São José Liberto oferece passeios monitorados para visitantes e estudantes

Visitação de alunos da escola municipal EMMCCF de Abaetetuba no
Jardim da Liberdade. Foto: Igama/Divulgação
Erguido há mais de 250 anos e, atualmente, um dos pontos turísticos centrais de Belém, o Espaço São José Liberto, que já foi palco de muitos momentos históricos da cidade, promove visitas monitoradas para escolas públicas municipais, estaduais e particulares, centros de ensino superior federal e privado, organizações não governamentais (ONGs) e projetos sociais, entre outros, interessados em conhecer parte da história do local e da região.

Estudantes, turistas e demais visitantes, além de conhecer a história do prédio, podem ver a variedade de locais que o São José Liberto abriga: a Casa do Artesão, o Museu de Gemas do Pará, o Memorial da Cela, o Jardim da Liberdade, a Capela São José, o anfiteatro Coliseu das Artes, um espaço gourmet, oito lojas de joias (dentre elas uma incubadora) e uma loja especializada em joias antigas, duas ilhas com serviços especializados em ourivesaria e lapidação, escola de ourivesaria, auditório e mezanino.

O Museu de Gemas do Pará reúne um dos mais representativos acervos arqueológicos e gemológicos do país, com cerca de quatro mil peças, entre ametistas, esmeraldas e granadas provenientes de várias regiões do Pará, de alguns Estados brasileiros e até de países latino-americanos. Tem cinco áreas, que são as salas O Homem da Amazônia, Histórico das Gemas e do Ouro da Amazônia, Gemas do Pará I e II e Joias e Adornos Regionais, que expõem as primeiras coleções de joias geradas pelo Programa Polo Joalheiro.

O tour monitorado oferecido para escolas públicas e privadas é uma oportunidade para que alunos tenham acesso às dependências do espaço, onde podem conhecer peças históricas e arqueológicas expostas no Museu de Gemas, bem como o trabalho de empreendedores criativos locais que comercializam suas peças na Casa do Artesão, propagando ainda mais a cultura do Pará para o mundo e fomentando o turismo.

Na ilha de ourivesaria, os visitantes também podem ver de perto o trabalho de criação e fabricação de uma joia, além de conhecer a variedade de gemas minerais brasileiras e peças criadas por designers, criadores e demais empreendedores criativos que comercializam suas peças na Loja Una, incubadora que reúne o trabalho de 621 produtores cadastrados no programa. O espaço também abrigará, a partir de agosto deste ano, uma loja incubadora de moda e acessórios que comercializará obras e objetos autorais, difundindo e divulgando o trabalho de novos designers e estilistas.


Segundo a gerência de Eventos do Espaço São José Liberto, no ano passado foi registrada a visitação monitorada de 54 escolas e instituições, totalizando mais de 1,5 mil alunos de todas as idades. O interesse das instituições de ensino pelo espaço é crescente. Prova disso é que, só nos primeiros cinco meses deste ano, o local já recebeu 14 escolas, somando mais de três mil alunos. No ano de 2013, a média mensal de visitação foi de quatro escolas.
O monitor Felipe Santa Brígida na sala "Histórico das Gemas
e do Ouro da Amazônia". Foto: Igama/Divulgação
História – O Espaço São José Liberto, que por muito tempo funcionou como convento, também abrigou a cadeia pública e presídio, além de olaria, quartel, depósito de pólvora e hospital. Após a chegada das missões religiosas ao Brasil, as regiões interioranas do Estado foram ocupadas para firmar o domínio português. As missões foram responsáveis pelo ensino da doutrina cristã a várias tribos indígenas e também pela implantação de conventos, como o São José, construído em 1749.

Com a expulsão dos frades do país, no século XIX, o prédio ainda não havia sido concluído, sendo ocupado pelo governo estadual. Após anos funcionando como cárcere, o governo encerrou suas atividades, reabrindo o prédio no ano de 2002, depois de extenso restauro e ampliação para ser apreciado por turistas e pela população local. O São José Liberto foi inaugurado como espaço intersetorial e transversal concebido para abrigar setores criativos e categorias culturais.

O Espaço São José Liberto é território criativo que desenvolve ações de capacitação, gestão e mercado em seis áreas da economia criativa no Estado do Pará, atendendo a dinâmica integrada entre a criação, geração de produtos, produção e comercialização. No lugar são comercializados joias artesanais exclusivas e artesanato representativo de 43 municípios paraenses. O cliente pode ainda customizar suas joias, como pulseiras, alianças e anéis de formatura. Os serviços são resultado de ações do Programa Polo Joalheiro do Pará, criado em 1998 pelo governo estadual, que passou a funcionar no São José Liberto desde quando foi inaugurado.

Por meio de um modelo de gestão compartilhada, o Espaço São José Liberto é gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), tendo como mantenedora a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), O espaço promove ainda exposições de joias temáticas e outras obras, como artesanatos e manualidades.

Todas as ações desenvolvidas no local são acompanhadas por curadoria especializada, que atende designers, ourives, lapidários, estilistas, microempresários, mestres artesãos, empreendedores, criadores, produtores, artesãos independentes, associações de artesãos do Estado do Pará e demais profissionais destes segmentos criativos.
Dina Carvalho, Emilly Furtado, Felipe Santa Brígida e Alexandre Cordovil,
monitores do Museu de Gemas do Pará. Foto: Igama/Divulgação
Experiência – A professora Eryka Amélia dos Santos, educadora do Centro Educacional de Icoaraci, levou ao espaço, em abril deste ano, alunos do quinto ano para uma visita e ressaltou a importância da história do local. "A visitação foi muito proveitosa. Os alunos escolheram temas e fizeram trabalhos e questões de prova relacionadas ao assunto. As visitas são importantes para as crianças aprenderem a cuidar e preservar o patrimônio, ao invés de destruir, como costumamos ver algumas vezes. Aprender a história da própria cidade é muito importante, já que muitas crianças não têm esse conhecimento", disse.

Outra instituição que visitou o espaço foi a Escola Municipal Professora Maria da Conceição Costa Feio, que levou cerca de 150 estudantes oriundos de Colônia Nova, município de Abaetetuba, nordeste paraense. A atividade foi coordenada pela professora Sandra Suely e teve como objetivo proporcionar aos alunos conhecimento sobre a história do Estado, por meio da visitação dos principais centros turísticos da capital.

A monitora do Igama, Dina Carvalho, destaca o interesse dos visitantes. "Começamos a visitação monitorada pela Capela São José, onde falamos sobre a história do local. Depois encaminhamos o grupo para a placa que fala sobre o histórico do presídio e, de lá, partimos para o museu, cela memorial e os outros espaços. Percebemos que os alunos não têm muito conhecimento sobre o local e perguntam bastante sobre as pedras (gemas minerais), peças e história", explica ela, acrescentando que é mais comum a visitação de estudantes do ensino fundamental e médio do que do superior. A diretora do Museu de Gemas do Pará, Anna Cristina Resque, afirma que o intercâmbio com as instituições de ensino é importante por possibilitar a aproximação da população com a sua história.

As instituições interessadas em agendar visitas devem entrar em contato com a Gerência de Eventos do Espaço São José Liberto e fornecer dados como nome da instituição, horário, série da turma, número de alunos, faixa etária e informações complementares, como o nome do professor responsável durante a visitação e cidade de origem.

Serviço: as visitas monitoradas no São José Liberto ocorrem de terça-feira a sábado, das 9h às 18h. Mais informações pelo telefone (91) 3344-3517 (falar com a técnica responsável, Elizângela Souza), ou pelo e-mail comercial.igama@gmail.com.


Texto: Luiz Armando Viana

Ascom/Igama




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