Colar da Coleção Belém - Uma Poesia do Imaginário, em prata com chifre de búfalo pirografado e fio laminado sintético, criado pela designer Ana Everdosa. Foto: Leandro Santana/AIB.
Os setores criativos da joia, design, moda e artes plásticas estão representados nos cerca de 200 produtos que formam o acervo da exposição “Potências Amazônicas: Biodiversidade e Diversidade Cultural na Belém 400 Anos”, que será aberta ao público nesta terça-feira, 2, a partir das 19h, no Espaço São José Liberto. Na programação do evento constam ainda cerimônia de formalização do Arranjo Produtivo Local (APL) de Moda e Design – Polo Metrópole Pará e desfile de moda e de joias, que apresentará as nove coleções que integram a mostra.
A exposição ficará aberta ao público até o dia 13 de março, no horário de visitação do Espaço São José Liberto: de terça a sábado, das 9h às 18h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h. A promoção é do Governo do Pará, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) e Núcleo Estadual de Arranjo Produtivo Local (NEAPL)-PA.
A proposta é promover o encontro dos setores criativos envolvidos, potencializando o trabalho de profissionais e estudantes. Calcada nas bases da economia criativa como impulsionadora do desenvolvimento territorial, a mostra reúne um coletivo de criadores que dialogam entre si.
A programação de abertura conta com a participação de 15 modelos, sendo dois homens e 13 mulheres, que desfilarão com joias, acessórios, roupas e mocaps – espécie de projetos conceituais em dimensão real, criados, para este evento, por alunos da Universidade do Estado do Pará (Uepa), uma das parceiras do evento, junto com a Universidade da Amazônia (Unama) e a Estácio FAP/PA.
De acordo com o produtor cultural e styling Diogo Carneiro, que coordena o desfile, os 15 modelos mostrarão a diversidade das criações e uma amostra das nove coleções, com trilhas sonoras específicas para o conceito de cada uma.
“Além das joias, vamos mostrar bolsas, coleções criadas por alunos da Uepa, que trouxeram os mockups, que são peças conceituais, um projeto do conceito de uma construção, bem diferenciado. Tem as criações da FAP. A Unama vem com duas coleções, o Miriti Tauá e o Pano Arte. As joias da ‘Belém 400 Anos’ destacam pontos turísticos e outras referências. São peças bem legais, como também as joias da coleção ‘Sinestesia (da Floresta, com gemas vegetais)’, inspirada em frutos, no tucupi, tucumã...”, revela o produtor, que já realiza pela quarta vez parceria com o Polo Joalheiro.
Bolsa Telhados da Cidade Antiga, criada pela designer Rosa Castro.
Foto: Leandro Santana/AIB
Quem visitar a mostra, segundo a designer Barbara Müller, que assina a composição artística e visual da “Potências Amazônicas”, poderá mergulhar no processo criativo e na mágica da sua materialização. Ela conta que, a partir dessas referências, foi conceituada a ideia da montagem da exposição, que se dá dentro de uma ‘caixa’, a qual abriga e matura todas essas potências, desde o embrião, representado nos projetos de alunos, até a mais requintada joia finalizada. Assim como o croqui e a roupa idealizada.
“Logo na entrada, chama a atenção uma parede viva, tendência mundial, também conhecida como parede ecológica. Com plantas naturais, o espaço insinua o ambiente fértil, criativo e vivo, no qual a natureza será sempre um ícone”, comenta Bárbara, que também participa da exposição como designer de joias.
Foto: Leandro Santana/AIB
Quem visitar a mostra, segundo a designer Barbara Müller, que assina a composição artística e visual da “Potências Amazônicas”, poderá mergulhar no processo criativo e na mágica da sua materialização. Ela conta que, a partir dessas referências, foi conceituada a ideia da montagem da exposição, que se dá dentro de uma ‘caixa’, a qual abriga e matura todas essas potências, desde o embrião, representado nos projetos de alunos, até a mais requintada joia finalizada. Assim como o croqui e a roupa idealizada.
“Logo na entrada, chama a atenção uma parede viva, tendência mundial, também conhecida como parede ecológica. Com plantas naturais, o espaço insinua o ambiente fértil, criativo e vivo, no qual a natureza será sempre um ícone”, comenta Bárbara, que também participa da exposição como designer de joias.
Diálogo - As nove coleções interligam-se através do design, realçando talentos individuais e construindo entre os grupos trocas criativas e de produção entre os microempresários, profissionais dos setores criativos de joias e moda e as universidades com cursos de design, dando visibilidade as pesquisas e produtos criados por estudantes de design.
O design como ferramenta aponta diálogos entre as coleções, possibilitando a construção dos elos entre os grupos de talentos individuais que criaram os objetos e os produtos.
Rosângela Gouvêa Pinto, designer e professora da Uepa, é uma das diretoras criativas da mostra. Ela representou um desses elos, ao unir estudantes universitários e profissionais, a partir do tema central da arquitetura da cidade, suas perspectivas e narrativas, abordado, em novembro passado, no Workshop de Geração de Produtos da Coleção de Joias “Belém 400 Anos.
Cada aluno escolheu um logradouro ou prédio significativo dos bairros selecionados - Reduto, Campina, Comércio, Batista Campos e Nazaré. Foram trabalhadas, basicamente, as fachadas e alguns objetos do interior das residências, também vinculado com a arquitetura. “Na parte teórica trabalhamos os estilos barroco, neoclássico, art nouveau e art décor, muito presentes na nossa cidade. O foco é a arquitetura. Queremos que as pessoas reconheçam os prédios de Belém e que transcendam esse tempo e espaço. Muitos deles têm muito tempo de existência”, explica a professora.
Rosângela Gouvêa conta também que participam 35 alunos de suas turmas de Design da Uepa e que o resultado dessa pesquisa poderá ser visto na mostra com a apresentação de mockups - projetos conceituais em dimensão real. Já os integrantes do Polo Joalheiro do Pará criaram joias em ouro e prata com matérias-primas diversas, inspiradas na arquitetura de Belém.
Um desses mockups denominado "Traição", foi criado pelos alunos Amanda Santos, Angelo Salzer, Ferdinando Magalhães e Tamires Menezes, da Uepa, faz referência ao mais notável movimento popular do Brasil, a Cabanagem.. Em formato de cobra até o centro da cabeça, o fogo representado na peça identifica o incêndio dos cabanos em resposta à traição de Eduardo Angelim.
Rosângela Gouvêa conta também que participam 35 alunos de suas turmas de Design da Uepa e que o resultado dessa pesquisa poderá ser visto na mostra com a apresentação de mockups - projetos conceituais em dimensão real. Já os integrantes do Polo Joalheiro do Pará criaram joias em ouro e prata com matérias-primas diversas, inspiradas na arquitetura de Belém.
Um desses mockups denominado "Traição", foi criado pelos alunos Amanda Santos, Angelo Salzer, Ferdinando Magalhães e Tamires Menezes, da Uepa, faz referência ao mais notável movimento popular do Brasil, a Cabanagem.. Em formato de cobra até o centro da cabeça, o fogo representado na peça identifica o incêndio dos cabanos em resposta à traição de Eduardo Angelim.
Outro trabalho que será destaque na mostra é o desenvolvido pelo artista plástico Rui Marcelo Rodrigues, do Coletivo Baseados em Artes, formado também pelo economista Francisco Forte. Eles criam produtos inspirados nas relações entre o homem e os resíduos que ele gera, sempre com a preocupação da preservação ambiental.
"Quando produzo, me inspiro na Terra, na cidade e em suas conformações entre árvores, gente, arquitetura e rios de Belém. As cores são inspiradas em nossos animais e pássaros, e seus movimentos e texturas. A criação se relaciona diretamente com o colorido da nossa cultura e da nossa gente”, explica Rui Rodrigues, para quem a maior inspiração é vislumbrar que, por meio das artes, é possível devolver ao ser humano os resíduos por ele mesmo produzido.
Números - Integram a exposição nove coleções, 200 objetos e produtos, quatro setores criativos (joias, moda, design e artes plásticas), estudantes de Moda e Design de Produtos, três universidades, 31 criadores e designers profissionais, 40 empresas, empreendedores individuais e microempresas, 70 profissionais prestadores de serviços dos setores de moda, joias, artesanato, e artes plásticas, cinco curadores, oito consultores e um coletivo de criadores.
Serviço: Abertura da Exposição “Potências Amazônicas: Biodiversidade e Diversidade Cultural na Belém 400 Anos”, solenidade de formalização do APL de Moda e Design – Polo Metrópole Pará e desfile de moda e de joias. Na Casa do Artesão do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, Jurunas), a partir das 19h, nesta terça-feira, 2. Entrada franca. A mostra fica aberta até o dia 13 de março, no horário de visitação do ESJL: de terça a sábado, das 9h às 18h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.
Leia na Agência Pará de Notícias
"Quando produzo, me inspiro na Terra, na cidade e em suas conformações entre árvores, gente, arquitetura e rios de Belém. As cores são inspiradas em nossos animais e pássaros, e seus movimentos e texturas. A criação se relaciona diretamente com o colorido da nossa cultura e da nossa gente”, explica Rui Rodrigues, para quem a maior inspiração é vislumbrar que, por meio das artes, é possível devolver ao ser humano os resíduos por ele mesmo produzido.
Números - Integram a exposição nove coleções, 200 objetos e produtos, quatro setores criativos (joias, moda, design e artes plásticas), estudantes de Moda e Design de Produtos, três universidades, 31 criadores e designers profissionais, 40 empresas, empreendedores individuais e microempresas, 70 profissionais prestadores de serviços dos setores de moda, joias, artesanato, e artes plásticas, cinco curadores, oito consultores e um coletivo de criadores.
Serviço: Abertura da Exposição “Potências Amazônicas: Biodiversidade e Diversidade Cultural na Belém 400 Anos”, solenidade de formalização do APL de Moda e Design – Polo Metrópole Pará e desfile de moda e de joias. Na Casa do Artesão do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, Jurunas), a partir das 19h, nesta terça-feira, 2. Entrada franca. A mostra fica aberta até o dia 13 de março, no horário de visitação do ESJL: de terça a sábado, das 9h às 18h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.
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Ascom Igama
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