Artesanato em destaque: Balata

      “Arara”, miniatura em balata, criação do mestre artesão Darlindo Oliveira, 
de Monte Alegre-PA. Foto: João Ramid AIB

Nome: “Arara”, miniatura em balata.

Criação e produção: Mestre artesão Darlindo José de Oliveira Pinto e Grupo de Mestres Artesãos de Modelagem em Balata, do município de Monte Alegre, oeste do Pará, formado por Darlindo, Oscarino Braga, Paulo Baía, Antonio Braga, Carlos Baía e Luiz Carlos.  

Darlindo de Oliveira destaca-se pelo trabalho com a balata e pelas lutas de mais de duas décadas em prol da classe. É presidente da Facapa, tesoureiro da Confederação Nacional do Trabalhadores Artesãos do Brasil (CNARTS) e presidente do Grupo de Trabalho Colegiado Artesanato, do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC).

O mestre artesão foi agraciado, em 2012, com o certificado da 3ª edição do “Reconhecimento de Excelência da Unesco para os produtos artesanais do Mercosul+”, pela peça “Búfalo Montado”.

Composição e inspiração: A “Arara” é uma peça lúdica, representativa do artesanato extraído da árvore da Balateira. Em processo similar ao da borracha, o tronco da árvore é riscado e o leite (látex) que sai é aparado e cozido, formando blocos. Os artesãos cortam e aquecem os blocos em banho maria para limpar e purificar a balata, e vão criando as formas desejadas em um processo denominado “modelagem em balata”.

O artesanato em balata beneficia, direta e indiretamente, cerca de 50 famílias de Monte Alegre, entre extrativistas, artesãos e familiares dos profissionais. Darlindo Oliveira aprendeu a técnica nos anos 70, com o Mestre João Boi que, junto com Mestre Bejá, eram os únicos a criar o artesanato em Monte Alegre.

Na forma final, as miniaturas ganham vários tons, desde o cinza-claro até o rosado, com a utilização de pigmentos naturais, como urucum e cumatê. Atualmente, a tinta de tecido, que é antitóxica, também é usada na coloração das peças, que retratam cobras, jacarés, botos, tartarugas, canoeiros, vaqueiros do Marajó, apanhadores de açaí e tantos outros personagens e representações da diversidade amazônica.  

Foto: João Ramid - AIB

Onde encontrar: Na Casa do Artesão, situada no Espaço São José Liberto (Pç. Amazonas, s/n, Jurunas). Aberta de terça a sábado, das 9h às 18h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.

Ascom/Igama




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