Polo Joalheiro terá loja para lapidação, venda e avaliação de gemas minerais

Gemas minerais lapidadas que serão expostas e comercializadas na Loja Gemas do Mundo do Polo Joalheiro. Foto: Luciane Fiuza - Igama/Divulgação
Ametistas, águas marinhas, citrinos, rubis, quartzos e tantas outras gemas minerais que encantam os olhos e valorizam ainda mais as peças de joalheria em todo o mundo, poderão ser encontradas na “Gemas do Mundo”, a nova loja do Polo Joalheiro do Pará, no Espaço São José Liberto, especializada em comercialização e lapidação de gemas. A loja será inaugurada nesta quinta-feira (8), e estará aberta de terça a sábado, das 09 às 19h, e aos domingos e feriados, das 10 às 18 h - horário de funcionamento do São José Liberto.

Sob a responsabilidade da lapidária Leila Salame e da gemóloga e geóloga Rejane Amaral, a loja ocupará o local da antiga Ilha de Lapidação, que foi disponibilizado, no início deste ano, pelo Edital 001/2013, de Permissão de Uso da Ilha/UC – Unidade Comercial Loja de Joias. O projeto faz parte das ações da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), em parceria com o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), destinadas a incentivar a formação de novos empreendedores no setor joalheiro do Estado.

Na nova loja, o público também poderá conhecer e entender mais sobre o processo de lapidação e a grande variedade de gemas, além dos serviços de avaliação, lapidação e certificação. Uma vitrine, com a diversidade das gemas minerais, também ficará à disposição dos visitantes.

A Loja “Gemas do Mundo – Lapidação” surgiu de uma amizade, de mais de 20 anos, que levou à parceria profissional. “A gente sempre teve essa vontade de trabalhar juntas com a lapidação e a gemologia, nessa área da joalheria. Com o lançamento do edital, eu chamei a Rejane pelo conhecimento e pela experiência que ela tem”, contou Leila Salame.
Rejane Amaral e Leila Salame, proprietárias da Loja Gemas do Mundo. Foto: Luciane Fiuza - Igama/Divulgação

“A Leila teve a ideia da loja, o nome, o conceito. Eu acreditei e estou apoiando a empreitada”, afirmou Rejane Amaral. “Receberemos encomendas de lapidação de gemas, faremos avaliação, e dividiremos as funções. Eu assumirei a lapidação das gemas, e essa parte de gemologia e avaliação ficará com a Rejane”, completou Leila.

“Vamos determinar se uma gema é genuína. Tem muita gente que usa joia com gema, às vezes até de família, que deseja saber sobre a autenticidade da peça. Com essa prestação de serviço serão emitidos certificados para gemas autênticas. Todas as gemas que saírem da loja terão esse certificado, para que o cliente tenha a segurança de não estar levando gato por lebre”, assegurou Rejane Amaral.

Formação – A paraense Rejane Amaral é técnica em Mineração, pela antiga Escola Técnica Federal do Pará (atual Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Pará - IFPA), e graduada em Geologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e fez também cursos de lapidação. No final dos anos 1980, foi para o Canadá, fazer especialização em Gemologia, pelo Canadian Gemological Institute (CGI), em Toronto.

“Lá, continuei meus estudos e trabalhei basicamente com joalheria e cravação de diamantes e outras gemas coloridas. Enquanto morei no exterior, trabalhei para empresas de mineração, tanto como geóloga, como gemóloga. Trabalhei cinco anos na Groenlândia fazendo a extração e o beneficiamento de rubis. Anteriormente, em Vancouver, no Canadá, trabalhei em uma joalheria, onde era responsável pela avaliação dos diamantes. Foram 12 anos nessa área de Gemologia, associada à Geologia, uma junção perfeita”, contou Rejane Amaral.

Referência – Uma das profissionais mais requisitadas entre os produtores locais de joias, Leila Salame tem um trabalho inovador, que já lhe rendeu um lugar no Manual de Lapidação Diferenciada de Gemas, publicado pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Sebrae Nacional e governo federal.

Detalhe do broche do réplica entregue ao Papa Francisco. Foto: Thiago Figueira - Paratur/Divulgação
Outro “momento especial” na carreira, segundo ela, foi o convite recebido este ano para lapidar as gemas do manto e do broche da réplica da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, entregue ao Papa Francisco durante a última Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro.

Leila também foi responsável pelo design do broche, inspirado nas bandeiras do Brasil e do Pará. A peça homenageia, ainda, a cultura marajoara, representada no grafismo da gema central, uma ametista lapidada em navete, que destaca a técnica de lapidação diferenciada, conhecida como Grafismo Marajoara, desenvolvida por Leila Salame dentro do Programa Polo Joalheiro do Pará.

Com 20 anos de experiência na área de lapidação, Leila também se formou no curso Técnico de Mineração da IFPA, e ingressou cedo no mercado de trabalho. A técnica que hoje é referência nacional ela desenvolveu empiricamente, e foi aprimorando ao longo de anos de trabalho e com a troca de experiências com profissionais da área. Por meio do Programa Polo Joalheiro, ela já ministrou diversos cursos de Lapidação em Belém, Abaetetuba e Parauapebas.

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Ascom/Igama




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