Visitante conhece artesanato em cerâmica |
Foi
entregue ontem 26, o prédio restaurado da antiga Estação de Trem
de Icoaraci, pelo governador Simão Jatene. Na ocasião, também foi
assinado um protocolo de intenções entre o Governo do Estado do
Pará, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e
Energia (SEDEME), o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA) e
a Federação das Associações e Cooperativas de Artesãos do Pará
(FACAPA).
“A
gente fica muito feliz em ter esse espaço revitalizado porque ele
passa a ser um espaço em que toda a produção cultural ganha um
item a mais de valorização, até específico porque isso pode ser
transformado em um produto turístico, que é uma necessidade nossa”,
afirma Levy Cardoso da Federação das Associações e Cooperativas
de Artesãos do Pará. Levy Cardoso é filho de Raimundo Cardoso, o
Mestre Cardoso: “é um avanço porque você tem um ajuntamento de
produtos que são resultados de história, cultura e que vieram
construindo isso ao decorrer do tempo. A gente fica muito feliz não
só para preservar, mas para que haja um desenvolvimento disso para
gerações futuras”, conclui Levy.
Darlindo
Oliveira, também da Federação das Associações e Cooperativas de
Artesãos do Pará, comenta sobre as expectativas futuras para o
funcionamento do prédio: “Nós temos um projeto para colocar o
funcionamento, que é todas as culturas do Estado: a gente vai
trazer, além do artesanato, ter apresentação cultural, isso aqui
vai ser um espaço para o povo de Icoaraci, principalmente, e vamos
colocar na rota do turismo do estado”.
A
programação de inauguração contou com uma exposição de cerâmica
com obras de artesãos de Icoaraci composta por mais de 30 peças de
15 artesãos. A mostra demostrou ao público a diversidade dos
processos de produção, bem como a identidade criativa dos autores
ceramistas do polo produtivo local. Além de peças de mestres
artesãos vivos, foram destacados obras de artesãos que já
faleceram, cujo trabalho foi mantido pelas famílias dos artesãos
locais.
Exposição de cerâmica fez parte da inauguração da nova Estação de Trem |
Participaram
da mostra Dodanias Leite, Maria Das Graças Cardoso, Raimundo Ademar
Zaranza, Marivaldo Sena da Costa, Francisco Flavio Da Silva, Sineia
Pereira, Ernesto Guevara, Lucimar Rodrigues da Conceição, Rodrigo
Sousa Miranda, José Carlos Rodrigues, Ivan Santos Freitas, Antonio
Otavio Silva De Souza, João do Socorro Sarmento, Ivaneide Santos
Freitas, Robson Charles, Manoel Dias Cardoso Neto.
O
acervo da exposição contou as peças urna jacaré, vaso
envelhecido, urna antropomorfa fase marajoara, urna cunani, prato
antro morfo marajoara, estatueta tapajônica, urna quadrangular
cunani, vaso gargalo, ídolo marajoara, urna maraca, tigela marajoara
mão livre, tigela marajoara mão livre, joguinho com três peças,
onça com filhote, tanga, busto indígena, vaso pintado mão livre,
vaso pote, vaso floreira, vaso floreira, vaso grafite, miniatura
paisagem, vaso envelhecido, jogo de vaso Macapá, vaso pavanzinho,
jogo de paisagem, vaso floreira, garrafa bola, porta jóia rupestre,
prato quadrado com xícara, panela média, panela pequena, jogo de
saladeira, garrafa, vaso médio porta lápis branco, vaso miniatura,
conjunto jogo de feijoada, peça risco fino e jogo de jantar.
Parte
da programação consistiu na apresentação de grupos musicais como
canto coral, banda de rock pop e grupos folclóricas. Outro ponto a
destacar foi assinatura do Protocolo de Intenções entre a SEDEME,
IGAMA E FACAPA com o objetivo de estabelecer parceria institucional
entre o poder público, privado e terceiro setor, visando o
planejamento e desenvolvimento de ações para o funcionamento de um
espaço de economia criativa para promoção do artesanato de
cerâmica, de cultura local e turismo.
Para
Rosa Helena Neves, Diretora Executiva do Espaço São José Liberto,
responsável pela organização da exposição de cerâmica, “a
devolução deste espaço para a população paraense tem vários
significados, em especial a promoção de memória do lugar que por
quase sessenta anos funcionou como Estação de Trem denominada
Estação Pinheiro, além de ter a possibilidade de fomentar a
economia criativa onde os fazeres e saberes sobre a cerâmica
paraense tem a capacidade de gerar emprego e renda e isto precisa ser
implementado de maneira inovadora, integrando as áreas criativas de
turismo, cultura e artesanato”.
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