Profissionais e universitários conhecem as joias da exposição "Brasilidade"


A mostra itinerante foi prestigiada por alunos do Iesam. Foto: Igama/Divulgação  
A exposição “Brasilidade”, resultado do concurso de joias em ouro AuDITIONS Brasil, promovido a cada dois anos pela mineradora Anglogold Ashanti, atraiu durante duas semanas um grande público ao Espaço São José Liberto. A mostra, encerrada em Belém nesta sexta-feira (25), segue para Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).
Designers, estudantes e universitários integram os visitantes da mostra itinerante, que expõe 18 joias vencedoras do concurso internacional, entre as quais o colar “Açaí”, da designer paraense Selma Montenegro.
No início da semana, uma turma de estudantes do curso de bacharelado em Design, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), visitou a exposição, que também recebeu na manhã de quinta-feira (24) universitários do Curso de Design de Produtos, do Instituto de Ensino Superior da Amazônia (Iesam).
A visitação dos alunos, das turmas D4MA e D1MA do Iesam, fez parte das atividades das disciplinas Eco Design, Design de Joias e Design de Moda, ministradas por Mizael Lima, designer, consultor de Design do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PA) e professor de Design e de Arte do Iesam e da Uepa. Na exposição, eles também assistiram aos depoimentos de criadores das joias. 
Para a universitária Marcella Pancieri, a exposição expressou bem a cultura brasileira. “Eu fiquei muito encantada com as joias, principalmente com a bolsa ‘Arara’ e com a representação da Maria Bonita”, disse ela.
Sobre o colar “Açaí”, de Selma Montenegro, o diferencial da ausência de fecho da peça foi um dos pontos que chamou a atenção da universitária Ana Carolina Branco. “Gostei muito da joia. É interessante como a peça pode fugir do padrão e cair pelo corpo. E o material usado (fibra de arumã) lembra mesmo o galho do açaí. As cores também. Tudo lembra, realmente, o açaí”, observou Ana Carolina, acrescentando que o ouro da joia remete ao valor que o fruto tem para os paraenses.
O universitário Rodolfo Teixeira também elogiou as peças. “Achei muito interessante. Vi muita fluidez na forma e um apelo muito diferente do que a gente costuma ver nas joias das vitrines de lojas. Tem o apelo de passarela, mas muitas poderiam ser usadas no cotidiano, como em uma festa que pedisse um elemento mais conceitual. A exposição me agradou bastante”, declarou.
A partir do conceito das joias vencedoras do concurso, novas coleções estão sendo criadas, com o apoio da organização do evento, que incentiva essa iniciativa dos designers.
Mizael Lima (dir.) e universitárioas. Foto: Igama/Divulgação
"Ver e viajar" - A brasilidade das joias da exposição, na opinião da universitária Luciana Ventura, é visível na estética das peças e nos materiais utilizados, como o vidro do colar “Encontro”, que retrata o fenômeno do encontro das águas dos rios Negro e Solimões. “A joia tem vidro e, dentro dele, água. O vidro, a gente sabe que tem aquele apelo da ecologia, porque dá para reciclar. Então, eu achei a exposição mais do que interessante, porque tem criatividade e muita coisa brasileira, que a gente pode ver e viajar, não só na modelo (a atriz Taís Araújo, escolhida a Golden Girl desta edição do concurso), como na carga simbólica das peças que eles (designers) vão explicando nos vídeos, como no encontro dos rios. É perfeito!”, afirmou.
Na opinião de Mizael Lima, a experiência de levar os alunos para a exposição foi inspiradora, por mostrar o que há de novo na área, como a possibilidade de inclusão de materiais, além do metal precioso, no universo da joalheria.
“Isso é importante para os nossos profissionais de Belém, principalmente para os estudantes, que muitas vezes só têm o contato virtual ou no impresso. Poder ter esse contato visual real é muito vantajoso e explorador. É um material didático, que dá suporte para eles enfrentarem o mercado não com características locais, mas com características universais. Esse é o meu propósito enquanto professor de universidade”, ressaltou Mizael Lima.
Na capital paraense, a exposição foi promovida pela Anglogold Ashanti Auditions, por meio da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura (MinC), com apoio do Governo do Pará, por intermédio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), com produção executiva de HC Produções e Eventos. O Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) também apoiou a iniciativa.


Ascom/Igama 




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