“A visita técnica realizada ultrapassou a nossa expectativa, pois além de conhecermos um instituto que garante uma formação profissional inovadora de qualidade, nos foi oportunizada uma experiência que tem uma filosofia de educação fundamentada na valorização da história da joalheria e da arte aliada à inovação tecnológica. Trata-se de uma troca de experiência que subsidiará novas mudanças no nosso trabalho profissional, no desenvolvimento do projeto de formação do segmento de gemas e joias”, avaliou a professora Rosa Helena Neves, diretora executiva do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), após conhecer o Ente de Formazione I.RI.GEM (Instituto de Pesquisa em Gemologia), com sede em Rosá, cidade da província de Vicenza (Itália).
A visita fez parte do intercâmbio internacional promovido pelo Ministério da Integração Nacional, com apoio da União Européia, que incluiu visitas a centros de produção de joias na Itália e a participação no Open Days, em Bruxelas, capital da Bélgica.
Realizada no último dia 30 de setembro, a visita ao Instituto de Pesquisa em Gemologia foi uma oportunidade de conhecer uma instituição criada em 1988, e que desde 1996 tornou-se uma sociedade cooperativa. No I.RI.GEM são ministrados cursos de formação profissional, especialmente no setor gemológico, ourivesaria e joalheria, contemplando designer, criação, moldagem, elaboração e execução do projeto de confecção de peças em ouro, prata e gemas minerais.
A delegação brasileira, que inclui representantes da Mesorregião Bico do Papagaio – integrada pelos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins - dedicada aos segmentos de gemas, joias e artesanato mineral, foi recebida pelo diretor do Instituto, Giovanni Jannacopulos. Ele conduziu o grupo por em todos os espaços do Instituto, explicando em detalhes o processo de treinamento e formação profissional.
A sede tem quatro andares e ocupa uma área de 3.500 m2. Possui uma biblioteca – com um acervo de livros antigos - acessível aos alunos, que assim podem conhecer a história da arte e buscar inspiração para criação de peças.
Novos horizontes - Para Antoninho Vieira Araújo, presidente do Fórum da Mesorregião Bico do Papagaio, a visita “abriu novos horizontes para os arranjos produtivos da mesorregião Bico do Papagaio”. José Adriano Marini, que representa o governo do Pará por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), considerou a visita “impressionante”. “A lição da experiência do I.RI.GEM mostra que através da arte é possível promover o desenvolvimento econômico de uma cadeia produtiva”.
Carlos Rocha Abreu, diretor comercial da Acoalfa (Associação de Artesãos e Lapidários de Floresta do Araguaia), também ressaltou a importância de conhecer “as mais modernas técnicas de criação e execução de peças no segmento de gemas e joias, onde todas as expectativas foram superadas”. O mesmo entusiasmo foi demonstrado por Áldina Sousa Chaves, presidente da Associação de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável de Parauapebas (Adlisp). “Hoje tive oportunidade de visualizar como será a Adlisp do futuro: um centro de formação modelo no sul do Pará, graças ao esforço do MI”, afirmou.
Homenagem - O grupo brasileiro também foi recebido por Vendemiamo Sartor, ministro para Política Econômica, Desenvolvimento, Pesquisa e Inovação do governo regional do Vêneto (Itália). Durante o encontro, realizado na sala Travi do Pallazo Balbi, em Veneza, no dia 28 de setembro, a delegação brasileira recebeu o Brasão da Junta Regional da Região do Vêneto.
No mesmo dia, o grupo participou do workshop “Sistema Econômico do Vêneto”, no qual foram discutidos os fundos de investimentos da União Européia e o sistema de clusters (agrupamentos produtivos equivalentes aos APLs brasileiros). O workshop foi aberto pelo coordenador do grupo da Mesorregião Bico do Papagaio, Marcos Miranda, que falou sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), e especificamente sobre o Projeto de Gemas e Joias da mesorregião, foco principal do intercâmbio.
Fábio Zuliani, responsável pelo Fundo Estrutural da União Européia para a Região do Vêneto, destacou os projetos apoiados pelo Fundo, no período de 2000 a 2006 – um montante de 800 milhões de euros no fomento a cerca de 8 mil projetos. O diretor da União Regional da Câmara de Comércio do Vêneto, Gian Angelo Bellati, apresentou o uso do Fundo Direto da União Européia em apoio ao incremento da competitividade às micro e pequenas empresas, e destacou as ações do Consórcio Amigo da Europa.
A delegação brasileira esteve ainda na Câmara de Comércio de Vicenza e na Feira de Vicenza, um espaço com 60 mil m² destinado a feiras e exposições. Segundo José Adriano Marini, a visita às instalações da Feira de Vicenza “nos permitiu conhecer um espaço que estimula o final da cadeia produtiva, que é a comercialização dos produtos, a exemplo do que ocorre em menor escala com a Pará Expojóia, promovida pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama). Após esses encontros e visitas, estamos conscientes de que, observadas as proporcionalidades, estamos no rumo certo”.
Ascom/Igama
(com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Integração Nacional)
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