Exposição Potências Amazônicas. Foto: Anderson Silva/Ag. Pará
Calcada nas bases da economia criativa como impulsionadora do desenvolvimento local, a exposição Potências Amazônicas: Biodiversidade e Diversidade Cultural na Belém 400 Anos reúne um coletivo de criadores que dialogam entre si. A mostra, que foi prorrogada até o dia 3 de abril, na Casa do Artesão do Espaço São José Liberto, reúne mais de 200 objetos e produtos originados de nove coleções das áreas de moda, joias e artes plásticas, que estão em comercialização no local, de terça a sábado, das 9h às 18h30, e aos domingos, das 10h às 18h.
Com foco no design e na promoção dos empreendedores criativos, a mostra potencializa o trabalho dos profissionais e estudantes que a integram, proporcionando ao público visitante o acesso a coleções inéditas que se distinguem, entre outras características, pelo alto valor agregado. São elas: Miriti-Tauá: Memórias Entrelaçadas; Mostrar o Marajó; Ruas e Rios de Belém; Pano Arte; Belém 400 Anos: História, Cultura e Memória; Encantos da Cidade; Passeio por Belém nos 400 Anos de História; Belém: Uma Poesia do Imaginário; e Sinestesia da Floresta.
Aberta no dia 2 de fevereiro com um desfile de moda, a exposição de economia criativa é uma rica oportunidade de se verificar como as marcas de micro e pequenas empresas de joias e moda do estado do Pará, a partir dos temas diversidade cultural e sustentabilidade, apresentam o conteúdo cultural agregado aos seus produtos, possibilitando ao consumidor adesão, experiência e engajamento sociocultural.
As criações revelam potencial de criação, design, sustentabilidade e inovação, tanto nas técnicas de aplicação quanto nas matérias-primas utilizadas. O tema da cidade surge como uma reflexão sobre a importância de aprender com o passado na construção de um futuro que chega com a progressiva sensação da acelerada mudança da atualidade.
Nesse recorte poético criativo, o design chega como um instrumento para dar mais originalidade às técnicas inovadoras e tradicionais, que geram diálogos com uma transgressão criativa no fazer joia, moda e arte plásticas, por meio do trabalho colaborativo.
Ao tomar a diversidade cultural amazônica e o design como potências intangíveis e fatores centrais para esta “nova economia”, os coletivos criativos que geraram as coleções fazem o consumidor repensar suas escolhas de consumo, valorizando cada vez mais produtos que se propõem a comunicar os traços da sustentabilidade e da preservação da cultura e historia de tradicionais comunidades amazônicas.
Participam como expositores designers, um coletivo de criadores, empresários individuais e microempresas, artesãos, ourives, lapidários, estilistas, artistas plásticos e estudantes de Moda e Design de Produto, bem como profissionais prestadores de serviços dos setores de moda, joias, artesanato e artes plásticas, cinco curadores, oito consultores e um pesquisador em joalheria. A composição artística e visual da mostra é da designer Barbara Müller e a identidade visual é da Libra Design.
A iniciativa também possibilita acesso aos trabalhos de pesquisa e ensino nas áreas da moda e do design, desenvolvidos por três universidades do Estado: Universidade da Amazônia (Unama), Estácio FAP/PA e Universidade do Estado do Pará (Uepa), em parceria com o Programa Polo Joalheiro e o Arranjo Produtivo Local (APL) de Moda e Design – Polo Metrópole/PA, por meio do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).
A promoção é do Governo do Pará, da Sedeme, do Núcleo Estadual de APL - Pará (NEAPL-PA) e do Igama. Os produtos expostos estão sendo comercializados e os horários de visitação são de terça a sábado, das 9h às 18h30, e aos domingos, das 10h às 18h. O São José Liberto - Polo Joalheiro do Pará está situado na Praça Amazonas, s/n, bairro do Jurunas. Entrada franca. Informações: 3344-3500.
Ascom Igama
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