artesão, Espaço São José Liberto.


Ascom/Igama




Não deixe de comentar essa matéria! Seu comentário é importante para nós.

Comentários



Postar um comentário

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.

Postagens Recentes
Postagens Antigas
Inicio
Contador acessso