Mineração deverá injetar US$ 47 bilhões no Pará até 2018


Vice-governador Helenilson Pontes e presidente do Simineral José Fernando Gomes Júnior
Foto: Fernando Nobre/Ag. Pará
O estado do Pará deve superar Minas Gerais, o maior estado minerador do País, nos próximos anos, afirmou o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará" (Simineral), José Fernando Gomes Júnior, durante o lançamento da terceira edição do Anuário Mineral do Pará, na noite desta quinta-feira (13), no espaço São José Liberto. O evento contou com a presença do vice-governador Helenilson Pontes, empresários e fonecedores do setor minerário no Estado.

Até 2018, a atividade deverá investir 47 bilhões de dólares na cadeia produtiva da mineração, que é responsável pela geração de 271 mil empregos diretos e indiretos no Pará, sendo cerca de 13 bilhões de dólares em infraestrutura, transformação mineral e negócios como a produção de biodiesel. Para o vice-governador Helenilson Pontes, o futuro do estado do Pará está estreitamente ligado ao futuro da atividade minerária no Estado.

Para ele, toda a riqueza gerada pela exploração da atividade minerária só terá sentido se transformar a vida dos municípios afetados pela mineração e gerar riquezas efetivas para toda a população paraense. "Se nós conseguirmos realizar a atividade minerária com sustentabilidade, certamente teremos um Estado mais justo socialmente e mais desenvolvido economicamente", comentou. Ele criticou, ainda, o modelo "colonial de exploração" adotado no Brasil desde a Constituição Federal de 1938, que tira do Governo do Estado o poder de regulamentar a exploração de suas riquezas. "A regulação da atividade está constitucionalmente nas mãos do Governo Federal".

Segundo Helenilson, é urgente que o novo Marco da Mineração, que está tramitando em Brasília, devolva o poder de governança sobre a exploração da riqueza para os Estados. "Nós não podemos mais aceitar que a regulação dos grandes temas ambientais do Pará venha de decisões tomadas fora da sociedade paraense. Este modelo é resultado da federalização, adotada em 1938, das riquezas, das terras, dos rios, tirando de todos os Estados o poder de influir diretamente na exploração de suas riquezas. Muitas vezes, o governo estadual é o último a saber dos grandes projetos que o Governo Federal reserva para o Pará", criticou.

Com uma tiragem de três mil exemplares, o anuário traz uma radiografia sobre a mineração no Pará e mostra temas como a mão de obra, inovação, desempenho na balança comercial, personalidades ligadas ao setor mineral, mulheres na mineração, mercado de trabalho, entre outros assuntos. A exemplo do ano passado, terá uma versão exclusiva para o público infantil, com a distribuição de 15 mil exemplares do “Anuarinho”. A publicação traz o tema “Mineração Sustentável. Um legado para a nossa gente".

Os números da mineração trazidos pelo anuário demonstram a importância da atividade na economia do Estado. Segundo o Simineral, dos US$ 15,8 bilhões em exportações totais em 2013, as indústrias de mineração e transformação mineral foram responsáveis por 88% deste valor. Juntas, as indústrias exportaram cerca de US$ 13,9 bilhões. Segundo o Simineral o setor possui uma demanda para a criação de 99 mil novos postos de trabalho por conta da expansão da atividade nos próximos anos.




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