Público lota o Espaço São José Liberto no encerramento do AFW |
Com o tema “Moda em Ação”, o evento é uma realização da Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia (Costamazônia), com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Governo do Pará, Faculdade Estácio do Pará (FAP) e outras instituições.
Segundo Felícia Assmar Maia, coordenadora do Curso de Moda da FAP e responsável pela realização do AFW, a escolha do São José Liberto como um dos palcos do evento é estratégica, não só pelo local ser referência no trabalho com segmentos da economia criativa, como artesanato, moda e joalheria, mas também porque promove o mercado da moda dentro e fora do Estado.
A parceria com Espaço São José Liberto, mantido pelo governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), tem se fortalecido a cada versão do encontro, considerado a maior vitrine de moda da Região Norte.
Felícia Assmar Maia , coordenadora geral do AFW |
O desfile "Geração 70" da AVAO conquistou o público do evento |
Um buquê de noiva feito com material reciclado foi usado no desfile |
Os figurinos, criados a partir de retalhos e de material de reciclagem, foram criados por 15 mulheres em tratamento contra o câncer, dentre elas Carmita Rodrigues, Maria Ângela Tavares e Vera Lúcia Barbosa, artesãs que participaram, pela primeira vez, de um desfile de moda.
Para Carmita Rodrigues, que também cria bijuterias, a experiência foi muito gratificante. “A gente vai aprendendo com as professoras para poder chegar até onde chegamos”, disse Vera Lúcia, criadora do vestido de noiva e do buquê reciclado. “A gente não tinha experiência nenhuma. As professoras ensinavam e a gente ia criando a ideia. Costuramos tudo sob medida”, completou Maria Ângela.
A aposentada Maria da Ascenção aprovou os figurinos do desfile. “Estavam lindos, com caimento e acabamento. Dou muito valor a esse trabalho. Precisamos de mais costureiras assim, porque não estamos mais encontrando essas profissionais na cidade. E as modelos mostram como temos pessoas bonitas na nossa terra”, enfatizou.
A coordenadora Dorotéia Goular (esq.) e a artesão Maria Nascimento, no estande da AVAO |
Ana Lúcia elogiou a organização do evento |
Ana Lúcia Everdosa, artesã da Costamazônia, disse que considera o AFW um espaço importante para divulgar seu trabalho - biojoias feitas com matéria prima diversificada, como resina, escamas de peixe e sementes.
Identidade – Natureza, cultura e tradição inspiraram estilistas como Fábio Purificação, criador da coleção masculina “Toró”, inspirada na tradicional chuva da tarde de Belém, com base na camisaria e no streetwar moderno. Segundo ele, os “recortes e detalhes dos figurinos fazem a diferença para homens arrojados, que apreciam o novo, mas sem deixar de lado um bom acabamento”. As cores usadas foram preto, cinza e diversas tonalidades de azul
As universitárias Brenda Lopes e Camila Catana, da nova geração de criadores paraenses, também buscaram inspiração na riqueza e nos costumes da região amazônica para criar a coleção, que une a técnica centenária de curtimento do couro bubalino do Arquipélago do Marajó a elementos estéticos da moda “oitentista” - conhecida como década perdida.
Pela terceira vez participando do Amazônia Fashion Week, Helena Bezerra e Waldirene Ferreira, empresárias e universitárias do 4º semestre do Curso de Moda da FAP, lançaram a coleção “The New Purse” (a nova bolsa), composta por oito bolsas de couro, com três estampas diferentes e exclusivas.
Modelo desfuila figurino da coleção "Toró", de Fábio Purificação |
Helena Bezerra e Waldirene Ferreira mostram bolsas da Coleção "The New Purse" |
Feras soltas - No desfile também foi lançada a coleção “Solte suas feras”, que reúne 15 carteiras e ecobags criadas por Silvia Valente, aluna da pós-graduação em Gestão de Produção de Vestuário de Moda da FAP. As peças seguem uma tendência que, segundo Silvia, vai e volta: a da estampa “animal print”. “Pensando nas nossas guerras diárias é que idealizamos essa coleção. É um convite para vencer essa luta contra todo tipo de preconceito, desânimo e falta de perspectiva”, reiterou.
Formas que vão do reto ao assimétrico, saias longas, pantalonas, frente única, transparência, blusas com cintura marcada, cores fortes e vibrantes, preto e branco, além de aplicações com pedrarias para “dar um ar mais fashion e sofisticado” são propostas da coleção “Guerreira Urbana Fashion”, criada e confeccionada pelas universitárias Michelle Rodrigues e Roseli Coelho. Segundo elas, os figurinos foram pensados para a mulher que assume várias funções, gosta de se vestir bem e conhece as últimas tendências da moda.
“A coleção representa o poder da mulher como diva, através da alfaiataria, fluidez dos tecidos, decotes, cortes urbanos, pontos de luz e movimento”, explicou Rafaella Sakari.
Estilista Silvia Valente mosta bolsa da coleção "Solte suas feras"
Modelos que desfilaram "O poder da mulher na selva urbana", ao lado da estilista Rafaella Sakairi (esq.) e Tayná Valle, que produziu o desfile
Contatos: AVAO: (91) 3249-8450
Felícia Assmar Maia (91) 84712921
Fotos: Igama/Divulgação
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Ascom/Igama
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