Polo Jolheiro do Pará será referência em economia criativa em Portugal


Colar "Matinta", da Coleção "Manualidades: Lapidando Tendências": criação da designer Nilma Arraes. FOTO: João Ramid
O trabalho de fomento ao setor produtivo de gemas, joias e artesanato, desenvolvido no Espaço São José Liberto será destaque no “Encontro Luso-Brasileiro de Economia Criativa para o Desenvolvimento Territorial”, que acontecerá em Lisboa (Portugal), nos dias 7 e 8 de junho de 2013, no Espaço Brasil, administrado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). O evento é uma realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Economia Criativa.

O encontro faz parte da programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte, e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira.

Apenas duas experiências brasileiras e duas portuguesas serão apresentadas durante o evento, cuja programação inclui apresentações e intercâmbios de experiências de economia criativa e desenvolvimento territorial. Do Brasil, foram convidados dois Estados: Pará e Minas Gerais.

O Estado do Pará será representado no encontro pelo Programa Polo Joalheiro do Pará, desenvolvido no Espaço São José Liberto, que se tornou referência de política pública e projeto de economia criativa. A outra experiência brasileira é o Polo Criativo Zona da Mata Mineira.

Acessórios de Moda: Carteira "Floresta", criação da designer Rosa Castro. FOTO: João Ramid
EXPOSIÇÃO - O Pará também foi convidado para participar da exposição “Cultura e Natureza: Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que ocorrerá de 7 a 10 de junho, também no Espaço Brasil, em Lisboa. Na ocasião, serão expostos acessórios de moda, joias e manualidades criadas e confeccionadas por profissionais vinculados ao Espaço São José Liberto.

Além da experiência do Polo Joalheiro, o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), divulgará o Projeto Plataforma Criativa, coordenado pela Diretoria de Comércio e Serviço da Seicom.

Para o governo do Estado, o convite feito pelo Ministério da Cultura é um reconhecimento ao trabalho artístico, produtivo, social e cultural desenvolvido no Espaço São José Liberto. “Esse trabalho é resultado de uma perfeita integração entre o governo do Estado, a Organização Social (que gerencia o espaço), empreendedores, empresas e organizações empresariais que, ao longo do tempo, transformaram o Espaço São José Liberto e o Programa Polo Joalheiro em referência nacional e internacional de espaço e projeto de capacitação e inclusão econômica, como gerador de emprego e renda e, agora, ainda mais fortalecido com o movimento da economia criativa”, ressaltou Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento do Comércio e de Serviço da Seicom.
Bracelete "Equilíbrio Amazônico I", criação da designer Rosaurea Simões. FOTO: João Ramid 
CULTURA – O fomento à economia criativa, que considera a cultura como eixo estratégico de desenvolvimento, está na agenda de desenvolvimento econômico de vários países. Atividades de setores criativos desenvolvidas geograficamente próximas são chamadas de cidades criativas ou territórios criativos - espaços onde a economia criativa se mostra intensa ou com capacidade de desenvolvimento.

No Brasil, em uma iniciativa do Minc, o Plano Brasil Criativo (PBC) visa desenvolver e fortalecer os setores criativos, para incentivar o crescimento da economia nacional. O Plano está pautado na valorização do potencial humano, respeitando as diferenças e a diversidade de setores criativos de cada região do Brasil.

No Pará, o Espaço São José Liberto é considerado um território criativo desde sua criação, em 2002. De acordo com Rosa Helena Neves, diretora executiva da instituição, o local desenvolve suas ações tendo como eixos estratégicos a diversidade cultural amazônica, a inclusão social produtiva, a sustentabilidade e a inovação, a partir de materiais extraídos da floresta. A referência é a dimensão cultural material e imaterial da Amazônia.

Colar "Sonoro", criado pelo designer Misael Lima. FOTO: João Ramid
“Joias, acessórios de moda e manualidades são criados com um design universal, em que a cultura, a natureza e o homem se harmonizam na geração da riqueza cultural e econômica”, ressaltou a diretora, acrescentando que, neste território (material e imaterial) foram organizadas cadeias produtivas de setores criativos, como as de joalheria, moda, culinária (representada nos licores, doces e bombons regionais comercializados na Casa do Artesão), artesanato e arquitetura.

“É a criação, produção, distribuição e mercado em sintonia com uma proposta inovadora de revelar talentos, gerar trabalho e renda para microempreendedores”, reiterou Rosa Helena Neves.

Ascom/Igama (Com informações da Secretaria de Economia Criativa do Minc)

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