Espaço São José Liberto recebe nova pintura

Fachada do São José Liberto. Foto: Igama/Divulgação
Por meio de uma parceria firmada entre as iniciativas pública e privada, o Espaço São José Liberto, referência histórica e turística da capital paraense, recebe nova pintura na área do entorno e parte do interior do prédio. As obras, que começaram há cerca de um mês e meio, estão em fase de conclusão e garantirão à construção histórica uma nova cara, mantendo, porém, as cores originais da construção datada do século 18.

A ação é resultado de uma parceria entre as Secretarias de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e de Cultura (Secult), o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) e a empresa Suvinil. A Secult ofereceu o suporte técnico, que contou com a consultoria técnica da arquiteta Thais Toscano, diretora do Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado do Pará (DPHAC), vinculado à Secretaria.

Desde a sua inauguração, em 11 de outubro de 2002, esta é a quarta vez que Espaço São José Liberto recebe revitalização da pintura predial. A obra contou, ainda, com a supervisão técnica de Paulo Chaves, arquiteto e secretário de Estado de Cultura, que também esteve à frente do projeto de arquitetura e restauro do espaço.

A arquiteta Thaís Toscano, da equipe de Paulo Chaves, destacou correção no andamento do trabalho, lembrando que, no início da obra, foram feitos testes e estudos de cores para que o projeto fosse fiel à pintura original. As especificidades do projeto, segundo ela, incluem, ainda, um tipo especial de reparador, que não é feito de forma tradicional: a reparação foi feita com argamassa de barro e cal, compatível com a estrutura original do prédio.

Na obra, de acordo com Wellington Amador, assessor técnico da Suvinil, foram usados dois tipos de fundo preparador de parede. A pintura da parte histórica do prédio, que inclui a fachada, o Jardim da Liberdade, e a entrada da capela e do Museu de Gemas. O assessor técnico explicou que a cor final foi escolhida através do sistema tintométrico Self Color e selecionada entre mais de 1.500 cores de diferentes tonalidades. Das 24 latas de tinta utilizadas na pintura, 12 são da cor Açúcar Orgânico, 10 da cor Lua Crescente e duas da cor Alpes Suíços. Só na fase de seleção de cor, foram utilizados 200 ml de tinta Colortest para obter as misturas que, depois de escolhidas, eram testadas pela arquiteta Thaís Toscano nas paredes do São José Liberto.

Essa foi a primeira pintura de prédio histórico feita pela empresa no Pará, que tem sede em São Paulo e mais de 50 anos de experiência neste tipo de trabalho, realizado em diversos estados do Brasil, como em Manaus, onde foi responsável pela pintura do Teatro Amazonas. “Estamos muito satisfeitos com esta parceria porque a pintura valoriza essa grandiosidade que é o Espaço São José Liberto, onde deixamos a nossa marca”, completou Wellington Amador.

Para Rosa Helena Neves, diretora executiva do Espaço São José Liberto e do Programa Polo Joalheiro do Pará, a iniciativa é muito significativa para a preservação e valorização do patrimônio histórico. “É um dos prédios mais antigos da cidade que, com o projeto do arquiteto Paulo Chaves, foi transformado em um lugar de criação artística, inovação e promoção de talentos criativos, gerando trabalho, renda e a transformação de histórias de vida de artesãos, ourives, designers, microempresários e lapidários”.
Jardim da Liberdade do São José Liberto. Foto: Igama/Divulgação
História – O Espaço São José Liberto é uma referência de território criativo e turístico de Belém do Pará. O prédio principal data de 1749 e foi erguido para ser o convento de São José. A construção abrigou, ao longo de mais de dois séculos de existência, olaria, quartel, depósito de pólvora, hospital e presídio. Na segunda metade do século XX foi ampliado, ganhando mais um prédio, anexo à primeira construção, feita em pedra, areia de praia e grude de peixe.

Foram cerca de 150 anos como local de privação da liberdade, tanto para presos de justiça como para presos políticos. Desativado pelo Governo do Estado no final dos anos 90, o prédio foi totalmente restaurado e renasceu como Espaço São José Liberto, em 2002. Hoje, abriga o Museu de Gemas do Pará, o Polo Joalheiro, Casa do Artesão, o Memorial da Cela, o Jardim da Liberdade, a Capela São José, o Anfiteatro Coliseu das Artes, Espaço Gourmet, seis Lojas de Joias, duas ilhas com serviços especializados em ourivesaria e loja de Gemas e serviços de lapidação, escola de ourivesaria, auditório e mezanino.

Áreas posterior e lateral do prédio, Foto: Igama/Divulgação 
O São José Liberto é um espaço intersetorial e transversal concebido para abrigar setores criativos e categorias culturais, como patrimônio, expressões culturais, espetáculos artísticos e culturais em geral, criações culturais e funcionais, promovendo geração de trabalho e renda, empreendedorismo criativo, inovação, design e capacitação profissional, tendo a cultura e o turismo como elementos impulsionadores e complementares a sua identidade institucional.

É mantido pelo Governo do Estado, por meio da Seicom e gerenciado pela organização social Igama, em parceria com apoiadores, como a Secult, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e Companhia Paraense de Turismo (Paratur), além de uma rede de parceiros, com destaque para o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Ministério da Cultura (MinC), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Universidade do Estado do Pará (Uepa), Instituto de Ensino Superior da Amazônia (Iesan), Universidade da Amazônia (Unama) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Ascom/Igama




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