Diretora Rosa Helena Neves é entrevistada para o projeto "Câmera na Mão". Foto: Igama/Divulgação |
No São José Liberto as estudantes, também responsáveis pela produção das entrevistas, conversaram com as designers Ivete Negrão e Marcilene Rodrigues (proprietária da Sila Brasila), que integram o Programa Polo Joalheiro e o Coletivo Garimpo, formado por designers do programa. Elas falaram sobre suas criações para a coleção "Joias de Nazaré", que este ano completa onze edições com abertura prevista para o dia primeiro de outubro. Ivete mostrou os projetos criados para esta edição, que tem a “fé” como tema central. Marcilene mostrou algumas peças que integrarão a nova coleção, inspirada na cera derretida das velas que simbolizam a fé dos promesseiros, na forma dos barcos que integram a romaria fluvial do Círio de Nazaré, entre outras inspirações.
Fábia e Emanuele também conversaram com o empresário e ourives Marcelo Monteiro, proprietário da Ourogema, uma das sete empresas do Polo Joalheiro que integram o Consórcio Empresarial de Joias do Pará, formado pela Amazonita, Amorimendes, Ourogema, Danatureza, Joiartmiro, Jod Joias e Lucas Coelho. Marcelo explicou que o consórcio busca a consolidação da joias paraense no mercado externo, estabelecendo venda regular de joias produzidas com matéria-prima regional e outras inovações, por meio das lojas do Espaço São José Liberto, do Ponto de Venda (PDV) da Estação das Docas, da loja virtual e dos escritórios que mantém no Brasil e em Miami (EUA.) O empresário falou sobre o interesse do mercado internacional no design e identidade da joia paraense, inspirada na cultura amazônica.
O ourives Antônio Tavares, sócio proprietário da Amazon Art, e a lapidária Leila Salame, proprietária da Gemas do Mundo, empresas situadas no espaço, também explicaram detalhes de técnicas de ourivesaria e lapidação de gemas, que fazem parte das etapas de produção de uma joia artesanal.
A designer de joias, consultora e professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Rosângela Gouvêa também concedeu entrevista. Responsável pela curadoria da exposição, ela falou sobre a história do Programa Polo Joalheiro e o trabalho voltado para a geração de joias em prata e ouro de caráter religioso, com temas que envolvem a festividade.
Nesse período do Círio de Nazaré, segundo a consultora, o turista tem demonstrado interesse pela joia com representação e inspiração religiosa, principalmente as peças que fazem referência à berlinda e à imagem da santa. Rosângela Gouvêa também explicou como se dá o processo de concepção das joias, que começa com o workshop de geração de produtos, onde é definido o tema de cada coleção.
As estagiárias do Pró-TV falaram, ainda, com Rosa Helena Neves, pedagoga, mestre em políticas públicas na área de Educação, gestora de programas sociais e de economia criativa, que é responsável, há oito anos, pelo gerenciamento do Espaço São José Liberto, Programa Polo Joalheiro do Pará e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), organização social gestora do espaço e do programa. A diretora executiva destacou o interesse crescente do público pelo lançamento anual da coleção, que já faz parte da programação turística da cidade. Segundo ela, a exposição Joias de Nazaré já se tornou tradição na capital paraense.
Rosa Helena Neves também falou que o produto com representação religiosa tem se consolidado no mercado interno, onde há boa procura com resultado satisfatório de vendas. Prova disso é o crescimento registrado na venda de joias da loja Una do Polo Joalheiro, que cresceu em 30% do mês de outubro de 2011 para 2012. Se consideramos a média das vendas mensais de joias nos demais meses do ano, o percentual registrado no mês de outubro é 33% maio. Segundo a diretora, o programa tem desenvolvido ações de expansão e fomento das joias no mercado externo, o que permite um bom cenário para próximos anos.
Ascom/Igama
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