Técnicas de varejo e uso de matéria prima são temas de palestras no São José Liberto

Com o objetivo de superar desafios e melhorar resultados na cadeia produtiva do setor de gemas e joias do Pará, para ampliar a produção joalheira artesanal, o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) promoverá nesta sexta-feira (11), no Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro, duas palestras de capacitação profissional, voltadas para as áreas de designer e mercado, sob a responsabilidade de consultores do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).

O evento é destinado a designers, ourives, lapidários e demais profissionais do setor, vinculados ao Polo Joalheiro do Pará.

A partir das 14h, no auditório da instituição, o consultor Fernando Cortés, especialista em treinamento e capacitação de equipes de vendas, fará a palestra “Mais Varejo”, destacando as novas técnicas de comunicação com o cliente. “O vendedor de joias precisa dizer aquilo que o cliente quer ouvir. O discurso tem que ser adequado a cada tipo de cliente, para que o produto oferecido seja capaz de seduzir o comprador”, afirma Fernando Cortés.


A segunda palestra será ministrada pela consultora e designer Adeguimar Arantes, sobre processo de produção e uso de matéria prima alternativa, com identidade regional, mas mantendo a concepção universal de joalheria.

Linguagem universal - Adeguimar Arantes começou sua história com a joalheria ainda na infância, quando aprendeu com o pai a olhar as riquezas do cerrado goiano. “As ervas, capazes de perfumar e curar; seus frutos e animais de todo o ecossistema. Assim desenvolvi a arte de fazer joias, uma paixão que me acompanha há 26 anos. Cada peça que sai do meu ateliê é produzida individualmente, e embora impregnada com a cultura local, exibe linguagem universal”, explica a designer.

O uso de matéria prima alternativa em suas criações, segundo Adeguimar, é um complemento para manter a peça “usual, ergonômica, atraente e perene”. “Pode ser uma linha de bordado, um pedaço de tecido, pneu, ossos, chifres, raízes, caule, fibras ou folhas desidratadas”, informa Adeguimar, que também desenvolve iconografias da fauna, flora, arquitetura e folclore regional, e agora está pesquisando a inserção de sons nas peças. Toda essa gama de materiais é associada aos metais nobres, como ouro, prata e paládio, e ainda às gemas brasileiras, “que são indispensáveis neste meu universo”.
As palestras fazem parte do Projeto de Gemas e Joias do Pará, que o Polo Joalheiro promove desde sua criação, por meio de uma parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae/PA).

Atualização - As propostas temáticas das palestras, assim como dos cursos, workshops, oficinas e demais eventos de capacitação e qualificação, consideram as prioridades do setor, o estágio de desenvolvimento das empresas e dos segmentos, e a necessidade de atualização profissional decorrente das transformações ocorridas no mercado, com o conhecimento das novas tendências.

“É um passo importante para o nosso crescimento. Só tenho a agradecer ao São José Liberto, onde tenho uma história profissional”, conta a designer Eli Cascaes, que participará do ciclo de palestras.

Dos cursos anteriores, Eli destaca o conhecimento adquirido com o manuseio de matérias primas, como a madeira e a fibra, que se tornaram características de suas criações, nas quais tem incorporado outros elementos regionais, como o ouriço de castanha. “Nossa Amazônia é muito rica; é um celeiro de matéria prima”, enfatiza.

Serviço: Ciclo de palestras sobre design e mercado. Sexta-feira (11), das 14 às 18h, no auditório do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas).

Ascom/Igama




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