Territórios com Mineração chega ao polo cerâmico de São Miguel do Guamá

Assinatura de um termo de cooperação técnica entre a prefeitura e a Seicom.
Foto: Ascom/Seicom
O programa Território com Mineração chegou esta semana ao município de São Miguel do Guamá. Desenvolvido por meio de convênio entre a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) o programa de extensão universitária objetiva transformar atores sociais em agentes de desenvolvimento local.

São Miguel do Guamá, localizado no nordeste paraense, a 140 quilômetros de Belém, é um dos maiores polos ceramistas do Brasil, onde se extrai a argila e se fabrica tijolos, telhas e outros produtos derivados em mais de 100 empresas espalhadas pelo município. O curso recebeu 40 alunos, entre técnicos e gestores públicos, empresários e lideranças locais da região no entorno.

O primeiro curso do programa (que é composto por quatro módulos) iniciou na segunda-feira, 7. Com o tema Legislação Ambiental e Mineral e Aspectos Tributários, está sendo ministrado até o final desta semana pelo professor Sóstenes Arruda, especialista em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela UFPA. De acordo com Arruda, as expectativas são as melhores possíveis. “O público do curso aqui em São Miguel do Guamá é formado por geólogos, geógrafos, técnicos e gestores do município e da região e eles estão muito empenhados em pôr em prática as ações previstas do Plano Estadual de Mineração”, disse.

Para a aluna Verônica Lima, que é consultora ambiental de algumas empresas de cerâmica no município, o curso era o que estava faltando para alavancar o desenvolvimento de São Miguel do Guamá. “A cidade é um dos maiores potenciais cerâmicos da região Norte. Esse curso vem dar a qualificação necessária não só para os moradores, como para profissionais que atuam nesse polo e para os gestores municipais, para que eles possam atuar em prol do nosso desenvolvimento”, ressaltou.

Após o primeiro dia de aula, os alunos receberam a visita da secretária Maria Amélia Enríquez, que fez uma palestra sobre os municípios mineradores do Estado, com ênfase no perfil socioeconômico de São Miguel do Guamá. “Essa é uma ação que deriva do Plano Estadual de Mineração (PEM-2014-2030), que foi feito com um amplo debate em vários municípios mineradores. Nós estivemos em Itaituba discutindo o garimpo; em Parauapebas discutindo a compensação financeira dos grandes empreendimentos mineradores e em Santarém, discutindo os minerais sociais, só para dar alguns exemplos”, explicou.
O programa Território com Mineração chegou esta semana ao
município de São Miguel do Guamá. Foto: Ascom/Seicom
Em São Miguel do Guamá, Enríquez falou sobre os pequenos e médios empreendimentos de cerâmica e lembrou a presença do jornalista Francisco Alves, editor da maior revista do setor no país, a Brasil Mineral. “A revista está promovendo um grande evento em São Paulo, ainda este ano, sobre as pequenas empresas mineradoras e acho que esse é mote para o tipo de mineração que se pratica aqui”, disse a secretária.

O momento serviu também à assinatura de um termo de cooperação técnica entre a prefeitura e a Seicom, que consiste em ações para ajudar o município a estruturar serviços como o georeferenciamento, licenciamento de atividade mineral e outros. O evento ocorreu em uma maloca no centro do Parque Ambiental do Município, que é gerido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Lindalva Fernandes.

Com apoio dos ceramistas e do Instituto Criança Vida, coordenado pela empresária Rosangela Maiorana, Fernandes está construindo um centro de multimídia para atividades com alunos da rede pública no município e pretende desenvolver vários outros projetos a partir dali. “Nosso sonho é transformá-lo em um Jardim Botânico mesmo”, disse ela, que também coordena uma parceria envolvendo o programa O Liberal na Escola, com as crianças da rede pública municipal.

O prefeito Francisco das Chagas Sá frisou em sua fala a importância do curso para o município. “Aproveitem, pois o conhecimento é melhor do que qualquer obra física. O que é material a tempestade leva, mas o conhecimento fica com a gente. E o conhecimento também não gasta, podem compartilhar com o maior número de pessoas, pois ele só faz agregar, nunca subtrai”, concluiu.


Texto: Elielton Amador
Ascom/Seicom




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